27 dezembro 2007

Coisa de Gordo - 356


356 – A BERINJELA DA COMADRE
Tem coisas que não se consegue mudar. Certos rituais, certas festas, estão firmemente agarrados na cultura de um povo e assim vão se perpetuando. Graças a Deus. Por força disso, caro(a) leitor(a), dentro de alguns dias (ou noites) estaremos comendo Lentilha. Sim, eis que chega o reveillon.
Já levantei esta bandeira aqui, em tempos idos, de que deveríamos comer mais lentilha no resto do ano. Mas Lentilha mesmo. Temperadinha com Lingüiça, salgadinha, saborosa. Pena que só se lembre dela na virada do ano.
Na esteira deste processo, há uma iguaria que faz anos vem recheando nossos fins de ano. Entre o Natal e o Ano-novo, a Comadre sempre nos tem brindado com um delicioso molho de Berinjela. Ano vai, ano vem, após a entrega dos presentes natalinos, a Comadre (estou preservando seu nome por gosto – para evitar a concorrência) surge detrás da árvore de natal com uns potinhos, uns vidrinhos bem lacrados onde ela acondiciona o seu delicioso molho. E vai presenteando um, e outro e mais outro. Todos coletamos os preciosos vidrinhos, levando-os para a intimidade de nossas cozinhas domésticas. Uns dias depois, o panetone já acabando, o Chester já devorado, a gente abre a geladeira e dá de cara com o vidrinho. Uau, há vida após o Natal!
Após colocar aquela Cerveja Líber no congelador, após buscar uns pãezinhos quentinhos na padaria, a gente se senta para o lauto banquete. Parte-se o pão longitudinalmente e se coloca uma porção de Berinjela da Comadre. É um molho saboroso, o gosto é inconfundível. Ali se percebe muita berinjela picada, pimenta, azeite, entre tantas outras iguarias. É uma mistura, um diferencial para se comer com pães ou torradinhas. Uma mordida, um gole na Líber, eis a receita para dias tão quentes e instigantes.
A cada virada de ano é sempre assim. O que fiz no ano que passou? O que pretendo para o próximo ano? Entre uma pergunta íntima e outra, uma mordida no pão, um gole na Líber, parece que as coisas vão ficando mais serenas, mais claras e simples.
Sabe Deus o que a Comadre anda pondo nesta Berinjela. Que alucinógenos ela nos dá ao aproximar-se o reveillon? Que deliciosas “drogas” ela adiciona a este molho que nos faz ficar tão calmos e pensativos?
A nova dieta, aqueles mesmos quilos a perder. Em alguns casos não apenas os quilos do ano passado estão ali (um a zero prá balança), mas outros ainda foram acrescidos (dois a zero prá ela). Você mastiga, faz contas, pensa no seu tênis empoeirado, nas caminhadas, pensa na Lentilha.... “é tudo tão confuso”.
Por isso existe a Berinjela da Comadre. Para nos deixar em estado de graça, nos fazer prometer coisas grandiosas para o novo ano. Para nos darmos conta de que, em meio à crise, ao Lula no governo, ao calorão de dezembro, há uma chance de ser feliz. Basta dar outra mordida, outro gole e deixar rolar...
Silvano – embriagado...de felicidade


OPERAÇÃO CONDOR
Quando a gente pensa que já viu ou leu toda a bobagem do mundo....vem um esquerdista e bate o recorde. O famoso Jair Kriscke, emérito defensor dos Direitos Humanos no Rio Grande do Sul, tomou a si o papel de justiceiro e denunciou ao governo italiano uma série de brasileiros que, segundo ele, teriam matado uns “comunas” de ascendência italiana. Coisa de quase quarenta anos atrás. Até aí tudo bem. Esses caras dos Direitos Humanos só contemplam dois tipos de gente: bandido e comunista! O resto da humanidade que se dane. Agora...se for comuna ou bandido, aí tem que proteger, tem que dar todos os benefícios. Pois bem, como dizia, até aí tudo normal, a baboseira de sempre. Então vem a justiça italiana na pessoa de um juiz que deu ordem de prisão aos brasileiros dedados pelo Jair Krischke e escandaliza todo mundo. Nada como ser o quintal do planeta. Esta terrinha onde qualquer um manda prender quem quiser. Mas quem pensa que é este juizinho italiano? Quem lhe deu autonomia para mandar prender brasileiros? E parto para uma recíproca. Se eles podem fazer isso...qualquer juiz brasileiro pode dar ordem de prisão para os policiais ingleses que mataram o Jean Charles. Por que não? Ah, dirão alguns, mas aqui é a Casa da Mãe Joana. Aqui tudo pode.


ESSES ITALIANOS....
...poderiam lembrar-se da mãozinha que receberam dos brasileiros na Segunda Guerra Mundial. Já ouviram falar da Tomada de Monte Castelo? Lembram eles quantas vidas brasileiras tombaram em solo italiano para correr com os nazistas de lá? Quem sabe o tal juizinho italiano manda prender os nazistas que mataram os brasileiros e manda também prender os italianos que entregaram seu país de mão beijada a Hitler? Que sejam todos os assassinos presos, portanto!


AH, MAS ISSO O KRICHKE NÃO QUER SABER...
...pois como disse antes, só quem tem Direitos Humanos é Bandido e Comunista. O Fidel Castro, por exemplo, jamais foi questionado pelos Direitos Humanos. E nem as FARC, forças terroristas da Colômbia. Matam, seqüestram, torturam, mas....que coisa...são comunistas. Aí pode, aí pode.


27/12/2007

21 dezembro 2007

A Porto Alegre dos Bondes



Recebi de uma amiga que está na Inglaterra (veja só) esta delícia de passeio histórico. Clique no link abaixo, escolha a versão em português e viaje na Porto Alegre de ontem, através da história dos Bondes. Belas fotos, belos fatos relatados, belo documento histórico.

Imperdível!

Silvano - histórico

Acesse:

http://www.tramz.com/br/pa/pa.html

20 dezembro 2007

Coisa de Gordo - 355


355 – AMIGO SECRETO
Tenho levantado aqui neste espaço e em vários outros onde transito uma bandeira contra esta prática que considero danosa e que se convencionou chamar AMIGO-SECRETO. No centro do país eles dizem amigo-oculto. O que era uma brincadeira de crianças em idade escolar ganhou contornos de costume nacional, de tal sorte que nesta época do ano há uma verdadeira profusão desta prática em nosso meio. Amigo-secreto da escola, do trabalho, do inglês, da hidroginástica, da turma de canastra, do clube de tricô, do Centro Espírita, da Igreja, da turma de catequese, do centro comunitário, da cela 415-a do presídio. Sim, todos fazem amigo-secreto.
Ano passado, por esta época, já teci comentários a este respeito e já naquele tempo recebi alguns comentários de solidariedade. Não estou sozinho neste sentimento, portanto.
Mas assim como me escudo de entrar em ritual de tamanha superficialidade, respeito a afeição das pessoas em geral ao se deliciarem com coisinhas de 1,99 ou panetones de última hora. E é claro, com coisas eventualmente bem mais caras. Não é uma posição filosófica minha, apenas uma deficiência. Participar disso me fazia mal, me estressava, quase estragava a festa. Sou fraco em presentear.
A partir do momento que varri isto de minha vida...ufa...os dias ficaram melhores.
Anos idos, certa feita tive que presentear uma senhora de nossa cidade, ninguém menos que a primeira-dama, isto mesmo, a esposa do Prefeito. Tratava-se (e ainda se trata) de senhora respeitável, mãe de família, avó, mas com quem não desfrutava nenhuma espécie de intimidade. Foi duro, foi duro.
Ponderemos enfim, em torno que algumas coisas que você poderia evitar no ato do amigo-secreto. Só algumas dicas.
1) não fale no peso da pessoa: imagine só, você anunciar ao microfone algo como “a minha amiga-oculta é uma pessoa legal, muito querida e que está um pouquinho acima do peso”. E para arrematar você dá de presente uma balança de banheiro. E ao entregá-la você ainda avisa: - Olha, a carga máxima desta é só 130Kg! Amigo(a), você acaba de conquistar uma inimiga para o resto desta e de outras vidas. Mas que coisa mais grosseira. Mas quanta falta de sensibilidade. Prepare-se para o pior. Você vai receber e-mails com PPS da Hello Kitty por um ano a fio. Vai ter seu carro riscado com prego na garagem da firma. Vai sentar sobre percevejos na sua cadeira de trabalho. Vai encontrar dentro de sua bolsa ou pasta um cocô de cachorro. Ou seja, você se ralou! Erro imperdoável.
2) não tente resolver problemas nesta hora: problemas no emprego, na escola, na família terão hora e dia adequados para serem deslindados. Não agora, na frente de todo mundo, com uma taça de champanhe na mão. Nada de ficar dizendo: O meu amigo-secreto é uma pessoa que bem que poderia cumprir mais os seus prazos de entrega, ser mais atento e dedicado, faltar menos nas segundas-feiras após os jogos do Corinthians...e ele é o Marquito aqui presente. Pronto, a briga está feita. O tal do Marcos (não adiantou tê-lo chamado de Marquito, a “cacaca” está feita) estará furibundo com você. Se ele já vinha atrasando as coisas, prepare-se para dormir esperando. Aquilo que você precisava em janeiro, ele prometerá para março e lhe entregará em outubro. E quanto aos jogos do Corinthians, alguns amigos dele são da diretoria da Gaviões da Fiel e vão saber dessa sua falta grave.
3) não vá ao microfone bêbado: por favor, não me vá dar este vexame! Há riscos enormes diante desta situação. Você pode ser indelicado, pode ser demitido do emprego, expulso da escola, pode ser soqueado na hora, ou seja, vai haver confusão! Lembre que, alcoolizado(a), você estará menos envergonhado, menos cuidadoso, menos prudente. Dirá coisas do tipo “a minha amiga-oculta é aquela gostooooosa do quinto andar, que todo mundo vem tentando pegar faz tempo”. Amigo(a), o marido da gostosa está caminhando em sua direção, está sóbrio e é lutador de jiu-jitsu. Prepare seu maxilar.
Por essas e outras, prefiro assistir a tudo de fora. Me divertindo, rindo, gostando. Mas sem correr riscos.
Um Feliz Natal!
Silvano – o impossível


20/12/2007

Filme Fraquinho


É difícil entender como é que um medalhão do cinema mundial como o Nicolas Cage se mete num filmequinho desses. De fato, o filme é muito fraquinho. Trata-se de uma refilmagem de filme anterior (O Homem de Palha) mas que se arrasta o tempo todo. E o pior é que o trailer é delicioso. Você já deve ter visto na SKY ou na NET. O cara (Cage) é um policial rodoviário, está abordando um carro na beira da estrada quando a criança no banco de trás joga um ursinho de pelúcia no asfalto. O policial vai apanhar o bicho e neste momento uma jamanta passa por cima do carro parado. Cara, o trailer é arrasador. Mas é só isso.
O título do filme é O SACRIFÍCIO e cheguei a levar um susto quando li este nome na programação. Achei que era aquele filme do Andrei Tarkovski que tem o mesmo nome. Só que aquele é obra de arte. Este aqui...
O nome original é The Wicker Man (seria “o homem de vime”) e traz todos, mas TODOS os clichês acerca de filmes de suspense. O agente policial vai investigar um desaparecimento numa comunidade fechada que cultua as abelhas e que faz rituais para garantir a fertilidade da safra e a gente já sabe desde o início que os fanáticos vão dar um jeito de botar o mocinho no ritual de sacrifício. Fraco, fraco, fraco. Perdi 102 minutos de minha vida.
Mas como gosto é gosto....se quiser se martirizar, confira. Nota 4,0. Desprezível.
Silvano – mas que coisa

O Sacrifício
Título original: The Wicker Man
Gênero: Suspense,Terror
Ano: 2006
País de origem: Estados Unidos
Duração: 102 min.
Classificação: 14 anos
Diretor: Neil LaBute
Elenco: Nicolas Cage, Ellen Burstyn, Kate Beahan, Frances Conroy

13 dezembro 2007

Coisa de Gordo - 354


354 – NA BRASA
Tem umas coisas que a gente tem que conferir. Fazia tempo, muito tempo que líamos recomendações sobre a Churrascaria Na Brasa, de Porto Alegre. A cada novo Guia da Veja esta churrascaria recebe o título de melhor churrascaria da capital gaúcha. E todo mundo indo lá, e se fartando, e nos contando. Pensávamos em ir...algo aparecia e nos tirava do caminho. E assim o tempo veio passando.
Dia desses, estando na capital de novo, pensei em dar uma conferida. Desta vez deu certo. Muito certo.
Por uma série de fatores, chegamos cedo, era dia de semana. Um vasto estacionamento na esquina da frente se propõe a acomodar todos os carros. Estacionamos.
O ambiente é deliciosamente climatizado, geladinho, uma luz indireta acalma os olhos e permite uma conversa agradável. Não é um lugar acessível no que toca a preço. Para se comer apenas o bufê de saladas, paga-se 31,00. Por mais 8 reais se come as carnes também. Ou seja, não vale a pena comer só as saladas. Pague logo os 39,00 e seja feliz.
O serviço é atencioso, os caras trocam o prato da gente de quando em quando, um garçom fica meio de vigia completando os copos, trazendo bebidas.
E então começa o delicioso festival. Eles trazem Picanhas, Vazios, Costelas, Coração de Frango, Filé, Filé de Avestruz, Carne de Ovelha, Queijo derretido (um vício meu), Cupim, Picanha recheada com queijo, Polentas “grostoladas” (não fritas), entre tantas outras coisas mais.
Tem um detalhe engraçado, como havia vários executivos, homens engravatados e que, sob nenhuma hipótese podem sair do almoço sujos e respingados, a casa oferece uma espécie de babeirão, um pano fininho que é colocado ao redor do pescoço de quem pede. Achei meio engraçado. Pareciam uns bebezões. E para piorar, a maioria dos que usavam eram gordos.
As carnes estavam muito boas, saborosas, suculentas. Mas, como direi...era só isso. Não, não pense que estou desfazendo na qualidade do local, os repetitivos títulos da Revista Veja bastam por si. Mas quem vai a churrascaria vai apreciar carnes e nesta hora podemos ser exigentes. Então repito, as carnes estavam boas, muito boas. Só isso.
O que se dá nesta hora? É inevitável a comparação. E qual é o nosso parâmetro eterno de churrascarias? Óbvio. A Churrascaria Schneider, na rua Bahia. Pois bem...a Schneider é melhor! Por que a Veja não acha isso? Pergunte a eles. Primeiro, o bufê de saladas. Este da Na Brasa era delicioso, ótimo mesmo. Mas se comparado com a outra não chega nem perto. O bufê da Schneider tem tudo que havia neste acrescido de Camarões enormes, Frutos do Mar e Sushis. Achou pouco?Na Schneider há um bufê de sobremesas incluído no preço. Nesta aqui é por fora. Agora a facada derradeira. A carne da Schneider é melhor!
Anyway, no final, bebendo apenas cocas light, somando os dez por cento, etc, a conta chega a 50,00 por pessoa! E com um requinte de perversidade. Estava saindo do estacionamento e o cara veio dizer que custava 1,00! Puxa, por um real não precisava cobrar o troço.
Mas vale a incursão, é claro. Um belo local, atendimento nota dez, conta cara, ambiente gostosamente climatizado. Fica na Ramiro Barcelos, 389, telefone (51) 32252205. Tem página na rede: http://www.churrascarianabrasa.com.br/ , de onde “roubei” a foto ali do começo.
Pronto. Já conferi o troço.
Silvano – o impossível


CPMF
Os analistas políticos ficam tentando juntar os cacos, explicar os eventuais erros de negociação do governo Lula para reaprovar a CPMF. Quanta bobagem. O governo comprou muita gente, barganhou, ofereceu cargos, deu a alma...e graças a uns e outros perdeu! O que acontece é que o povo está de saco cheio de pagar impostos e mais impostos. Já escrevi aqui. Chega de impostos! Chega de impostos! Chega de impostos! Espero que nas próximas eleições todos se lembrem de quem votou a favor da CPMF.


QUE VERGONHA PARA OS GAÚCHOS!!!
Os três senadores gaúchos, Sérgio Zambiasi, Paulo Paim e Pedro Simon votaram a favor da CPMF! Desonra para os gaúchos. Espero vê-los derrotados nas urnas na próxima. Usurpadores da população! Vão aumentar ,criar ou renovar imposto no raio que os parta! Vendilhões!

13/12/2007

11 dezembro 2007

UM LIVRO


Quem quer ser feliz? Todo mundo quer ser feliz. Pois bem a este propósito, chega ao exame de nossos olhos este belo livro de Jerri Roberto Almeida. Trata-se de livro espírita, editado justamente pela Editora da Federação Espírita do RGS e que traz o mesmo autor de FILOSOFIA DA CONVIVÊNCIA, desta vez em um livro chamado O DESAFIO DA FELICIDADE (num mundo em transformação).
Com uma linguagem fácil, ágil, acessível, o autor nos leva a considerações acerca deste tema tão instigante. Coloca a felicidade como um desafio pessoal a cada um. E cita uma idéia a partir da qual a felicidade englobaria três princípios fundamentais: a) a posse do necessário; b) a consciência tranqüila; c) a fé no futuro. Interessante ler e esmiuçar tal concepção, posto que é um exercício a que qualquer um de nós pode se submeter. Buscar as coisas necessárias na vida material, sem abusar e se perder em buscas desnecessárias. Ter a consciência tranqüila, ou seja, trilhar um caminho em nosso dia-a-dia que seja eivado de uma boa conduta, uma camaradagem, um bem viver com os outros. E por fim a fé no futuro. Puxa, num mundo onde há tanta descrença, tanta “depressão”, onde poucos acreditam em Deus, é impressionante o estudo de futuro e da fé nele.
Num certo trecho do texto o autor diz que “ser feliz é uma conquista pessoal, não obstante os desafios do mundo”. De fato, não tem fluoxetina, não tem psicólogo, não tem amigo que consiga levantar alguém à felicidade, se a própria pessoa não quiser. E ele continua adiante dizendo que “a felicidade não caracteriza necessariamente a ausência de sofrimento, mas a forma como vemos e nos relacionamos com a vida em seus múltiplos processos”. Não pude deixar de lembrar os conceitos da Inteligência Emocional onde já se debatia exatamente isso. Ser feliz a partir dos elementos que se possui, sem se perder em lamentações e derrotas.
Mais adiante no texto o autor diz que “a felicidade não depende do prazer, muito embora a psicologia considere que o prazer bem estruturado, saudável, é um direito do ser humano e, sob esse aspecto, poderá, sim , se somar à felicidade”. Muito interessante. Muito interessante.
Já quase no fim do livro, Jerri vem nos dizer que “o grande desafio da felicidade é o desafio do caminho interior, o restante são fatores mesológicos que interferem, mas não determinam, verdadeiramente, aquilo que somos”.
Para arrematar, ele traz no capítulo 10, um item chamado O AMOR E SEUS SIGNIFICADOS (pág 126). É uma pequena aula sobre AMAR, onde o autor desdobra e explicita conceitos e explicações variadas para o amor. Navegando pelos oceanos da Filosofia, ele nos conta que os gregos tinham várias palavras para se referirem ao amor, seriam com que “tipos de amor”. Para o amor do desejo, da atração sexual, eles usavam EROS (daí o termo erótico). Para o amor da afeição familiar, amor pai-filhos, mãe-filhos, eles usavam a palavra STORGÉ. O amor que no casal começara com Eros, agora se ampliava e incorporava o Storgé para assumir os papéis familiares. A seguir eles usavam o termo PHILOS (donde filosofia é o amor à sabedoria) para o amor da amizade, das relações cotidianas, um amor que se dá só a quem lhe dá em troca. Eu ajudo, diz a pessoa, mas tem que ser do meu jeito. Ele impõe condições. Por fim eles usavam a palavra ÁGAPE aludindo ao amor evangélico, uma comunhão fraternal. O amor ágape é o amor da caridade, da docilidade para com o outro.
Por tudo isso e muito mais o livro é imperdível, delicioso, interessante, atual. Fica esta sugestão justamente agora, época de Natal, onde todos parecem querer reforçar suas chances de serem felizes e onde um livro é um baita dum presente. Se não encontrar na sua livraria predileta, acesse a Livraria Virtual da FERGS em http://livraria.fergs.org.br/ e faça o seu pedido. O livro custa a bagatela de 20,00 reais! Contatos com o autor? Mande-me um e-mail que faço chegar até ele.
Silvano – a serviço do Papai Noel, mas antes de mais nada, a serviço da leitura

O DESAFIO DA FELICIDADE
156 páginas
Editora da FERGS
2007
R$ 20,00
http://livraria.fergs.org.br/produtos/produto.php?cd_produto=020901

06 dezembro 2007

Coisa de Gordo - 353


353 – CALDOS E RESCALDOS
Essa coisa de se colocar CALDOS na culinária é recente na história brasileira. Em 1961, foram lançados no Brasil os primeiros caldos e sopas Knorr. Imagine ao tempo de nossos avós se isso fosse disponível. Não era. Tanto que ainda tenho na memória (nas frestas frias, úmidas e estreitas de meu passado sinistro – desculpa, não resisti) uma clássica cena de nossa tia-avó matando uma galinha para o almoço. Depois ela era sapecada com água quente (a galinha, não a tia), depenada e enfim chegava ao ponto desses frangos que a gente busca no supermercado.
Para abreviar esse longo e cruel processo, quando a intenção fosse apenas conseguir aquele gostinho da galinha, o famoso CALDO, a indústria lançou os renomados Caldo de Galinha e ainda o Caldo de Carne. E assim vivemos décadas. Ao lado da tia-avó, não da galinha.
Na surdina, os caras foram acrescentando umas novidadezinhas eventuais, de tal sorte que num belo dia deparamos com um Caldo de Legumes, lançado em 1982, na prateleira do Super. Em 1992 lançaram o Caldo de Bacon. Em 2004 lançaram os caldos de Bacon com Louro, Caldo de Costela, Caldo de Cebola, Caldo de alho, galinha e salsinha. Em 2006 vem o Caldo de Galinha Assada. Em 2007 (ufa) lançaram o Caldo de Bacalhau. E a partir daí a coisa não parou mais. Entraram toques de ervas, misturas inusitadas, Caldo de Picanha (já pensou?) e muito mais. Essa trajetória toda é da marca KNORR, mas há que se lembrar da concorrente MAGGI que é uma divisão dentro da Nestlé, e que tem quase os mesmos produtos. Olhando os sites de ambas as marcas, o da Knorr me pareceu mais genuíno, mais original, até porque ele é uma marca em si. A Maggi é apenas mais uma divisão da Nestlé.
A coisa é ainda melhor. Tem uns cubinhos chamados TOK KNORR, nas versões ALHO, CEBOLA, CAIPIRA e CASEIRO. Para nós que damos o start da arte culinária sempre a partir de uma cebola picada e frita no azeite quente, isso veio facilitar um monte! Não é mais necessário se debater com a cebola de verdade. A gente prepara o arroz, a carne, a massa ou seja lá o que for e no meio do processo coloca um ou dois cubinhos daquilo. Fica igual! O mesmo vale para o alho. Nada de ficar com as mãos cheirando a alho. É só colocar os cubinhos.
Eu, de minha parte, nas raras investidas que dou diante do fogão, não me importo de picar tanto a cebola quanto o alho. Não me importo também com o cheiro residual. Isso faz parte da arte culinária. Negar isso é como querer que um pintor não tenha cheiro de tinta em si. Numa janta mais elaborada, numa ocasião especial, creio que seja mais adequado usar a cebola e o alho de verdade. Mas os tais cubinhos não vieram para tais momentos. Os cubinhos vieram para o dia-a-dia, o corre-corre das segundas e terças-feiras, aquelas curtas horas do dia em que a pessoa não pode perder tempo, mas não quer abrir mão do sabor.
Enfim, as ofertas do mercado são inúmeras. Há gostos os mais variados. Curta, aprecie, aproveite. Faça como a sra Kátia faz por aqui e tenha no armário da cozinha umas caixinhas dos Temperos sempre à mão.
Quando for comer aquele arroz queimadinho no fundo da panela e sentir o sabor do alho e da cebola, você fechará os olhos e perceberá que valeu a pena!
Silvano – o impossível


RENAN CALHEIROS
É, mais uma vez ele foi absolvido pelos seus pares. O belo SENADO FEDERAL! Já citei isso aqui antes. Este Senado não me representa mais!


NATAL, NATAL DAS CRIANÇAS
Enquanto isso, as lojas fervilham de consumidores! É Natal, é Natal, um Feliz Natal... Pobre do saldo bancário. Pobre do seu Cartão de Crédito. Pobre de nós!


06/12/2007

FALEI DOS TEMPEROS...


...olha eles aí, gente!!!

NOSSA LEITORA NAIRA...


...de Rio Grande, manda material promocional sobre FACAS feitas a partir de Avestruzes. Legal, muito legal. o email para comprar é: vendas_cpars@terra.com.br

O CARA É MUITO LEGAL


O nome dele é Jeff Dunham, trata-se de um comediante norte-americano com um diferencial. O cara é ventríloquo, lembra disso? Se quiser ver várias performances acesse o site do cara em http://www.jeffdunham.com/ , com a desvantagem de que ali está tudo sem legenda, óbvio. Mas se quiser uma palhinha dele legendada, veja então no Youtube, o show de Achmed, o terrorista morto. http://www.youtube.com/watch?v=wJ0wLhHq2SU Imperdível. Silvano

CORINTHIANS NA SEGUNDA DIVISÃO


O cara roubou, corrompeu, fez o que pôde...
Aliou-se aos banqueiros para fazer deles os caras mais ricos do país...
Mandou o filho viajar no exterior pagando tudo com dinheiro do povo...
Armou o esquema do mensalão para se perpetuar no poder...
Colocou toda a companheirada prá dentro da máquina pública....
Desmontou o sistema aéreo nacional...
Está tentando aprovar a Lei do Aborto no Brasil....
Está tentando enfiar goela abaixo a CPMF...
E ATÉ AGORA NADA ACONTECEU COM ELE...
Mas pelo menos uma coisa se deu....
O TIME DELE CAIU PRÁ SEGUNDA DIVISÃO!
Valeu, Coringão.
Você vingaram o povo e a nação.
Silvano – mas o cara não dá uma folga...

01 dezembro 2007

CHOPE EM CASA


Uma amiga (Isabel) mandou esta matéria sobre uma maravilhosa geladeira. O texto diz:
Os suecos são os autores desta proeza chamada Asko HomePub, a geladeira dos sonhos para muita gente. A HomePub possui um reservatório destacável de 5 litros para o chope, um compartimento para o gás e a torneira para servir. Fora a mais do que necessária prateleira para mais alguns reservatórios. Isto tudo sem perder espaço: sua capacidade é de 218 litros na geladeira e 83 litros no congelador. Esta obra-prima já está sendo vendida em alguns países da Europa por cerca de mil dólares.”
Olhe e babe, car(a) amigo(a). Um dia, quem sabe, essa coisa aparece nas nossas lojas.
Silvano

Que facilidade!


Olha só que facilidade. Não precisa nem abrir a porta da geladeira.

Por dentro


Dentro, o pequeno reservatório mantido bem gelado. Os caras pensam em tudo....