11 junho 2008

Coisa de Gordo - 380


380 – UM LIVRO NOTÁVEL
Eu nem precisaria comentar nada sobre este livro, afinal ele tem estado na lista dos mais vendidos da Revista Veja faz um tempão. Imagino, portanto, que talvez você já o tenha lido. Trata-se do 1808, de autoria de Laurentino Gomes. Logo abaixo do título, ali na capa, se lê: “Como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a História de Portugal e do Brasil.”
Uma bela síntese. O livro é delicioso. É um livro volumoso, largo, grosso, de 351 páginas mais um capítulo só de citações bibliográficas. A letra é grande, a gente progride rápido no texto. Se formos analisar com rigor, na verdade este seria um livro da história de Portugal. Ele traz o relato da vinda da corte portuguesa para o Brasil, e as conseqüências disso. O Brasil, na verdade, é apenas pano de fundo para o que está acontecendo. Mas o livro é interessantíssimo, o texto é ágil, leve, prende a atenção. Para dar idéias de valores, o autor se deu ao trabalho de converter riquezas daquela época para valores atuais. Assim, lá pelas tantas ele diz que o salário do fulano era tantos contos de réis o que daria tantos reais atuais.
Como sempre se dá nesses casos, a gente começa a ler e se desilude com os personagens históricos. Somos descendentes de um imperador português (Dom João VI) que é descrito como um cara gordo, molengão, comilão, indeciso, inseguro, profundamente católico, que morava sozinho em seu palácio. Isso mesmo, a Imperatriz Carlota Joaquina morava em outro palácio. Confirmando coisas já citadas em filmes e minisséries, o cara de fato carregava coxas de galinha assadas na manga do seu casaco, para comer durante seus passeios. E veio para o Brasil fugindo de Napoleão.
Desculpe a expressão, caro(a) leitor(a), mas o cara era um “bosta”.
O povo português que o diga. Diante da ameaça de Napoleão, a corte portuguesa simplesmente embarcou em navios e se mandou para o Brasil em fuga, deixando o povo português entregue à sua própria sorte. Isso mesmo, as tropas de Napoleão entraram em Portugal sem nenhuma resistência. Os nobres deram no pé e fugiram para o lado de cá.
A partir daí ficamos sabendo coisas da vida aqui no Brasil de 1808. Os costumes, as roupas, a sujeira das ruas, a pouca educação e civilidade das pessoas, a violência urbana. É um relato impressionante, recheado de detalhes, de coisas picantes, de histórias intrigantes.
Já no fim do livro o autor conta a história de um certo Luiz Joaquim dos Santos Marrocos. O cara era um graduado funcionário da corte portuguesa, bibliotecário, e que por isso mesmo manteve uma intensa correspondência com seu pai e o resto de sua família que ficaram em Portugal. Esse acervo de 186 cartas é um verdadeiro tesouro histórico, posto que o tal Marrocos narra as coisas da terra, os costumes, suas impressões, seu olhar pensativo. As cartas todas existem até hoje e contêm esta importante fatia da história das duas nações.
Enfim, um livro imperdível. Nota: 9,0!
Eu ganhei de presente de um amigo (Cecatto), mas você pode comprar na Siciliano. Custa 39,00 mas está em oferta por 26,00. Tá esperando o quê?
Silvano – o impossível


LADRÕES À SOLTA
Há uma sucessão de escândalos na política brasileira, a gente mal consegue acompanhar. Quando se está atento a um, aparece logo em seguida outro para chamar a atenção. Quero aqui falar da gravação que o vice-governador Paulo Feijó fez das falas sujas do deputado César Busatto. Uma vergonha, uma desfaçatez, era um corrupto falando abertamente ao vice-governador, propondo suborno abertamente. O tal Busatto deveria sair da vida pública, ser indiciado por corrupção, ser preso, deveria ir para o quinto dos infernos. O pior é que ele vem a público, tendo chiliquitos e ataques de fúria, como se grande coisa fosse. Digo e repito: Busatto, você é corrupto, podre, você envergonha o Rio Grande do Sul, você deveria estar preso, seu grande enganador. Enfim, isso é só uma opinião. Para mim, é mais um ladrão que está solto.


ENQUANTO ISSO, A GOVERNADORA..
...Yeda “Arrogante” Crusius, a exemplo do Lula no mensalão, vai dizer que não sabia de nada! É duro agüentar esta gente.


12/06/2008

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