06 julho 2006

COISA DE GORDO - 279

279-As Mulheres de Osório
Fique tranqüilo(a), não falarei de Copa do Mundo! Estivemos jantando em Osório recentemente, quando pudemos sentar olhos mais uma vez nesse belo município do litoral norte gaúcho. Lá estando, tive a atenção chamada a um detalhe crucial da cidade. Suas mulheres e a relação delas com um hábito.
Fomos a mais um daqueles jantares das OITO COZINHAS, onde a gente fica atarantado de tanta possibilidade e tanta gostosura culinária. O Clube Sulbrasileiro mais uma vez recebeu seus convivas com muita presteza e qualidade, passando do jantar para um agradável baile.
Em meio ao ambiente festivo, em meio à companhia de queridos amigos, tive minha atenção chamada a um detalhe que não me foi novidade. Já houvera percebido isso em eventos anteriores. Já ficara intrigado com tal nuance daquela comunidade em ocasião diferente. Amigo(a), COMO FUMAM AS MULHERES DE OSÓRIO!
Não, não tome isso como uma crítica pessoal ou mesmo comportamental a essa ou aquela turma. Não pense também que se trata de uma campanha contra o cigarro. Até me disporia a fazer uma, posto que não sou fumante e me incomoda deveras a fumaça de tal produto. Mas não é essa a apreciação que aqui trago. O que me intriga é saber a explicação de tal fato: - Por que tanto fumam as mulheres de Osório?
O que as faz aspirar em longas tragadas um volume tão intenso de fumaça? O que as deixa a tal ponto ansiosas que se vêm impelidas e acender mais um?
A sociedade tem combatido cada vez mais o hábito do cigarro, haja vista a enorme variedade de leis vigentes na atualidade, que proíbem que se fume nos mais diversos lugares. Serviços Públicos, Shoppings, Lojas, Locais públicos e muitos outros estão na mira da legislação, impondo aos nossos fumantes cada vez mais dificuldade de se fumar! Volto anos atrás e me deparo com o oposto disso. Em nossa família eu era um dos raros que não fumava, fumavam os jovens, os adultos e até a nossa avó. Era uma fumaça só! Com o passar dos anos, alguns morreram, outros pararam de fumar, atualmente raros são os que fumam. Antes eram comuns na sociedade os homens fumantes, com o tempo as mulheres galgaram igualdade também nesse quesito. E às vezes chego a pensar que as mulheres estão fumando mais que os homens. Que pena!
Mas o que ocorre na cidade de Osório é diferente disso! É mais intenso, é distorcido, é peculiar. Ora, num evento como esse, onde se janta e depois se baila, é natural que fumem os viciados! É um local de festa, pensam eles, é uma hora de relax, de não pensar em nada além do prazer daquele momento. E por óbvio ali se vêem homens fumando bastante. Como igualmente se dá em qualquer evento por aí afora. Mas o placar das mulheres fumantes em Osório supera em muito a ala masculina!
E tem outra coisa. As mulheres de Osório não apenas fumam em maior número como o fazem mais intensamente! Estão sempre envoltas na fumaça. Acendem quase que um cigarro no outro! Trocam de cigarro com amigas. Fornecem isqueiro umas às outras. Debatem, se agitam, se esfumaçam avidamente até o final da festa.
Por que tanto fumam as mulheres de Osório? Penso em respostas óbvias, mas percebo que me engano. Poderia alguém dizer que são frustradas, mal-casadas, mal-sucedidas, tristes, sei lá. Mas não é isso que se vê. Nessa próspera e festiva cidade, vejo mulheres inteligentes, bem-casadas, bem-sucedidas, e animadas em tantos outros aspectos. Não parece ser isso, portanto, que as faz fumar tanto.
Entre baforadas e nuvens de fumaça, por vezes percebo em seus olhares um ponto de filosofia, de perquirição, um quê de se permitir pensar longe enquanto a fumaça se dispersa. Tenho a impressão de que os pensamentos dessas mulheres tomam carona na fumaça emergente de suas bocas, viajando por horizontes desconhecidos e paraísos longínquos a conquistar. São belas, talvez. São ricas, tomara. São bem casadas, se espera. Mas ali, no ato de queimar aquele pequeno artefato, as mulheres de Osório como que alçam vôo em direção a céus desconhecidos. Mas isso é só uma conjectura, uma ilação. Observo o ambiente esfumaçado, lembro de vezes repetidas em que me deparei com a mesma cena. E volta sempre a mesma dúvida: - Por que, meu Deus, por que, afinal, tanto fumam as mulheres de Osório?
Silvano - perturbado pela nicotina e o alcatrão



PALAVRAS DOS LEITORES

Silvano, fazendo um pequeno comentário sobre Coisas de Gordo- 277, realmente quando falece alguém conhecido as pessoas ficam todas apavoradas iniciam uma mudança de hábito, somente enquanto lembram do falecido. Depois esquecem e voltam a fazer o que já faziam, mesmo sabendo que isto os prejudica. REGINA MARIA - comentando o CG-277


Oi Silvano achei muito legal o teu blog. SILVIA - enchendo de alegria o colunista.


Caro Silvano. Também estive no encerramento da Fenadoce e concordo com o que disseram teus fiéis leitores Zeca e Sônia. Aliás, pelo que escreveram, fizemos o mesmo roteiro. Quando aos doces, muitos deles ótimos; outros, no entanto, deixando a desejar. Os melhores doces que encontrei eram, com toda certeza, as Trufas Meuy, cuja embalagem estilizada se destacava das demais (só de ver dá água na boca). As opções de sabores são muitas (chocolate amargo recheados com licores, vodka, cachaça, frutas, castanha, passas pimenta e vinho cabernet, etc), e embora não tendo provado todas, uma delas era fantástica: chocolate meio amargo, chocolate branco e menta. Acabou sendo o grande arrependimento do dia: não ter trazido algumas caixas. De qualquer modo, para os que gostam de navegar babando na internet, é só acessar o site http://www.trufasmeuy.com.br/. Por outro lado, uma dica de um excelente filme: "Quem somos nós". É a mistura de ficção e documentário que parte dos estudos da física quântica para tentar responder a esta pergunta. Vale a pena ver. Um forte abraço. Flávio Rogério, ainda comentando a FENADOCE



Grande AMIGO Silvano ! Acabei de ler sua coluna, estamos ficando assíduos. Gostei da sua dica de filme. Aí está o desafio. Assista Luta pela esperança, com Russel Crowel e Renee Zelweger. É uma lição de vida, principalmente para nossos filhos, para a família. Começa hoje a tradicional Festa do Peixe, tainha....... Lá estaremos para comprar mais Doces de Pelotas. Não é fácil!!!! ZECA - o nosso emissário na Fenadoce, agora ocupado com a Festa do Peixe de Tramandaí



06/07/2006

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