09 agosto 2007

Coisa de Gordo - 336


336 – FESTA DA RAPADURA
O nome oficial da festa é 21ª FESTA NACIONAL DO SONHO, CACHAÇA, RAPADURA E ARROZ. Esta festa veio crescendo e os caras foram acoplando coisas nela. Para você, forasteiro, talvez não tenha muita graça, mas a cidade de Santo Antônio da Patrulha se movimenta como nunca por esses dias. É o nosso evento maior, aquela curta semana do ano em que as atenções da mídia lembram desta singela cidade. E os políticos chegam e fazem discursos, e as ruas ficam mais limpas e asfaltadas. Há pessoas estranhas na cidade, mais policiamento, mais ocorrências.
Pois é, um ano se passou e lá venho eu de novo para falar nesta festa. Demos uma rápida passeadinha por lá e já deu para sentir que está muito legal.
E a exemplo do que comentei em texto do ano passado, esta é a única oportunidade de, na terra da Rapadura, se comer uma coisa chamada RASPA QUENTE. Ou então RAPA QUENTE, tanto faz. Ora, isso deve ter se dado ao acaso. Dentro das fábricas de rapadura, ao lado daqueles enormes tachos onde são preparadas as rapaduras, um dia a coisa deve ter acontecido. Um artesão mexia o tacho com aquela massa quente de melado e amendoim, o calor dando a liga no preparo, até que uma pequena porção caiu do lado do tacho, ficando ali no chão. O asseado artesão se abaixou para limpar o piso e percebeu que era um ponto diferente da rapadura, uma coisa mais mole, uma raspa. Meteu o dedo e comeu. Adorou e se atracou a comer.
Encantado com a descoberta, correu a chamar o Mestre Rapadureiro, contando-lhe o que se passara. O mestre provou e levou direto ao gerente. Uma semana depois, a RASPA QUENTE já era famosa na cidade.
Certo, certo, tudo isso deve ser ficção, mas o sabor e a textura da Raspa quente são inigualáveis. E só aparecem uma vez por ano.
Mexa-se, portanto, mexa-se e venha a Santo Antônio para experimentar.
Só isso? Claro que não. Há uma boa praça de alimentação, há parque de diversões para as crianças entre outras curiosidades. Tem uma coisa que eu acho meio deplorável, a Avenida da Cachaça. São estandes e mais estandes dos alambiques, onde os caras expõem sua produção. É um verdadeiro cachaçódromo. Quem gosta de beber pode se fartar. O que eu acho meio ruim. E ainda mais com cachaça.
Achou pouco? Então saiba que no Ginásio contíguo, se desenrola simultaneamente a 21ª Moenda da Canção, um festival musical que já faz parte do calendário cultural do Estado. Pois é, eu disse que a cidade estava a mil.
Pé na estrada, portanto, venha a Santo Antônio para se deliciar.
Silvano – será que ganhou um cargo na secretaria de turismo?


NOITE DE AUTÓGRAFOS
Outra surpresa na noite de quarta. Caminhávamos pelos estandes das lojas, o povão indo e vindo, quando um amigo nos lembrou que haveria uma NOITE DE AUTÓGRAFOS. Era o escritor JOELSON M. DE OLIVEIRA, cidadão aqui da cidade, lançando seu livro de crônicas. Fomos rapidamente até o local e recebemos um dos primeiros autógrafos que ele deu. O nome do livro? REMOENDO SONHOS. Que presença, hein? Veja você....fui buscar Pastel e Rapa Quente e ainda trago para casa um belo livro de crônicas... Foi bom demais.


ESSA COISA DE LIVRO....
....noite de autógrafos e dedicatórias tem me incomodado a imaginação. Quem sabe, um dia!

09/08/2007

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