30 julho 2009

Coisa de Gordo - 439


439 – DE VOLTA A CAMBARÁ
Quase que num caso de obsessão espiritual, fomos novamente recebidos na cidade de Cambará, um dos locais mais frios do Brasil, para lá fazer uma palestra no Centro Espírita local. Brinco que é obsessão pois ano passado já os acometi do mesmo mal, fazê-los me escutarem numa palestra. E este ano fomos de novo. Justamente na noite da sexta-feira passada, um dos dias recordes de frio na região.
Bem nessa noite, no virar dos termômetros para o lado negativo, no cair abrupto da sensação térmica, lá estávamos.
A palestra foi gelada, o público bem que tentou acolher....mas o frio era intenso. Após a preleção, fomos em busca de uma sopa quente num ambiente que já conhecêramos no ano anterior. Trata-se da CANTINA MENEGOLLA, um delicioso Bar, situado na avenida central, num subsolo. A gente adentra a porta estreita de madeira e desce por uma escadinha igualmente de madeira. Para então chegar ao salão do negócio. Na verdade uma sala, ternamente aquecida por uma lareira incandescente. Ali tomamos uma SOPA NO PÃO de lavar a alma.
Após termos iluminado os espíritos e termos alimentado os corpos, fomos dormir na Estalagem que nos hospedava. Noite fria, fria, fria por demais. Fazia tempo que não passávamos tanto frio.
Os termômetros marcaram temperaturas bem baixas na madrugada, não vou citá-las com exatidão. Citarei apenas aquela que vimos no painel do carro, às 07:30h da manhã do sábado, e que cuidei de pôr ali naquela foto. Amigo(a), no amanhecer, fazia QUATRO GRAUS NEGATIVOS. Os carros estavam cobertos de gelo, os telhados, a grama e tudo o mais também tinham gelo sobre si.
Para coroar esse frio todo com uma aventura inesquecível, fomos dar um passeio no Cânion Fortaleza. Você por certo irá lembrar. Ali, na divisa entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina estão aquelas escarpas todas, penhascos desenhados a dedo pela natureza,verdadeiros cartões postais da região. Os mais famosos são o Itaimbezinho e o Fortaleza. Já tínhamos ido a ambos, ano passado estivemos no Fortaleza. Mas não resistimos e retornamos ao Fortaleza.
Impressionante, lindo, imponente, marcante, indescritível. Para evitar transtornos, dessa vez contratamos um guia numa Land Rover e lá nos fomos.
A estrada que sai da cidade de Cambará e leva até o Fortaleza tem 20Km, sendo que apenas quatro estão asfaltados. Os dezesseis restantes são de uma estrada péssima, esburacada, cheia de pedras traiçoeiras e buracos perigosos. Não ceda à tentação de colocar o seu precioso carrinho nessa pirambeira. Chame por um serviço profissional. Os caras têm Vans, Land Rovers, ônibus, tem até táxis que levam as pessoas ao passeio. Qualquer economia eventual que você venha a ter indo no seu carro, vai por água abaixo quando você tiver que trocar um ou dois pneus, desentortar uma ou outra roda, arrumar a grade do carter, isso só para começar. Pois bem, fomos de Land e com um amigável guia. Já conhecíamos o passeio, comentei que ano passado fomos levados lá pelos amigos Paulinho e Mara. Mas a magia do local é tanta que a volta sempre vale a pena.
Leva-se quase uma hora para se chegar ao ponto de parada dos veículos. Ali os caras estacionam e a gente então tem que seguir a pé. Neste ponto, quando se desce do carro, a pessoa está mil metros acima do nível do mar. O passeio principal inclui uma subida de cerca de uma hora até o topo do cânion, quando então se fica a cento e trinta metros acima do mar. Lá do alto se vê a cidade de Torres, litoral gaúcho.
A vista é impressionante, já o disse. Dá uma sensação de pequenez, de insignificância diante das obras da Natureza. O guia explica que aquilo ali se formou a cerca de cento e trinta milhões de anos atrás, na separação dos continentes, momento em que explosões vulcânicas recortaram a montanha, dando-lhe o aspecto atual.
Só essa relação temporal já nos coloca em nossos devidos lugares. Se formos usar então o tamanho dos penhascos, as alturas assustadoras, as escarpas, tudo o mais...aí sim viramos grão de areia.
As pessoas não se dão conta de como é perto esse passeio. Saindo de Porto Alegre via Novo Hamburgo, a distância até Cambará é de 190Km. Eu, que vou por outro lado, percorro apenas 150Km até Cambará. Depois, é claro, tem os 20Km até o Cânion.
Não importou o frio, até porque à medida que a caminhada avança a gente vai tirando as blusas e capotes. O sol estava aberto e nos permitiu fazer belas fotos.
Um arraso de passeio! Imperdível! Não, não deixe para o próximo inverno. Ponha aquele tênis a suba a montanha. É uma caminhadinha fácil, nível um. E veja quem está falando isso!
Silvano – nas alturas







A CANTINA MENEGOLLA
Av. Getúlio Vargas, 1304 - Centro (No subsolo da loja Coisas da Terra)
Tel.: (54) 3251.1053 / 9947.5687
Funcionamento: De quarta a domingo - Das 18h às 23h


GUIAS PARA PASSEIOS
Estéfano – telefones (54) 99780538 e (54) 32511181
O cara tem a Land Rover e uma turma de guias ótimos. O que nos conduziu foi um chamado ANDRINO. Gente boa, ótimo serviço.


30/07/2009

23 julho 2009

Coisa de Gordo - 438


438 – BOLSA DE MULHER
Essa coisa de tecer comentários sobre o gênero oposto sempre corre o risco de se perder no vazio do desconhecimento. Mulheres falam isso e aquilo de homens. Homens falam isso e aquilo de mulheres. O tema é até interessante, mas vez que outra a gozação ou a crítica perdem sua força por causa da falta de empatia.
Sempre se falou na expressão BOLSA DE MULHER. As mulheres carregam suas bolsas por aí e junto levam a fama de que ali carregam tudo. O que não dista muito da verdade.
Já pude constatar em diversas vezes. Mulheres tiram de dentro de suas bolsas não apenas carteiras, cartões de crédito ou celulares. Não se iluda. Isso é só o trailler inicial. Dali elas também já tiraram colher para se comer iogurte, abridor de garrafa (no tempo em que se abria garrafa). Fralda descartável (essa era fácil de imaginar), lenço umedecido, cueca reserva para o filho que está fazendo vestibular, caixinha pequena de sucrilhos Kellogg’s.
Tiraram grampeador de papéis, furador de papéis, lanterna, isqueiro (sem ser fumante), caixa de fósforo, vidrinho de álcool, acetona (óbvio), livro de dieta, revista Cláudia, revista Playboy (mulher adora ver Playboy, sim senhor, só que é para ver a maquiagem, a forma do seio, o possível silicone).
Tiraram faca, canivete, lápis de cera, caneta tinteiro, canetas comuns, pendrive, envelope de carta, manual de redação.
Tiraram o maiô da hidroginástica, a malha do ioga, o livrinho intitulado “Minutos de Sabedoria”. Tiraram raminhos de macela colhidos na sexta-santa. Tiraram aspirina, neosaldina, novalgina, pílula anticoncepcional, absorventes e camisinhas (duplamente óbvios). Tiraram calculadoras, lâminas de depilar as pernas, caderninhos de telefone.
Uma coisa que perturba qualquer mulher é quando o celular toca dentro da bolsa. Ela dá de mão na bolsa e passa a vasculhar aquele pequeno container em busca do celular. E olha que o toque não apenas é alto como ainda tem vibracall. Mas ela mexe, remexe, escarafuncha, se retorce, abre um fecho, vira, abre outra parte, e o celular ali...tocando. O que ajudou a aumentar esse mistério em torno da BOLSA DE MULHER. Se mesmo quando elas querem achar algo, elas se perturbam...é porque o troço é de fato misterioso.
Por uma dessas coisas da vida, dia desses tive um “insight” em torno desse assunto. Por ter voltado às lides dos plantões, empregos que me levam a ficar doze horas longe de casa (às vezes vinte e quatro), acabei munindo-me de uma pequena bolsa de viagem. Pequena mesmo, ganhei ela de brinde num posto de gasolina. Mais chinelona, impossível. É que esse tipo de artigo tem que ser assim mesmo para não chamar a atenção. Pois bem, ali coloquei os objetos, as ferramentas necessárias ao ofício de médico, estetoscópios e seus congêneres. Depois entrou um avental. E se ficar frio? Entrou um blusão fininho (para não fazer volume). Sim, tem aquela insubstituível nécessaire contendo pasta de dente, escova, perfume e fio dental. Entraram folhetos de medicamentos. Livrinhos e manuais úteis aos plantões. E aí....OPA...até parece bolsa de mulher...cara...esse troço tá cheio e pesado. Dia desses precisava achar uma coisa que eu tinha certeza que estava ali dentro e virei, revirei....puxa, então é isso que as mulheres passam. Após ter emborcado minha mochila de plantão no chão, achei a tal coisa. Pronto, naquele momento lembrei da mulheres e suas bolsas. Passei a melhor entendê-las. Me solidarizei a elas. Eu, que já lhes sou tão reconhecido. Fiquei ainda mais.
Sim, bichices à parte, tenho que fazer uma verdadeira faxina em minha mochila de plantão. Tem coisa ali que nem lembro para que era mesmo. Mas que carrego prá lá e prá cá.
Silvano – perdido entre o forro e a fivela


23/07/2009

Leitor manda frase instigante


Em que pese a concordância incorreta, a filosofia da frase não deixa de ser instigante. De ser correta... de ser real.
Em tempo..os homens LEEM....a maioria LÊ !
Silvano

Leitora manda frase de caminhão


16 julho 2009

Coisa de Gordo - 437


437 – ROLHAS
Fui falar em rolhas...
Recebi de meu amigo, o Chef Giordani, um breve relato sobre a coleção que ele mantém com as rolhas das garrafas que ele abriu. Por email, conversei com ele a partir do recado que ele deixou no post anterior. Ao comentar sobre minha singela coleção de rolhas, expostas ali naquela foto do post anterior, despertei nele a resposta devida. Disse ele:
Silvano, esse negócio de coleção de rolhas é relativo....depende do enfoque que queres dar....A minha coleção (que deve estar beirando as mil rolhas), eu determinei que guardaria só as que eu abrisse....e assim foi... tem que haver uma razão para a guarda das rolhas.... Te mando fotos delas um diaAbração.” Betho Giordani
Viu só, isso é uma coleção de rolhas. Mil rolhas. Algumas aparecem nestas duas fotos aqui desta postagem. Mas também tem aquilo. O que vale é colecionar as coisas que a gente viveu. No caso , ele guarda as rolhas de bebidas que abriu. Não sou um grande abridor de garrafas. Apenas estou reunindo aquelas que bebi. A julgar pelo meu lento ritmo de consumo de bebidas alcoólicas, morrerei bem antes de ter mil rolhas.
Uma outra coisa que me surpreendeu é que os vinhos estão sendo invadidos por rolhas de material artificial, a boa e velha cortiça está sendo deixada de lado. Achei um pouco triste. Talvez tenha a ver com a preservação do ambiente, não sei. Mas fazer rolhas de borracha? A partir de petróleo? Sim, na postagem anterior, aquela que destaquei, a do J.P. CHENET, é artificial. Fazer o quê?
Nos emails seguintes o Chef citou uma expressão que me remeteu ao passado. Falou do “sabrage”. Disse ele: “Nas fotos, as rolhas que aparecem mais escuras, são do vidro das garrafas de espumantes, cavas e champanhes que ficam grudados na rolha quando se abre com a técnica do sabrage. Sim...eu tenho um sabre...é muito legal. Giordani.
Anos atrás, ainda estudante, tive a oportunidade de trabalhar num Bar que era hit na capital gaúcha, o 433. O 433 ficava ali no Bairro Auxiliadora e agitava as noites de Porto Alegre. Outra hora conto mais detalhes desse tempo. Um dos donos era o BOB, que na gíria da gauchada era e sempre foi um cara “gente fina”, ou seja, um cara legal. Uma das coisas que aprendi com ele foi essa do “sabrage”. Na hora de abrir uma garrafa de champanhe, ao invés de simplesmente tirar a rolha, ele tomava de uma lâmina, uma faca grande (um sabre, enfim) e dava um golpe no gargalo da garrafa. A garrafa se quebrava exatamente ali, no gargalo e permitia a degustação do precioso líquido. Alguém poderia dizer: - Mas e os cacos de vidro? Com a pressão da bebida, eventuais lascas eram jogadas para fora. Trata-se de um ritual, uma coisa especial.
Ao ler essa mensagem do Chef Giordani fui remetido àquele tempo. Lembrei vivamente das garrafas assim abertas.
Zapeando pela internet, leio num blog de um certo Pedro Missioneiro que essa coisa do sabrage remonta aos tempos de Napoleão Bonaparte, quando os franceses comemoravam no campo de batalha as suas vitórias. Munidos de sabres, davam aquele cutelaço nas garrafas que se abriam para o supremo deleite. O costume atravessou o tempo e os oceanos e até hoje se mantém. Existem, inclusive, os sabres feitos só para isso.
O Youtube dirime qualquer dúvida. Assim, estou postando aqui abaixo um breve filminho que não apenas demonstra como ensina a técnica.
Comece pelas rolhas. Depois vá ao sabre. Por fim, a exemplo do Chef Giordani, especialize-se.
Silvano – entalado no gargalo da garrafa

16/07/2009

Com você...o SABRAGE

Casa sobre Rodas



O que terá chegado antes? A casa ou o caminhão? O que será que esse cara pretendia? Poder ligar o caminhão e dar no pé? Ou virar a casa de acordo com a insolação. Tirei esta foto ainda no veraneio, na cidade de JARAGUÁ - SC. O interessante é que as instalações todas estão feitas, água, luz, etc.. A gente vê cada coisa..

SILVANO

10 julho 2009

Coisa de Gordo - 436



436 – LER E LER
No local de trabalho, entre uma coisa e outra, parei um minutinho para conversar com um outro Leitor. Leitor de coisas impressas no papel. Sim, nós os leitores antigos, aqueles que ainda se valem de papel para ler, somos uma espécie em extinção.
Sim, é óbvio que também lemos as coisas na tela do computador, isso quase todo mundo faz. Mas além, disso nos entregamos a este deleite pré-histórico. Folhear páginas de livros. Revistas. Jornais. Tem gente no mundo que desconhece o prazer de se abrir um livro novo. O cheiro das páginas. As cores da capa. As orelhas, sim as orelhas.
Mas comentava que encontrei o outro Leitor e, naqueles breves momentos, nos entregamos ao alegre exercício de puxar pela memória.
Lembra desse trecho da Florbela?
“Minha alma de sonha-te anda perdida,
meus olhos andam cegos de te ver,
Não és sequer a razão do meu viver
Pois que tu és já toda minha vida.”
Claro, claro, ele atestou. E a partir daí passou a relembrar dados biográficos da Florbela Espanca, sua vida sofrida, suas tragédias, seus sofreres. Falou da morte do irmão dela. Do suicídio. Rebati comentando que ela ficara maldita diante da cultura portuguesa, para ser resgatada décadas mais tarde por outro poeta, José Régio.
O Leitor remexeu em outras gavetinhas de nossas memórias, falou de textos de outros portugueses, falou de alguns brasileiros, adentramos comentários sobre palestras, a arte da oratória. E assim, naqueles breves minutos, refrescamos nossas memórias com cultura geral.
Trago este pequeno recreio ao seu conhecimento porque ali, naquele ambiente em que estávamos, criamos uma espécie de ilha de saber. As pessoas ao nosso redor, seja por desconhecimento, seja pela sua juventude, seja por timidez, silenciaram e ficaram nos olhando, admiradas. Entre mim e o leitor abriu-se um espaço onde os outros não ousavam entrar.
Isso é assustador. Falar de uma que outra poesia, citar um que outro poeta português, deveria ser algo menos assustador. Menos ofensivo. Desconfie que alguma coisa está errada quando um sujeito normal como eu é tido por inteligente. Por intelectual. Desconfie que a coisa vai mal na cultura do país.
Se algo me diferencia do populacho em geral é apenas a coisa citada ali no início, isso de ler letras impressas em papel. Mas é só.
Essa noção do saber nacional talvez explique o que acontece em Brasília. O Sarney pode fazer o que quiser. Nunca será banido. O povo deve achar que ele é mais sabido, mais importante, mais poderoso. Mas deixemos o Sarney de lado.
As pessoas que lêem livros criam pequenos rituais, cacoetes, manias. Tem gente que rabisca todo o livro à medida que vai lendo. Sempre fiquei meio constrangido. Não era desse time. Mas o tempo amainou minhas reticências no que tange ao branco das páginas dos livros, e dei-me conta de que por vezes rabiscar era útil. Útil e íntimo.
Você se expõe no que escreve dentro de um livro. Tem ali um parágrafo arrasador e aí você puxa um colchete do lado e escreve bem grande: “Lindo. Colocar isso num cartão para a Rochele.” Anos depois, sua mulher abre o tal livro e a confusão está feita.
Via de regra eu apenas sublinho coisas que precisarei no futuro. Numa palestra. Num texto.
Tem quem leia livros no ônibus, na praça, no vaso sanitário. Não tenho preconceitos, mas via de regra, lascivamente, sempre que pude levei os livros para a cama.
Ali, no ambiente mais íntimo e pessoal, entreguei-me ao prazer de suas palavras. Permiti-me sentir o toque de suas páginas. Sentir o cheiro da encadernação. Ler as dedicatórias.
A leitura sempre progride bem, até que você chega num ponto em que lê um parágrafo e se perde. Recomeça o mesmo parágrafo. Se perde de novo. Na terceira tentativa....desista...está na hora de dormir. Falando nisso, vou prá cama e vou bem acompanhado. É um lançamento. Está nas páginas da Veja desta semana. Mas isso já é outra história...
Silvano – o impossível


COLEÇÃO DE ROLHAS
Todo enólogo que se preza tem uma taça gigante onde coleciona as rolhas dos vinhos que ele toma. São lembranças, troféus de que todo enólogo se orgulha. Meu amigo ROGERIÃO é pródigo em tal hábito, posto que faz uso medicinal de vinho tinto. Uma taça por dia para ter vida longa. Já me habituei a ver nas casas onde eventualmente ando a tal taça cheia de rolhas. Pois neste inverno comecei minha própria coleção. Não, não entendo de vinhos. Mas sei que é bom bebê-los. Até este momento só tenho as rolhas. Não tenho a tal taça grande em formato de vaso. Veja as poucas rolhas. Ali há de tudo um pouco. Perceba na foto que é uma pequena coleção. Mas repare bem ali naquela rolha deitada...sim...é um J.P. Chenet. Fazer o quê? Fui casar com uma italiana.... Só podia dar vinho bom. Francês. Mas bom.


10/07/2009

03 julho 2009

Coisa de Gordo - 435



435 – FAMÍLIA
Esse tema do Michael Jackson por certo já deve estar lhe enfarando, quando as notícias brotam incessantemente a gente vai cansando delas. Mas eu não poderia me furtar de dar breves pinceladas em torno do tema.
Na postagem da semana passada, já houvera confessado minha idolatria pelo Jackson. Sim, no meu singelo modo de ver ele é um dos ícones incontestáveis da música mundial. É um divisor de águas. Um marco histórico. Pode-se falar na música, nos videoclipes, nas coreografias ANTES do Michael, e falar neles DEPOIS do Michael. Se uma pessoa ligar um rádio, em qualquer parte do mundo, e escutar breves acordes de uma das músicas deste artista, na hora a pessoa identifica a música e sabe quem a canta.
Quando os músicos se reuniram numa campanha mundial chamada “We are the world”, umas décadas atrás, lá estava o Michael Jackson com um dos autores da música, como um dos produtores do clipe e do disco e, é claro, um dos destaques da produção.
Anos mais tarde, após ter feito o emblemático “Thriller” (recorde de tudo), ter feito tantas coisas mais, quando a mídia pensava que ela estava acabado, ele sai da sombra para realizar o incrível “Black or White”. Fez um clipe inovador, marcante, apresentando as faces de pessoas de diversas nacionalidades, cores e sexos, mesclando-se sucessivamente, dando uma impressão de continuidade. Hoje em dia qualquer comercial de automóvel faz isso com a computação gráfica, mas quem abriu esta porta em nível mundial foi ele, o mito Jackson.
No entanto, nem tudo foram flores.
Egresso de uma família cruel, com um pai espancador, ele teve que emergir de sua condição de filho mais jovem para sobressair-se em meio aos irmãos mais velhos e brilhar no mundo, munido de sua criatividade. Desde cedo se divulgou que o pai era mão-de-ferro e trucidava os filhos exigindo deles sacrifícios pesados.
A vida apresentaria a conta disso anos mais tarde com a formação da figura pública de Michael Jackson. Era um ser andrógino. Era homem, mas nem tanto. Não era gay. Era meio afeminado, quase uma mulherzinha. No entanto, nas coreografias que fazia ele dançava com uma força masculina, usava gestos viris, insinuações fortes, botava a mão na genitália como que a exaltando. Ou seja, o cara era uma incógnita.
Nunca teve esposa, em que pese tenha se casado mais de uma vez. Não se imagina o Michael andando de mãos dadas com uma mulher, numa noite romântica. E ninguém em sã consciência imaginaria ele transando com mulher. Aliás....nem com homem. Não, também não caia na tentação de imaginá-lo como pedófilo. Ele ficava com crianças por se sentir seguro entre elas, nada mais. O que denota um despreparo total para a vida.
Era um desajustado, um psicopata, sim senhor (a). O cara andava de máscara, forçava seus filhos a também usarem máscara. E esses filhos tinham medo dele, não afeto.
Concluindo singelamente. Faltou ao grande astro uma coisa que quase todos de nós temos. Uma coisa que transcende nível social ou cultural. Faltou-lhe FAMÍLIA. Alguém imagina o Michael Jackson num churrasco de domingo, com a avó e os filhos incomodando? Ou vendo juntos na TV uma final de campeonato qualquer? Alguém sabia da mãe do MJ? Não, só se sabia do pai dele. Agora, depois da morte, a mãe apareceu para assumir a guarda dos netos. Que por certo já são meio malucos também. Também foram criados SEM MÃE. Isso mesmo. Os filhos do MJ não tinham mãe, eles tinham empregadas cuidadoras.
Alguém ainda acha estranho um final trágico para essa história? Ora, é óbvio que isso nunca acabaria bem.
Tinha dinheiro, fama, reconhecimento, uma legião de fãs (inclusive eu) pelo mundo afora. Mas nunca teve família. Pobre Michael Jackson.
Silvano – o impossível


SENADO PRÁ QUÊ?
Continuo firme na minha campanha pelo fim do Senado brasileiro. Casa de maracutaias, antro de biltres e usurpadores, a cada semana vem mostrando um escândalo maior que o anterior. Tudo isso sustentado com o SEU dinheirinho. O lema de nossa campanha é este estampado aqui ao lado: SENADO PRÁ QUÊ? SARNEY, VAI TE.......... Vamos fazer adesivos para automóvel?

INTER E GRÊMIO
Nunca se viu algo assim. Os dois times gaúchos receberam aqui na capital dos pampas a dois adversários do centro do país. Um jogo na quarta e outro na quinta. Nos dois jogos, os gaúchos não podiam tomar gol. Pois ambos levaram 2 x 0 já no primeiro tempo. Nos dois jogos, os gaúchos empataram no segundo tempo. O segundo gol do time da casa dos dois jogos se deu aos 29 minutos do segundo tempo. Nos dois casos, os gaúchos foram eliminados pelos times de fora. Na noite da quarta-feira, após o final do jogo Inter x Corinthians houve um foguetório de gremistas. Na noite seguinte, após o final do jogo Grêmio x Cruzeiro, houve um foguetório de colorados.
Chama o Nostradamus....

BIS LACTA PORTÁTIL
Essa Lacta... Todos conhecem e se deliciam com as caixinhas de BIS LACTA, virou um clássico nacional. Aí a gente imagina que os caras se acomodaram e vão morrer assim. Nada disso. Andando pelas estantes do Supermercado, fui capturado por um delicioso lançamento. Agora tem o MINI BIS LACTA, um copo de plástico contendo bolinhas de bis lacta. Uma sacada sensacional. Um copo fácil de consumir, dá para levar para o cinema, para a praia, para a frente da TV. As bolinhas são deliciosas. E você vai se deliciar com mais essa gostosura. Agora...a sua dieta...essa vai para o beleléu....

03/07/2009