16 novembro 2006

Coisa de Gordo - 298



298-Pousada Villa Cézar
Dentro daqueles projetos de vida que a gente vai sempre deixando para depois, tem um que jurei que um dia vou fazer. Trata-se de um livro de fotos intitulado “Casas que Têm Alma”. Em minhas curtas andanças por aí, volta e meia arrecado fotos de casas soturnas, casas diferentes, prédios envelhecidos, edificações com história. Um dia, sabe Deus, o tal projeto sai!
Dou essa volta toda para contar que estivemos na Serra Gaúcha de novo, e ali, naquela curta estrada entre Gramado e Canela, nos instalamos na Pousada Villa Cézar.
A fachada da casa já diz bastante. Era uma casa de família, onde alguns morreram e outros cresceram e saíram. Por ver um certo ócio naquele espaço todo, a proprietária, sra Odila, tratou de abrir essa pousada. Indo de Canela para Gramado, na frente do Posto Schell, tem uma rua. Entra-se nela e no meio da quadra está essa pousada. É Rua Narciso Perottoni, 58, e o telefone para reservas é (54) 32821753.
São quartos simples, mas com todo conforto que se quer na estadia por lá. Quartos com TV, frigobar, banheiro, camas confortáveis. Entrando na casa, já na chegada, a gente se vê imerso em uma pequena viagem no tempo. Há uma aura de gente que já passou por ali. Móveis antigos. Enfeites de época. Sofás espaçosos e confortáveis. Feito o acerto inicial com a dona, ela conduz a gente a essa viagem que referi. Leva-nos a uma escada que dá para o andar de cima. Já ali, no pé da escada, jazem duas poltronas viradas para a gente. Vazias. Paradas. Ninguém senta nelas. Então o que fazem ali? Creio que almas ali alojadas nos espreitam a subida. Comentam entre si as nossas caras de espanto, fazem troça da quantidade de malas, vasculham nossos semblantes.
Chega-se ao meio da escada e há um quadro de uma criança, cujos olhos lembram aqueles de filmes de suspense. Parece que a qualquer momento vai aparecer um olhar humano por detrás daquela parede. Até que se chega ao topo da escada. Um outro quadro, de uma jovem mulher, que parece ter saído inspirado na dona do local, uns trinta anos atrás!
O ambiente é acolhedor, parece que a gente está indo passar uns dias na casa de parentes, na casa de uma avó! Conversa alegre, calma, o som das árvores e dos pássaros, a rua serena e o ar mágico da serra gaúcha completam o encanto do lugar!
Vale a viagem, vale a estadia, vale o mistério carinhoso da casa! Manhã seguinte, descemos para o café matinal, e fomos brindados com uma delícia de Desjejum! Simples, mas gostoso. Café, leite, frios saborosos, pães de dois ou três tipos. Aí a Dona Odila começa a trazer uma Cuca deliciosa, um Iogurte de Morango saboroso, Croissants Quentes (pequeninos, uns doces e outros salgados). Comemos a nos fartar!
Fica mais perto do centro de Canela do que do centro de Gramado. Para quem gosta de colocar um tênis, dá para ir a pé até Canela, curtindo a ambientação serrana! Para Gramado, há que se ter carro.
Os preços? Claro, os preços! Muito menores e em conta do que se está acostumado a pagar na Serra Gaúcha. Não vou detalhar, pois as variáveis são muitas, o tipo de quarto, o número de pessoas, a época do ano, etc. Mas com certeza é bem mais acessível que o usual! Achou bom até aqui? Se precisar, tem um Chalé ao lado que pode igualmente ser alugado para grupos maiores!
Tá esperando o quê? Liga logo, faz a reserva e comenta que um tal de SILVANO foi quem deu a dica. Depois, é só subir as escadas e penetrar no mistério... Sim, voltando ao início do texto, essa é uma casa que tem ALMA...! Tô brincando.
Silvano – sempre se deslocando


PALAVRAS DOS LEITORES
Olá Silvano! Já vi que não dá para fazer dieta e ler a sua coluna. Li a crônica e vi as fotos e são de matar. A narração então me deixou com água na boa. Estive em Novo Hamburgo por duas vezes, mas só de passagem, vou ter de voltar para experimentar essas delícias que você provou. Mas pense bem, amigo, antes de nos torturar assim. Eu operei meu joelho e preciso emagrecer. Vou ter que mudar o horário de acessar o site (depois do almoço) ou então visitá-lo a cada quatro semanas. Abraços gaúcho torturador! Claudete – de Jundiaí - SP


Hola Silvano, como estás? Aqui, tudo bem. A cidade de Villa de Leyva é muito legal. Fica a uns 170 km ao norte de Bogotá, mas para chegar aqui leva mais de 3 horas de carro, numa estrada cheia de curvas numa serra de mais de 2000m. Parecida com Parati, RJ. www.villadeleyva.net Na Zero Hora de hoje (14/11/2006) tem uma reportagem sobre Bogotá e Santa Marta. Vale a pena conhecer um dia. Também, fala de alguns pratos típicos daqui. Em breve te mando noticias sobre a gastronomia dos hermanos. Abraço. Dr. Vinicius – nosso consultor de Biologia – “voando as tranças” mundo afora



A BOBAGEM CONTRA A COCA-COLA
Não adianta tentarem! Coca-cola é isto aí! Não tem sabor como esse aqui! Essa parte do refrão de um velho jingle da Coca incomoda a concorrência que anda distribuindo fotos “impressionantes” de uns desocupados fazendo uma “experiência aterradora”. Os caras pegam um pacote de Mentos Fresh e colocam todo ele dentro de uma Coca, fechando a tampa. Ato contínuo....“oh, que surpresa”... a coisa como que explode, esguichando o refrigerantes para todo o lado! Ora, vão inventar uma novidade que a gente já não saiba! Ainda crianças, colocávamos açúcar no copo de Coca, fazendo-a espumar até derramar! Claro que qualquer coisa adocicada, ou efervescente, ou seu lá eu o quê, em contato com a bebida, vai causar tal efeito! Mas daí a “alertarem pais e professores sobre os riscos”....que bobagem! Eu morro e não vejo tudo! Coca-light neles!


16/11/2006

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