19 abril 2007

Coisa de Gordo - 320


320 – Casa de gordo – casa de magro
Essa coisa de Páscoa traz à mente uma classificação que creio já ter feito em texto anterior, nesta série Coisa de Gordo. Casa de Gordo e Casa de Magro.
Passou a Páscoa. Nossos filhos ganharam aquelas cestas repletas de Ovos de chocolate, algumas caixas de bom-bom, aqueles Coelhos orelhudos e irresistíveis de sempre. O que acontece nos dias seguintes? Nós, os pais e mães dessas pobres crianças, nos jogamos à dura tarefa de liquidar com aquela bicharada toda, aqueles ovos todos, aqueles Prestígios e Lakas Brancos que se espalham pela casa. Não que a gente goste muito disso. O que queremos é aliviar o colesterol e o IMC de nossas pobres crianças. Se é para alguém se lançar a essa dura maratona, que sejam os adultos da casa, não os pequenos inocentes.
Aqui surge a classificação do início do texto. De acordo com o peso dos habitantes da casa (se são GORDOS ou MAGROS), esse processo se dá de forma mais rápida ou mais lenta.
Em casa de gordo, as “páscoas” duram uma, no máximo duas semanas. A luta é árdua, mas....o que a gente não faz pelo bem de nossos filhos? Por isso somos gordos. Nos dias seguintes à chegada do Coelhinho, a gente começa a assediar as crianças. Nas horas de relax, nos momentos de prazer familiar grupal. Após o jantar, a novela já acabou, a gente está vendo aquele episódio inédito do CSI, ou da série MEDIUM, e lembra dos cestos de páscoa. Aí, por caridade, a gente pergunta às crianças se eles não querem trazer suas cestas para um rápido inventário. E então nos lançamos ao “bom combate”. Ano após ano tenho cronometrado para ver quanto dias isso vai durar. O prazo parece estar encurtando, não sei, terei que averiguar mais de perto.
Já nas casas de magro isso se dá de forma bem mais alongada! O processo é lento, dura semanas, meses. Além do mais, os pais desdenham da sua missão, oferecendo as guloseimas a eventuais visitas que ali acorram. Não tomam a si essa nobre obrigação. Preferem reparti-la com o grupo social. E vão além. Quando a faxineira acaba sua função, abrem aquela Caixa de Sonho de Valsa e dizem: - Quer provar uma doçurinha, Maria? Pega uns prá ti...isso...pode pegar...leva para as crianças também! Quanta displicência, quanta omissão. Isso não é coisa para se atribuir a uma faxineira. E nem tampouco fazê-la envolver os filhos nessa função. O supra-sumo dessa classificação foi-nos dado por gentil amiga de nosso convívio. Era o mês de novembro, e fomos até sua casa em visita. Lá pelas tantas ela puxa uma bomboneira repleta de chocolates e diz assim, na maior naturalidade: - Querem provar essas coisinhas da Páscoa? Sabe que a gente ainda não conseguiu dar fim nisso? Amigo(a), o mês era NOVEMBRO, e eles estavam ainda combatendo a Páscoa na casa deles! Definitivamente, uma casa de magro.
Falando nisso, vou aproveitar a ausência das crianças para fazer uma abordagem chocólatra aos seus ninhos. Sim, quando o que está em jogo é a saúde dos filhos, a gente sabe que não tem hora nem lugar certo. Tem que fazer a nossa parte.
Silvano – achacador de ninhos infantis

FRASE DA SEMANA (enviada pela leitora Laura – Porto Alegre)
“Enxugue-se bem após o banho, pois o mosquito da Dengue se reproduz em pneus molhados!”

CLIENTES EXIGENTES (enviado pela leitora Cássia – de Porto Alegre) - Eu sou o homem que vai a um restaurante, senta-se à mesa e pacientemente espera, enquanto o garçom faz tudo, menos o meu pedido. Eu sou o homem que vai a uma loja e espera calado, enquanto os vendedores terminam suas conversas particulares. Eu sou o homem que entra num posto de gasolina e nunca toca a buzina, mas espera pacientemente que o empregado termine a leitura do seu jornal. Eu sou o homem que explica sua desesperada e imediata necessidade de uma peça, mas não reclama quando a recebe após três semanas somente. Eu sou o homem que, quando entra num estabelecimento comercial, parece estar pedindo um favor, ansiando por um sorriso ou esperando apenas ser notado. Eu sou o homem que entra num banco e aguarda tranqüilamente que as recepcionistas e os caixas terminem de conversar com seus amigos, e espera pacientemente enquanto os funcionários trocam idéias entre si ou,simplesmente abaixam a cabeça e fingem não me ver. Você deve estar pensando que sou uma pessoa quieta, paciente, do tipo que nunca cria problemas. Engana-se. Sabe quem eu sou? Eu sou o cliente que nunca mais volta! Divirto-me vendo milhões sendo gastos todos os anos em anúncios de toda ordem, para levar-me de novo à sua empresa.. Quando fui lá, pela primeira vez, tudo o que deviam ter feito era apenas a pequena gentileza, tão barata, de me enviar um pouco mais de "CORTESIA". Clientes podem demitir todos de uma empresa, do alto executivo para baixo, simplesmente gastando seu dinheiro em algum outro lugar. (Olha, Cássia, matou a pau!)

ABORTO
Tem coisas que a gente tenta entender, mas nunca consegue. Olho a simpatia dos partidos de esquerda pela causa do ABORTO, e não consigo entender a lógica. Sim, já tentaram me explicar, o PT e o resto dessa comunagem toda sempre se orgulharam de defender direitos de minorias, gays, negros, pobres, invasores de terra, assassinos de policiais, etc. E na esteira desse processo eles se dizem defensores da luta feminista (???), sendo uma das bandeiras das feministas essa coisa de poderem abortar na hora que bem desejarem. No entanto, essa mesma esquerda se diz defensora da vida, dos direitos humanos (o feto não é gente?), da preservação dos direitos individuais. Outra coisa paradoxal é o seguinte. O PT é irmanado à Igreja nas suas bases e ações. Como conciliar isso agora que se quer liberar o aborto no Brasil? A Igreja vai mudar de opinião? Há vários projetos “aborteiros” no Congresso, todos eles redigidos por deputados de esquerda. A campeã nessa matéria parece ser uma carioca do PC do B, a deputada Jandira Feghali. Volto à indagação: - Se o feto não é humano, se não é pessoa, se não é gente...o que será que ele é? Bicho? Lixo? Olho com tristeza essa pauta que por hora se desenrola diante da opinião pública, vendo nessas leis abortistas um risco enorme para a barbárie. Este não é um país sério, já o sabemos! Liberar o aborto na casa da Mãe Joana vai causar um enorme caos. Pobres crianças. E para encerrar: - Pena que a mãe da Jandira não pensou em fazer aborto quando esteve grávida dela! Sim, se a Jandira pode, por que a mãe dela não poderia?


19/04/2007

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