06 dezembro 2007

Coisa de Gordo - 353


353 – CALDOS E RESCALDOS
Essa coisa de se colocar CALDOS na culinária é recente na história brasileira. Em 1961, foram lançados no Brasil os primeiros caldos e sopas Knorr. Imagine ao tempo de nossos avós se isso fosse disponível. Não era. Tanto que ainda tenho na memória (nas frestas frias, úmidas e estreitas de meu passado sinistro – desculpa, não resisti) uma clássica cena de nossa tia-avó matando uma galinha para o almoço. Depois ela era sapecada com água quente (a galinha, não a tia), depenada e enfim chegava ao ponto desses frangos que a gente busca no supermercado.
Para abreviar esse longo e cruel processo, quando a intenção fosse apenas conseguir aquele gostinho da galinha, o famoso CALDO, a indústria lançou os renomados Caldo de Galinha e ainda o Caldo de Carne. E assim vivemos décadas. Ao lado da tia-avó, não da galinha.
Na surdina, os caras foram acrescentando umas novidadezinhas eventuais, de tal sorte que num belo dia deparamos com um Caldo de Legumes, lançado em 1982, na prateleira do Super. Em 1992 lançaram o Caldo de Bacon. Em 2004 lançaram os caldos de Bacon com Louro, Caldo de Costela, Caldo de Cebola, Caldo de alho, galinha e salsinha. Em 2006 vem o Caldo de Galinha Assada. Em 2007 (ufa) lançaram o Caldo de Bacalhau. E a partir daí a coisa não parou mais. Entraram toques de ervas, misturas inusitadas, Caldo de Picanha (já pensou?) e muito mais. Essa trajetória toda é da marca KNORR, mas há que se lembrar da concorrente MAGGI que é uma divisão dentro da Nestlé, e que tem quase os mesmos produtos. Olhando os sites de ambas as marcas, o da Knorr me pareceu mais genuíno, mais original, até porque ele é uma marca em si. A Maggi é apenas mais uma divisão da Nestlé.
A coisa é ainda melhor. Tem uns cubinhos chamados TOK KNORR, nas versões ALHO, CEBOLA, CAIPIRA e CASEIRO. Para nós que damos o start da arte culinária sempre a partir de uma cebola picada e frita no azeite quente, isso veio facilitar um monte! Não é mais necessário se debater com a cebola de verdade. A gente prepara o arroz, a carne, a massa ou seja lá o que for e no meio do processo coloca um ou dois cubinhos daquilo. Fica igual! O mesmo vale para o alho. Nada de ficar com as mãos cheirando a alho. É só colocar os cubinhos.
Eu, de minha parte, nas raras investidas que dou diante do fogão, não me importo de picar tanto a cebola quanto o alho. Não me importo também com o cheiro residual. Isso faz parte da arte culinária. Negar isso é como querer que um pintor não tenha cheiro de tinta em si. Numa janta mais elaborada, numa ocasião especial, creio que seja mais adequado usar a cebola e o alho de verdade. Mas os tais cubinhos não vieram para tais momentos. Os cubinhos vieram para o dia-a-dia, o corre-corre das segundas e terças-feiras, aquelas curtas horas do dia em que a pessoa não pode perder tempo, mas não quer abrir mão do sabor.
Enfim, as ofertas do mercado são inúmeras. Há gostos os mais variados. Curta, aprecie, aproveite. Faça como a sra Kátia faz por aqui e tenha no armário da cozinha umas caixinhas dos Temperos sempre à mão.
Quando for comer aquele arroz queimadinho no fundo da panela e sentir o sabor do alho e da cebola, você fechará os olhos e perceberá que valeu a pena!
Silvano – o impossível


RENAN CALHEIROS
É, mais uma vez ele foi absolvido pelos seus pares. O belo SENADO FEDERAL! Já citei isso aqui antes. Este Senado não me representa mais!


NATAL, NATAL DAS CRIANÇAS
Enquanto isso, as lojas fervilham de consumidores! É Natal, é Natal, um Feliz Natal... Pobre do saldo bancário. Pobre do seu Cartão de Crédito. Pobre de nós!


06/12/2007

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