22 janeiro 2009

Coisa de Gordo - 412


412 – POUCA VERGONHA
Há certas empresas de comunicação no Brasil que viraram verdadeiros dinossauros, instituições grandes e mal conduzidas, e que acabam irritando o usuário. Você teria mais dez nomes, mas me deterei apenas em exemplos mais próximos. Vamos a eles:
REVISTA VEJA: sou assinante da Veja (ganhei de presente, aliás, presentaço). Me delicio lendo as matérias, as notícias, as novidades semanais. Chega o domingo e já começo a cuidar para ver se a revista já chegou. Tem a página do Millôr Fernandes, a coluna do Mainardi, a página quinzenal da Lya Luft e tantas outras coisas mais. Importante delinear aqui estes detalhes, para você saber que quem vai falar de Veja é uma pessoa que gosta dela. Pois bem. Minha mãe também é assinante da revista. Ano passado, ela estranhava que recebia dois números a cada entrega. Um dia lhe alertei: - Eles devem ter te vendido duas assinaturas. Na época ela não fez grande coisa, o ano passou. Este ano, lá vieram eles e, antes de fechar doze meses, já lançaram no cartão de crédito dela a renovação. Ano passando, lá pelas tantas ela passou a receber DE NOVO, dois números por entrega. Foi verificar e percebeu que os caras mais uma vez lhe estavam empurrando DUAS assinaturas. Desde então ela tenta falar, escrever, registrar sua indignação. Quer cancelar a segunda assinatura, quer reaver o dinheiro indevidamente cobrado. Mas não consegue! E aí você vai ler os editoriais, as páginas de opinião e se perde com tanta honestidade e retidão. Os autores criticam a truculência de quem usurpa a população, acham um descalabro o abuso contra idosos, mas e revista em que eles escrevem é a primeira e atentar contra o cidadão. Pouca vergonha.
REVISTA ISTO É: aí pensei em escrever a uma concorrente e denunciar a maracutaia. Vou relatar tudo para a Isto É! Ledo engano. Um ex-cunhado meu, assinante fundador da Isto É, cliente fiel da Editora Três desde o número um desta revista, foi alvejado pelo mesmo mal. Foi cobrado precocemente na renovação (isso todos fazem – canalhas, renovam após oito ou nove meses). E a seguir passou a ter debitada em seu cartão de crédito OUTRA assinatura. A partir daí ele gritou, telefonou, escreveu, protestou, falou com o Cartão de Crédito e nada! As mensalidades indevidas continuam saindo da fatura do seu cartão! O cara tá à beira de um ataque de nervos, não consegue interromper a roubalheira! E aí repete-se a cantilena. Os articulistas da Isto É escrevem matéria sobre honestidade, respeito e consideração. Hipocrisia! Canalhas igualmente. Putz – concluí – o concorrente também é do mal, não dá para denunciar.
JORNAL ZERO HORA: o mais qualificado e renomado jornal do sul do país. Leio prazerosamente a Zero Hora, sua qualidade é inominável. Ao tempo em que fui assinante, passei pela surpresa antes descrita, quiseram renovar antes de fechar o ano. Por uma série de maus atendimentos, desisti de ser assinante. Minha assinatura era debitada de minha conta bancária. Fui ao banco e pedi que bloqueassem a Zero Hora, que não mais autorizava os saques deles em minha conta. Ao que a funcionária do banco riu amarelo e sentenciou: - É melhor o senhor pedir isso para a Zero Hora, porque enquanto eles continuarem mandando a ordem, nós debitaremos o dinheiro de sua conta. Mas a conta é minha!! – protestei. Não adiantou. Assim, fiquei à mercê da boa vontade da Zero Hora. Até que ela parou de debitar.
Você pensa que é dono de sua conta bancária. Não é!
Você pensa que é dono do seu cartão de crédito. Não é!
Esses caras são uma máfia de exploradores. Reaja, Batman, reaja!
Minhas singelas sugestões:
a) para tais produtos, coisas que são eventualmente renovadas, JAMAIS forneça o número do seu cartão de crédito. Peça para pagar com Boleto Bancário! O vendedor vai tentar intimidá-lo, vai dizer que sai mais caro, mas conclua dizendo que ou é por boleto ou você não vai assinar.
b) o mesmo vale para o número de sua conta bancária.
c) passe a infernizar os colunistas da própria revista (ou jornal) com cartas e e-mails alertando sobre a falcatrua. Mande para um, para dois, para todos, repita, peça ajuda a eles. Talvez os caras encham o saco da sua cara e intercedam junto ao departamento comercial da revista onde escrevem.
Que mundo, esse em que vivemos! Chama o Barak!
Silvano – revoltado

22/01/2009

2 comentários:

lizi disse...

Odeio a Veja e especialmente o Diogo Mainardi. Mas... Quando tive assinatura da Capricho (ó que meigo...) nunca tive este problema pois sempre usamos o boleto. Mas uma vez aconteceu algo parecido comigo e uma colega. Nos ofereceram um "brinde" de uma revista pelo número do cartão de crédito. Eu não tinha cartão de crédito, só de débito, e esse não servia. Mas uma colega apresentou o de crédito. Resumindo, ela não recebeu brinde nenhum, apenas uma assinatura de revista na fatura do cartão.

Anônimo disse...

Muito massa o blog! Visitei por curiosidade já que sou um ex-gordo e atual gordo. Passa lá no meu blog e vê se gosta!! Conto a história do Brasil de maneira bem irreverente!

http://historiaasavessas.blogspot.com/2008/07/guerra-de-canudos.html