31 dezembro 2008

Coisa de Gordo - 409


409 – HÁ VIDA FORA DOS SHOPPINGS
Os dias violentos e os tempos turbulentos em que vivemos meio que nos empurraram para dentro de certos lugares, supostamente mais seguros. Por força disso, temos ficado mais dentro de nossas casas, só vamos na Academia de carro, caminhar até lá nem pensar. E passamos a comprar em Shoppings. E comprar muito em Shoppings. Esquecendo que dá para sair dali.
Nesses dias de feriado do Natal, estando na capital porto-alegrense, nos dedicamos a fazer coisa que só turista faz. Isso mesmo, a gente que já morou naquela bela cidade, e que está sempre indo lá, perde de aproveitar certas coisas que paulista e baiano talvez já conheçam. Faz um tempo, a Prefeitura instituiu o Passeio Turístico pela capital, num daqueles ônibus de dois andares, sendo o de cima aberto. Na manhã do dia 26 de dezembro, dia supostamente útil, nos besuntamos com protetor solar, colocamos bonés e máquinas fotográficas. Por cautela, telefonamos para agendar o passeio, ao que fomos informados pelo atendente que o ônibus estava estragado. Puxa... no meio do feriado...estragado?? Nos pareceu mais uma greve branca, acho que os funcionários se deram o feriado. Daqui a dois dias talvez tentemos repetir o feito. Se estiver estragado DE NOVO, bom aí tá confirmado. É corpo mole dos funcionários.
Sem poder fazer o passeio, mas longe de nos deixar abater, fomos em comitiva ao MERCADO PÚBLICO de Porto Alegre.
Ponto mais tradicional da cidade, verdadeira testemunha da história da cidade, o Mercado tem em si as marcas do tempo, as lágrimas, os sorrisos, as dores que por ali passaram. Ao adentrarem-se aquelas portas, percebe-se que ali há mais coisa do que os olhos conseguem enxergar. O Mercado Público é vivo, ele pulsa, tem alma.
Num espaço não tão grande (se comparado ao ocupado pelos Shoppings), o Mercado oferece inúmeras possibilidades. As bancas nos levam a um passeio de cores, cheiros, barulhos que só lá se consegue sentir, ver, escutar. Há temperos, iguarias, frios, carnes, farinhas, literalmente os secos e molhados. Fomos até a Banca do Holandês comprar um peso de Mortadela Ceratti fatiada. Deliciosa, saborosa, as fatias bem fininhas. Vinda de São Paulo, essa mortadela merece uma página deste blog só para si. Voltarei a ela, portanto. Depois compramos um charque lasqueado, muzzarela de búfala, o pessoal se diversificou comprando peixe e outras coisas.
Num ritual inevitável, sentamos nas mesinhas seculares da Banca 40, para sorver Salada de Fruta com Sorvete. Sucos de frutas. Bomba Royal. E aqueles copos de água que eles servem na “bica”. Imperdível!
Subindo a escada rolante (sim, lá tem isso também) a gente tem diante dos olhos uma infinidade de restaurantes, cafés, etc. Vimos um que serve Doces de Pelotas, vimos um Restaurante japonês, outro com Bufê comercial. Nas mesas de mármore, as taças de chopp bem gelado. Nos corredores, venda de LPs (discos de vinil) antigos. E tem dias em que há feira de Revistas de Quadrinhos.
Só isso? Claro que não, tem muito mais!
Enfim, há vida sim fora dos shopings, e vida alegre, agitada, diferente, charmosa, misteriosa e sensacional. Numa hora dessas, mude de caminho. Mergulhe nesta singular viagem.
Silvano – inebriado


ÚLTIMA DO ANO
Sim, mais um ano se acaba. Parabéns a nós todos que aqui permanecemos. Vivos. Um desejo de um 2009 estupendo. Com muita bobagem e cultura inútil. Muita abobrinha e diversão. Muito filme e DVD. Onde você terá tudo isso? Aqui, óbvio! Apareça, caro leitor. Apareça...


MAS VEM CÁ.....
...esse troço sai sempre às quintas. Aí a coisa andou atrasando e saiu num sábado. Agora pula para antes, na quarta? Calma, é que amanhã já é 2009 e queria deixar a postagem de semana ainda em 2008.


31/12/2008

28 dezembro 2008

Leitor ressuscita as Corujas


Querido Silvano, você deve se lembrar do episódio "Show Pirotécnico x Corujas nas Dunas" há uns dois, três anos atrás em Capão da Canoa. Virou manchete nos noticiários locais e nacionais. Duraram semanas as reportagens e debates sobre o assunto.
Este final de semana passei por lá, um espaço delimitado por uma faixa amarela e preta, uma placa identificando a espécie e outra proibindo a entrada. E sobre uma delas, ...uma coruja pousada.
Fiquei olhando a poucos metros e sou capaz de jurar que o animalzinho me dispensou apenas uma pequena e rápida mirada, com aquele ar de altivez que só as corujas possuem.
Na época dividiram-se opiniões, surgiram os mais elocubrativos argumentos de todos os lados incluindo defesa civil, prefeitura municipal, Ministério Público, moradores, turistas, ecologistas e, ....até quem não tinha sequer opinião formada a respeito. (Até você ganhou pedradas! rsrsrsr)
Grande parte dos que se opuseram às corujas defendeu o exagero da proteção enquanto não se observava o mesmo movimento em defesa das crianças de rua, excluídos sociais, etc...
Estes demonstraram maior desconhecimento das inúmeras ações e projetos sociais governamentais e não-governamentais destinados à população carente e maior desconhecimento ainda da quase inexistência de projetos destinados à preservação das espécies e ao meio ambiente.
Na época, sabendo que elas estavam judicialmente protegidas, inclusive com policiamento ostensivo, não participei dos debates por considerá-los sensacionalistas. Fiquei apenas esperando que nascessem os filhotes.
Bueno, este reveillon, antes da meia noite, quero levar meus sobrinhos para mostrar as corujas que lá continuam (afinal, eles só conhecem corujas pelos filmes do Harry Potter). E mesmo que, com aquele certo ar de desdém característico da espécie, sequer nos dispensem uma mirada, vamos desejar mais um "Feliz Ano Novo".
Abraços
Edimílson

25 dezembro 2008

Coisa de Gordo - 408


408- FELIZ NATAL
Pronto. Passou. Se você está lendo este texto é porque resistiu ao tsunami do Natal. Passou a grande onda e você está vivo. Respirando. Sim, o Natal, virou isso, uma grande onda. Ninguém escapa aos seus efeitos. O comércio fica enlouquecido, as estradas ficam cheias, os Shoppings fervilham, as ruas das capitais pulsam. Tudo isso converge para um ponto, um momento, um ápice: - a noite de Natal! Aquele pedacinho de tempo situado ali, das 21horas do dia 24 de dezembro até as 03:00h da madrugada do 25.
Você correu, se preparou, se muniu, se armou e enfim foi para a batalha. O calor insuportável, a roupa bonita (mas quente) e um pouco apertada, tudo isso compôs o cenário do campo de luta. Para amenizar o combate, o delicioso cheiro de Chester Assado, a bebida bem gelada e as rodelas de abacaxi vigiando o Lombo de Porco Assado. Para completar, o alarido das crianças, os presentes sendo vorazmente consumidos, os papéis jogados pela sala, os brinquedos competindo em inovação e tecnologia.
Sim, você sobreviveu ao Natal. Na mão esquerda o copo cheio e na mão direita a sacola com os presentes que recebeu. Mais um ano passou e você sobreviveu ao Natal.
Fazendo uma breve análise, você verifica se falhou com o presente de alguém, se alguma roupa dos afilhados não serviu, pondera a quantia de bebida servida, lembra das primeiras cervejas meio quentes e das últimas já meio congeladas. Lembra da correria até a confeitaria em busca das guloseimas, a Torta que você achou que fosse desandar por causa do calor. Lembra dos empanados que foram tão caros e agora estão todos ali, na mesa, sem que ninguém os tenha apreciado.
Silente, sua mente controladora já planejou o que vai fazer com as sobras, afinal tem o almoço do dia 25, mas tem outra festa daqui a uma semana. E cerveja é coisa que dá para aproveitar. Panetone também. E até os tais empanados, se forem congelados e adequadamente temperados na hora do degelo, podem sim ser re-oferecidos. Até porque, o público do Réveillon será outro, o outro lado da família, os outros amigos, e eles não saberão que aquelas gororobas já tinham estado na mesa do Natal.
Se pudesse você faria uma lista com erros e acertos para que no Natal de 2009 você consiga se esmerar ainda mais e enfim ficar satisfeito(a) com mais um Natal.
Respire fundo. Cuide para não melar o DVD da Madonna que você recebeu com suas mãos ainda cansadas da comezaina. Você sobreviveu a outro Natal! Tanta gente que morreu na estrada, na enchente, na UTI, na sala de casa, no elevador, na fila da cirurgia do SUS. Mas você, não. Você sobreviveu a mais este Natal!
Pronto. Ponha os presentes em local seco e seguro. Não se incomode se ainda não sabe mexer no I-phone que ele(a) lhe deu. Você tem um ano para aprender! Tome de um copão cheio de gelo, complete até a borda com Coca-light, ligue o ar condicionado da sala, sorva a bebida e lembre disso. Você é um vitorioso. Você passou por mais esta prova!
Parabéns!
Ah, sim, já ia esquecendo. Antes de sentar de novo na mesa para comer, faça um brinde e lembre do aniversariante. Quem? Ele mesmo. O tal Jesus. O cara que bolou toda esta coisa de árvores, renas, fitinhas vermelhas, amigos-secretos, perus temperados, champanhes e engovs. Não foi ele? Ah, mas poderia ter sido. Lembre dele!
Um Feliz Natal!
Silvano – a um passo da eternidade


25/12/2008

23 dezembro 2008

Um filme: Queime Depois de Ler


Esses Irmãos Cohen.. quando a gente pensa que já viu tudo, eles vêm com outra preciosidade. Partindo da clássica frase de filmes de espionagem, nos quais o Mocinho recebia as instruções de sua missão e depois tinha que queimá-las para não revelar o conteúdo, os diretores-roteiristas nos levam a um passeio divertido. Ironicamente, o que menos têm neste filme são missões secretas, códigos e senhas. Na verdade, os personagens são envolvidos numa série de confusões e mal-entendidos, o que constitui a trama do filme. Há curiosidades imperdíveis. Os galãs Brad Pitt e George Clooney, completamente desglamurizados, encarnam personagens os mais estranhos, coisa difícil de se ver na filmografia deles. As mulheres do filme são rápidas, ágeis, fortes, determinadas, quase cruéis. Aos trancos e barrancos, são elas que desencadeiam a maior parte das confusões.
Os diálogos com o chefe da CIA são antológicos! Coisa para se gravar e deixar para a posteridade!
Mais detalhes não dou que é para não tirar a graça!
Nota 8,0!
Irmãos Cohen de carteirinha! Filme imperdível! Diversão garantida.
Por enquanto está no cinema. Vimos no Bourbon Country de Porto Alegre, no Unibanco Arteplex.
Silvano – depois de ler esta resenha, não queime seu computador. O culpado não é ele, é o Silvano


Ficha Técnica
Título Original: Burn After Reading
Gênero: Comédia
Tempo de Duração: 96 minutos
Ano de Lançamento (EUA / Inglaterra / França): 2008
Site Oficial: http://www.burnafterreading.com/
Direção: Joel Coen e Ethan Coen
Roteiro: Joel Coen e Ethan Coen

Elenco
George Clooney (Harry Pfarrer)
Frances McDormand (Linda Litzke)
John Malkovich (Osbourne Cox)
Tilda Swinton (Katie Cox)
Brad Pitt (Chad Feldheimer)
Richard Jenkins (Ted Treffon)
Elizabeth Marvel (Sandy Pfarrer)

20 dezembro 2008

Coisa de Gordo - 407


CG 407 – MAGRO QUE IRRITA
Há personagens do cotidiano que eventualmente invadem as páginas dos textos, momento no qual são descritos em prosa e verso. Já comentei neste espaço a expressão “Come e não Engorda” que o Luis Fernando Veríssimo cunhou anos atrás, aludindo àquele infeliz que come três vezes mais que você mas cujo número da calça é quase a metade do seu. Este é só um exemplo, haveria muitos outros a citar. Já cunhei eu mesmo o famoso TRANCA FILA, aquele outro fariseu que, na fila do Bufê, retarda todo o andamento do almoço por causa de uma folha de alface. E vira, e revira a alface, e nada de andar, e a fila ali, atrás dele, suspirando.
Trago hoje ao vosso exame mais um desses folclóricos seres da vida diária. Hoje falarei do MAGRO QUE IRRITA. Daqui por diante, citado no texto pela sigla MQI.
Estávamos no local de trabalho, alguém farejou que no segundo andar estava rolando um convescote, um rápido coquetel em que havia salgadinhos, docinhos, tortas, etc. Uma colega nossa, infelizmente magra, ofereceu-se para ir até lá buscar uns docinhos. Ela disse exatamente isso: - Vou lá buscar uns docinhos. Minutos passados, ela volta de mãos abanando e sentencia: - Os docinhos tinham acabado. Só sobrou salgadinhos e uma tortas. Não trouxe nada! Quase matamos a mulher. Isso é uma demonstração de MQI.
O MQI não nasceu magro apenas nesta vida. Nada disso. Ele fez uma regressão a vidas passadas e descobriu que sua encarnação mais “gorda” foi como trapezista num circo italiano. Fora essa, desde o tempo das pirâmides ele veio nascendo com aquela estatura franzina.
O MQI tem um IMC baixo, em geral em torno de 16 ou 17. O tamanho de suas roupas gira em torno do 38, máximo de 40. Você encontrará exemplares do MQI em todos os sexos, ele não tem predileção de gênero.
Dentro da área médica, o MQI tende a fazer a especialidade de Endocrinologia. Não que não existam endocrinologistas normais ou mesmo gordos. Mas se o estudante de medicina é um MQI ele se interessa pelo estudo das glândulas e dos hormônios. E passa e sentar olhos sobre os males que afligem a humanidade de hoje, a obesidade e o PT (desculpa, não resisti à piada – tomara não tenha perdido amigos). E ali, no sair do curso médico, o MQI dedica-se a fazer sua especialização justamente nesta área. E doravante, em sua labuta diária, ele vai conviver com gordos que o buscam para saber como emagrecer. E na hora da entrevista médica, após o pobre paciente ter delineado toda a sua maratona alimentar diária, o MQI largará sua caneta, tirará o óculos do rosto e lançará aquele olhar de desdém. Feito isso, ele emitirá um longo suspiro, seguido de uma pergunta irritante. Por isso o nome dele é Magro que Irrita. Diz ele: - Por que você tem esta mania de comer arroz junto com lasanha?
Impressionante a crueldade do MQI ! Ele por vezes não mede suas palavras.
Você trabalha numa empresa de comércio, nesta época do ano os pedidos se avolumam, as turmas de trabalho se revezam fazendo turnos. Lá pelas tantas você tem um intervalinho, reúne seu grupo de trabalho e pergunta: - E aí, vamos almoçar pastel ou churrasquinho? Antes que alguém responda, o MQI do grupo se adianta e sacramenta: - Prá que almoçar? A gente podia jogar uma canastra ou mesmo dar uma sesteadinha. O grupo todo silencia ao redor dele, um dos gordos mais exaltados se aproxima para tentar dar uma chave de braço, mas é contido pelos outros. A rodinha se dissipa, cada um vai buscar seu próprio almoço resmungando. Sem se dar por vencido, o MQI se oferece então para ir junto com todos até a lancheria da esquina.
Já na Lancheria do Vadão (o rei do Pastelão), o MQI começa a buscar sociedade com alguém para comer um terço de pastel de carne. Mais que isso me incha o estômago – ele explica com cara de dor enquanto massageia a barriga. Como todos se esquivam, pois pedem dois ou três pastéis cada um, o MQI desiste de comprar e começa então a pedir só uma lasquinha do pastel de alguém. O gordo aquele da chave de braço agora tem que ser levado para a rua! Quase que a coisa engrossa.
No seu dia-a-dia você deve conviver com algum desta espécie. É daqueles que pára a uma hora da tarde e lhe pergunta, na maior cara de pau: - Você lembra se eu já almocei hoje?
No amigo-secreto de fim-de-ano ele ganha de presente um passaporte para comer DEZ vezes na Pizzaria mais badalada da cidade. Aí ele olha o presente, faz aquela cara de desmazelo, passa a mão na barriga, sacode a cabeça negativamente e senta desolado.
Que coisa mais irritante, esse MQI ! Que cara mais auto-suficiente! Que cara mais magro!
Pois é, a nós, mortais, resta ver e sofrer.
Me passa a Rabanada!
Silvano – o impossível

12 dezembro 2008

Coisa de Gordo - 406


406 - REPOUSO NA SERRA GAÚCHA
Quando se fala em Serra Gaúcha, as pessoas pensam reflexamente em Gramado e Canela. E há motivos de sobra para isso. Essas duas cidades são duas potências turísticas inigualáveis. Prova disso é que, conforme me informou uma dona de Hotel, as reservas para estas duas cidades estão completamente LOTADAS desde o segundo fim-de-semana de novembro até o final de fevereiro de 2009! Já pensou? Para conseguir se hospedar, só chegando no dia e chuleando alguma eventual desistência por parte de quem reservou.
Esse ritmo frenético todo por vezes cansa, e aí a gente parte em busca de outros ares. E que são ali do ladinho. Reunindo um pequeno grupo familiar, nos embarafustamos Serra acima, buscando pouso na cidade de São Francisco de Paula. São Chico, para os íntimos. O lugar escolhido foi o HOTEL DAS ARAUCÁRIAS. De fácil acesso, fica bem na entrada da cidade. Você acaba de passar pelo trevo da chegada, está numa avenida duplicada e ali mesmo, à direita, visualiza o enorme outdoor que o convida e entrar no Hotel.
Trata-se de uma área de sete hectares, situada em meio ao verde e à paz, e obviamente ornada de Araucárias. São aqueles pinheiros altos, característicos da região, e de onde se extraem as pinhas, que dão origem ao pinhão que você comeu na Festa Junina.
Apesar de ser dentro da cidade, a sensação que se tem é de estar no meio do campo. O ar puro, o vento balançando as árvores, tudo compõe um ambiente delicioso de descanso. O Hotel fica no centro de treze edificações. Cada edificação possui dois chalés que perfazem, portanto, vinte e seis acomodações. O chalé é em estilo colonial, uma pequena sala de entrada que serve de quarto para duas ou três pessoas ( um sofá cama e uma cama). Há frigobar, um banheiro espaçoso com banho quente de caldeira, TV colorida do quarto. O quarto possui cama de casal box. Na verdade o chalé se propõe a acomodar bem quatro pessoas. Nesta época, o custo desta diária sai por 240,00 com direito a um magnífico café da manhã, que é servido no corpo do hotel.
Para quem vai lá no verão, há uma piscina a céu aberto. No dia que lá ficamos um casal se deliciou na água e no sol. O preço da diária inclui um passeio a cavalo pelo pasto do hotel. O atendimento é atencioso, amigável, o ambiente é muito acolhedor.
Como citei no início do texto, se você quer ficar perto do frisson de Gramado-Canela, mas pretende também descansar um pouquinho, este Hotel das Araucárias é um achado. A cidade de São Francisco de Paula ainda não foi contaminada pelo turismo em escala industrial, é pequena, provinciana, quase rudimentar. Você pode se deliciar caminhando pelas pacatas ruas, almoçando no Restaurante Pasta Nostra (já citado neste blog repetidas vezes). Tem o ar da serra, o silêncio, o vento, a paisagem que possibilita belas fotos. Enfim, um paraíso aqui ao lado.
Silvano – precisando de repouso


SERVIÇO
O endereço na internet: http://hoteldasaraucarias.com.br/
Contatos: (54) 3244.1395 - 3244.1701


12/12/2008

Obrigado, Corinthians!



Valeu, Timão! Dar emprego a um GORDO, nesta altura do campeonato...é muita consideração! Tem que ter peito prá encarar essa e o Corinthians teve! Sim, senhores Magros, também os gordos sabem bater bola. Não é o meu caso, esclareço, mas há vários gordos que dão banho de bola. Um gordo em campo, portanto, é o que teremos! Valeu!

Silvano

HANNIBAL – A ORIGEM DO MAL


O tema é por demais interessante, quem travou conhecimento com este personagem lá no SILÊNCIO DOS INOCENTES teve sua atenção chamada para as profundezas da alma humana. Se aquele psiquiatra assassino, brilhantemente interpretado por Anthony Hopkins, causou arrepios em todos nós, é óbvio que qualquer filme sobre ele vai nos despertar no mínimo a curiosidade. Este filme se propõe a explicar a origem do serial killer, sua infância, seu desabrochar. Parte de uma lúgubre história da Segunda Guerra Mundial, no front russo, na Lituânia. Um grupo de nazistas toma e assalto uma casa onde estão duas crianças, o pequeno Hannibal e sua irmã. Os dias passam a comida acaba, a neve regela a todos...o que fazer? Os facínoras nazistas então decidem matar a menina para dela se alimentar! Isso mesmo, canibalismo mesclado a nazismo e terror da guerra. O menino assiste a tudo e, mais que isso, inadvertidamente, também come de sua própria irmã (sem saber o que comia).
A partir daí o filme busca a lógica da vingança. A exemplo daqueles filmes de faroeste onde matavam a família do Mocinho no início da história e a conseqüente vingança, neste aqui o roteirista seguiu a mesma lógica. O menino foge, parte em busca de sua redenção, é acolhido por uma sedutora Tia (a bela Gong Li). Esta tia lhe dá noções de artes, ciências, cultura, misticismo e artes marciais. Isso acaba dando consistência ao que já se tinha visto nos outros filmes, onde o cara já era adulto. Ah, pensamos nós, então o maluco teve a sua “academia”.
E então ele busca minuciosamente, um a um, todos os caras que o expuseram à barbárie do início do filme. Algumas coisas são muito toscas, resumidas. Há o personagem de um detetive que, já no primeiro confronto com Hannibal deduz, simplesmente pelo uso de um detector de mentiras, que o cara é “monstruoso”. Simplista demais!
Pelo sim, pelo não, o roteiro acaba pondo o sentimento do espectador ao lado do pobre menino barbarizado, e a partir daí a gente literalmente torce pelo assassino.
Os cenários são soturnos, escuros, mas belos. A reconstituição de época é convincente. Os atores estão ótimos. A música é de boa qualidade. Para quem acompanha a saga, é imperdível!
Nota: 8,0.
Silvano - patológico



Ficha Técnica
Título Original: Hannibal Rising
Gênero: Suspense
Tempo de Duração: 117 minutos
Ano de Lançamento (EUA / Inglaterra / França): 2007
Site Oficial: www.hannibal.com.br
Direção: Peter Webber
Roteiro: Thomas Harris, baseado em livro de Thomas Harris

Elenco
Gaspard Ulliel (Hannibal Lecter)
Gong Li (Murasaki Shikibu)
Jos Houben (Serge)
Nancy Bishop (Marielle)
Charles Maquignon (Paul Momund)
Dominic West (Inspetor Popil)
Helena Lia Tachovska (Mischa)
Michele Wade (Nanny)

04 dezembro 2008

Coisa de Gordo - 405


405 – PIMENTA, MAS NEM TANTO
Já me declarei aqui neste espaço como um adorador de pimentas, você há de lembrar. O que por vezes suscita alguma confusão. Quando a gente diz para alguém que gosta de pimenta, este alguém imagina potes de pimenta malagueta, pimentas assassinas, temperos os mais fortes. O que não é o meu caso.
Gosto de pimenta pelo sabor da pimenta. Passei a cultuar o uso do Molho de Pimenta na mesa, este vidrinho geralmente de rótulo vermelho que custa em torno de 1,00 ou 1,50 reais. E que adicionado ao prato já servido da gente dá um tempero delicioso.
Na esteira desse processo, estou sempre em busca de novas pimentas, novas cores, novos sabores.
Numa faixa de preço um pouco acima, comprei no Supermercado um vidrinho de Pimenta da marca TABASCO. Você já deve ter visto na prateleira do Super, é um vidrinho menor (60ml contra os 150ml da convencional) e de cor verde. No rótulo diz que é um produto importado, fabricado nos Estados Unidos. É uma pimenta saborosa, um pouquinho mais ácida.
Esta marca Tabasco tem outras cores e sabores de pimentas, ao gosto do freguês. Seus diferenciais são o tamanho três vezes menor, o preço três vezes maior, o fato de ser importada e o sabor. Mas cabe lembrar que os vidrinhos comuns são igualmente deliciosos. Você decidirá na hora de escolher na prateleira.
Por força da agenda social, nossa amiga Cristine nos prestou um belo serviço, fornecendo canapés, tortas e uma salada de maionese incomparável. Nesse dia, provamos nessas coisas que ela nos trouxe uma pimentinha vermelha deliciosa, colocada sobre sanduíches e comida prazerosamente. Longe de assustar paladares, a tal pimenta mostrou-se um sucesso. Inquirindo a Cristine, ela nos revelou tratar-se de uma variedade chamada PIMENTA BIQUINHO, indicando-nos onde comprar. Lógico, no Supermercado. A marca desta que conseguimos é Serra Azul, mas na internet consegui a foto de uma outra de nome Carolina. No rótulo da Carolina diz assim: “É saborosa e não arde!”. De qual ardência será que eles estão falando? Pois é...talvez das duas. Na que compramos, esta da marca Serra Azul, está assim escrito no vidro: “O sabor exótico da pimenta sem ardência. Ideal para petiscos e cocktails, pratos quentes e frios.” Pois é, mais uma vez a tal ardência.
Pois esta tal PIMENTA BIQUINHO é uma delícia, um pequeno petisco, quase uma doçura. Na sua próxima ida ao Supermercado, na hora de comprar o palmito, os pepinos, as azeitonas (obviamente recheadas), lembre de provar esta vermelha iguaria. Vai enriquecer suas saladas, sanduíches. Vai surpreender seus convidados. Vai impressionar você.
Na hora de comer....faça biquinho!
Silvano – será que esse cara ganha prá fazer essa propaganda toda?


04/12/2008

JOGO PARA MATAR TORCEDOR DO CORAÇÃO: INTER CAMPEÃO!


Que jogo de bola! Como é que as coronárias agüentaram tanta pressão? Mas ao final, o INTERNACIONAL sagrado Campeão da Copa Sul-Americana, tudo virou festa! Que noite! Que noite!
Silvano