07 setembro 2006

Coisa de Gordo - 288

288-Coca-cola Free
Nosso consultor biológico, Dr Vinícius, está de volta à Terra de Santa Cruz. Já pôde matar a saudade do churrasco gaúcho, da família, dos amigos. E me trouxe dados interessantes de sua jornada Estados Unidos adentro.
Foi numa das metrópoles, possivelmente San Francisco, que ele se deparou com uma coisa instigante. Estando a bordo de um Mac Donald's, percebeu que no balcão os caras não vendiam Coca-cola. Apenas forneciam um copo com gelo e os clientes, de acordo com sua vontade, se serviam livremente de Coca numa máquina liberada ao público!
Atenção vendedores de Cheese e Cachorro-quente! Atenção donos de lanchonetes e lancherias. Atenção donos dos Mac Donald's situados aqui no Brasil. Percebam a iniciativa dos americanos e vejam se não é uma dica fantástica! Coca livre para quem quiser!
Num primeiro momento, os menos entusiasmados reunir-se-ão aos pessimistas e dirão que se trata de iniciativa suicida, que isso levará o dono do estabelecimento à falência, que é uma loucura, que vai dar errado, etc e tal. Imagine beber coca à vontade enquanto se come um Big Mac! Só pode ser coisa da cabeça desses americanos doidos. Vai ver que de tanto irem a guerras os caras embirutaram de vez e estão com vários parafusos a menos.
Paremos por aqui! Agora, munido de sua vassoura virtual, varra de sua cabeça esses preconceitos e essas idéias possivelmente mal sedimentadas e tente abrir seu raciocínio para a nova idéia. Isso mesmo, permita-se analisar a investida. Você vai a um Mac Donald's, pede o seu Big Mac e então se serve daquele copão de Coca (light - no meu caso), passando a degustar o delicioso lanche. Como a Coca é de graça, você vai lá na máquina e se serve de mais um pouquinho. Ora, estando ali já sem o lanche nas mãos (você acaba de engoli-lo), e com aquele segundo copo pela metade, o que vai passar pela sua cabeça? Isso mesmo, pedir outra coisa para comer. Onde você, consumidor, vai acabar? No balcão, comprando um Quarteirão, ou um Torta Doce, sei lá. Como vai ficar o lojista? Mais rico. Cada vez mais rico.
Você percebe que os caras dão lição de economia? Abrem caminhos, sugerem opções. O que der certo, é claro que nós podemos copiar. De fato, portanto, o relato do Dr Vinícius me deixou intrigado e deveras impaciente. Teremos que difundir essa idéia para os proprietários e nos esbaldar. Querem ver como isso não é assim tão maluco?
Anos atrás, uma Pizzaria de Porto Alegre, situada nos altos da Protásio Alves, naquela travessinha lá antes da rótula da Carlos Gomes, lançou uma novidade. Colocou seu nome como RODA PIZZA e anunciou que o cliente poderia entrar, pagar uma taxa fixa, e se servir à vontade entre os vários sabores que iriam "rodar" pelo salão. Espanto geral na gauchada! O dono deve ter enlouquecido! O cara vai falir em uma semana. Imagina se o Silvano acampa por lá!!... Ora, como entender que pagando uma taxa fixa a pessoa possa comer tantos pedaços quanto queira? Isso é impossível!
Passadas poucas décadas, os "Rodízios de Pizza" não apenas ficaram, como venceram e se espalharam! Hoje em dia já fazem parte da cultura da noite. Pois é para ver que de uma idéia aparentemente estapafúrdia, conquistou-se uma enorme fatia do mercado!
Oferecer Coca-cola grátis dentro de uma lanchonete de fast-food pode chocar num primeiro momento. Mas faria sucesso no fim do dia. Você duvida? Imagine-se passeando por um Shopping e passando diante de uma que oferecesse isso. Me confesse. Você ia entrar, não ia? Ia comprar. Ia consumir. Ia beber coca à vontade. E o mundo ficaria melhor.
Seja Coca, Guaraná, ou Fruki! Queremos a Coca Free!
Abrace essa idéia.
Silvano - dando um jeito de ficar mais gordo



PALAVRAS DOS LEITORES (sobre os Vestidos Justos da semana passada)
Silvano, muito boa a tua crônica! Algumas vezes já passei por essas... Acho que me saí bem! Mas tem casos (confesso) bem complicados de se responder... Ainda mais sem muito tempo para pensar! Hehehe. Grande abraço! Paulo Luiz - do litoral norte gaúcho

Caro Silvano. Tão devastadora quanto as respostas que listaste para a pergunta "esse vestido ficou bem em mim?" é alguém dizer "acho que o outro (aquele antigo, desde há muito guardado no roupeiro) fica melhor!". É o que basta para iniciar uma discussão interminável, da espécie "judeus x palestinos". Um abraço. Flávio - do litoral norte gaúcho



MARCO EXTRAORDINÁRIO.....
....sesquicentenário da Independência, Potência de amor e paz esse Brasil faz coisas que ninguém imagina que faz! Esse era o início de uma marchinha que, décadas atrás, era entoada no sete de setembro. Por essa época aprendi que sesquicentenário queria dizer cento e cinqüenta . E aprendi que o Marco do início da canção não era aquele meu colega de terceira série primária que era um amigo extraordinário. Agora tem uma coisa que levei trinta anos para me dar conta. É que, DE FATO, esse Brasil faz coisas que ninguém imagina que faz! Né, senhor Lula? E José Dirceu? E José Jenoíno. E José Sarney. E Paulo Maluf. E, chega, chega....chama o Dom Pedro e seu cavalo.


07/09/2006

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