04 fevereiro 2008

Torcendo para o cara errado


Andei vendo alguns filmes na Sky e em dois desses cometi o mesmo erro! Acabei torcendo para o cara errado. Claro que isso tudo é subjetivo, cada um torce para quem achar melhor. Mas se seguirmos aquela velha lógica hollywoodiana na qual o mocinho é o cara que cai, tomba, rasteja o filme todo para ao final levantar-se vitorioso, confesso que tenho errado.

CASO UM: Um Crime de Mestre – o maravilhoso Anthony Hopkins é um empresário velho que é casado com uma bela e jovem mulher. Como não poderia deixar de ser, a mulher arranja um amante mais jovem e encorpado.Aí o velho arma todo um plano para se vingar do casalzinho de adúlteros. Amigo(a), não sei se é por causa do ator, mas desde o início simpatizei com o personagem do Hopkins. Erro meu! O mocinho, para meu desmazelo, era o amante.

CASO DOIS: O Contrato – mais um ator consagrado, desta vez o Morgan Freeman. O cara é um velho agente, já tendo passado por FBI, CIA, etc. No momento, executa missões que o governo não pode admitir que existam, mas que têm que ser feitas. Cabelo esbranquiçado, expressão cansada e endurecida, olhos tristes....como não simpatizar com um cara desses? E para reforçar tal sentimento o personagem dele no filme é perseguido por um praticante de caminhada, pela polícia local, pelo FBI, por seus parceiros de missões sujas e por uma mulher de alto cargo no governo. Sim, todos esses estão no encalço do bom e velho Morgan Freeman. Pois é. Diante disso tudo....como não torcer pelo cara? Como não me solidarizar com suas calejadas mãos? Com seu olhar triste e cansado? Errei de novo. O mocinho era outro!

Diante da efusiva condenação com que a sra Kátia me brindou, argumentei que com atores como esses é difícil deixar de torcer por eles.

Tivessem colocado no papel o John Lighthow, ou aquele loiro que é o Lucius Malfoy na saga do Harry Potter e eu também os condenaria.

Enfim, devo ter adquirido MAIS UMA deformação de caráter.

Silvano – perturbado pelo confete e a serpentina

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