30 outubro 2007

Conto Curto Ilustrado


Você, homem, conheceu ela ainda menina, na época vocês dois tinham dez anos e estavam na quarta série. O pai dela veio transferido de Goiânia e de um dia para outro ela se tornou sua vizinha. Os dias vieram, vieram os anos, você se aproximou dela a ponto de irem juntos ao Baile de Formatura do segundo grau. Um ano depois e vocês estavam namorando.
Era uma relação muito íntima, você nem chegava a falar uma coisa e ela já sabia o que você diria. Quase que adivinhava os seus pensamentos. Essa proximidade toda passou a incomodá-lo, nem todos estão prontos para uma relação tão íntima.
Em que pese fosse ela uma mulher maravilhosa, você passou a fantasiar um namoro mais distante, um relacionamento com alguém que não soubesse que você dormia de boca aberta. Que não conhecesse as suas duas avós que já morreram. Que não o visse com tanta profundidade.
Imbuído desse sentimento, você a chamou para uma conversa e colocou as cartas na mesa. Queria um tempo, queria viver, queria poder buscar um pouco o seu próprio EU, sem a companhia de ninguém.
Ela ouviu a tudo silente. As palavras que você ia usando brotavam de sua boca e, como flechas, cravavam-se todas no coração dela. Coração que sangrou inicialmente pouquinho, depois mais forte, sangrou às golfadas e por fim parou. Parou de sangrar. Você, homem insensível, em meia-hora de conversa, tirou toda vida daquele pequeno coração. Você, homem egoísta, pôs por terra os planos e toda a convicção dela de que terminaria os dias da vida dela ao seu lado. Você literalmente bombardeou todos os castelos que ela construíra no ar, ao redor de vocês dois.
Pronto. Você conseguiu! Parta em direção ao mundo, às curvas do caminho, às aventuras, à tal da busca do seu próprio EU. Quebre as vidraças. Chute os baldes, sacuda a poeira e parta. Suma da vida dela!
Um dia, amigo, ao virar-se para trás, você vai lembrar do que deixou pelo caminho. E aí baixará os olhos para o seu próprio peito, perceberá o vazio dentro dele, notará que foi o seu coração que morreu.
Vá homem. Vá e leve na sua lembrança a dor desse olhar.
Vá, homem!
Silvano – o impossível



COPA DO MUNDO NO BRASIL
É, eles conseguiram. A Copa do Mundo de 2014 vai ser mesmo no Brasil. Não, não serei eu a “secar”, afinal, num país de tantos escândalos e corrupção, uma copa do mundo a mais, uma menos...não fará diferença.
Não deixa de ser pitoresco ver na imagem da TV, reunidos no mesmo evento, gente de um certo quilate. Perceba que estavam lá, todos sorrisos, o Ricardo Teixeira, homem a quem você não confiaria a sua carteira de dinheiro. O Joseph Blatter, outro mafioso só que em nível mundial. O Lula, rá,rá,rá.......desculpa, não contive o riso – o nosso presidente do mensalão. O Romário, o cara mais falcatrua dessa geração. Enfim, eles se merecem. E nós, como nação, os merecemos também. Fazer o quê? Só nos resta esperar que comecem as licitações para as obras, os desvios de dinheiro, as CPIs, as pizzas e tudo o mais. E olha que o presidente será outro, por certo a turma do FHC, do Serra e outros comunas despeitados vão estar de volta ao poder, dando indenizações até para cachorro de preso político de 64. Mas não tem problema. O que importa é que a Globo (tava falando em mafioso?) já tem os direitos de transmissão da copa de 2014, e teremos que ouvir o Galvão Bueno (mais um da turma de notáveis) narrando todos os jogos. Até aqui achou pouco? Amigo(a), até o Paulo Coelho estava lá, festejando a Copa aqui em terras brasilienses. Que time! Que camarilha! Que gang! Como dizia o Caco Antibes, nós brasileiros não apenas cuspimos na cruz, nós buscamos os pregos e emprestamos o martelo! Ops, me veio de novo à cabeça aquela musiquinha....este é um país que vai pra frente, hô, hô, hô, hô, hô.
Silvano – mas que cara implicante

Feira do Livro de Porto Alegre


Que correria, fim-de-ano é sempre assim. Acredita que eu perdi o evento de autógrafos do livro das “gurias” que já divulguei aqui, aquele que se chama AOS 40! ? Pois é o negócio aconteceu no dia 28 de outubro, na Feira do Livro de Porto Alegre, e deixei passar. Que coisa!!!

Feira do Livro (2)


Mas nem tudo está perdido. Nesta sexta-feira, 02/11/2007, em pleno feriado, você não tem desculpa para não ir lá. Às 16:30h, nosso amigo JERRI estará autografando seu mais recente livro O DESAFIO DA FELICIDADE. Esta nós não podemos perder. Vá, entre na fila, compre o livro e conte a ele que leu esta dica aqui neste BLOG Coisa de Gordo. De brinde, ele lhe dará um autógrafo e toda sua arte, impressa no livro recém –lançado. Tava esperando o quê? Croquete?
Silvano - insolente

25 outubro 2007

Coisa de Gordo - 347


347 – NÃO EXISTE SOLUÇÃO MÁGICA
Este é o título de uma matéria que saiu publicada na Revista VEJA (24 de outubro de 2007, edição 2031) e que comenta o resultado em longo prazo das CIRURGIAS DE REDUÇÃO DE ESTÕMAGO. Já adentramos este assunto algumas vezes aqui neste espaço. Alguém haverá de lembrar que inclusive contamos com a atenciosa participação de nosso amigo HAMILTON, que deu seu depoimento acerca dessa cirurgia a que ele se submeteu.
O que a VEJA traz de novo? Pela primeira vez os caras se debruçaram sobre o resultado dessas cirurgias, agora que se passaram dez anos e mais de 80.000 cirurgias. E aí se chega ao título da matéria. De fato não existe solução mágica.
Já nas entrevistas com nosso amigo Hamilton, ele me alertava que antes de tudo o que contava era o emocional da pessoa, a sua disposição para algo tão radical, a sua iniciativa de mudar hábitos e passar e ser uma pessoa diferente. Naquela época, recordo que ele freqüentou um grupo que realiza tais procedimentos, grupo este composto por cirurgiões, clínicos, cardiologistas, nutricionistas, psicólogos, entre outros. E já naquela ocasião, Hamilton contou que quem dava o OK para a cirurgia, quem dizia SIM ou NÃO, não era o cirurgião, nem o cardiologista. Era o psicólogo.
Isso já demonstrava a importância que aquele grupo dava ao lado afetivo da pessoa, suas emoções, seus condicionamentos. Pois parece que nem todos os pacientes que se operaram conseguiram virar esta página.
Segundo dados do Hospital de Clínicas de São Paulo, cerca de 30% dos operados volta a ter excesso de peso e (pasmem!) 5 a 10% dos pacientes voltaram a ser obesos mórbidos! Isso é impressionante! Jamais se esperaria isso de uma técnica tão rude para a anatomia corporal. Pois é o que tem acontecido!
Na matéria jornalística os especialistas comentam que é difícil quebrar essa resistência do gordo em emagrecer, que “há mecanismos metabólicos, psicológicos e sociais que são muito resistentes”. Indo além eles comentam que “apesar da insistência dos médicos em acompanharem tais pacientes, passados dois anos, metade deles abandona o consultório”.
Esses dados todos jogam um pouco de água fria em nossas expectativas, fazendo com que nos defrontemos com aquelas coisas tão inevitáveis como importantes: - mudança de hábitos, mudança de vida, mudança de postura, mudanças...enfim. A cirurgia bariátrica (termo que os especialistas usam) surgiu como uma tábua de salvação, e de fato ainda a percebo assim. Mas agora ficamos sabendo que alguns “náufragos” escorregaram dessa tábua e voltaram a “afundar”.
Há que se tirar o tênis do armário, ajustar (alargar?) o short de caminhada, deixar de lado um pouco as delícias e guloseimas da vida, dedicar-se mais às alfaces e rabanetes. Que dureza! Que coisa!
Pois é. Não existe solução mágica!
Silvano – introspectivo...até a hora do lanche


QUER DAR UMA OLHADINHA NAS MATÉRIAS ANTERIORES SOBRE ISSO?
No site antigo você pode acessar: http://coisadegordo.vilabol.uol.com.br/Cronicas/CG261.html
Aqui no BLOG você pode ler o CG – 310, em http://coisa-de-gordo.blogspot.com/2007/02/coisa-de-gordo-310.html , lembrando de ler também os comentários dos leitores ACIMA da coluna. No blog funciona assim. O que é escrito depois vai empurrando para baixo o que saiu antes.

25/10/2007

Dados estarrecedores



Estes são os dados que a VEJA publicou em seu infográfico.

Charge do Sinovaldo



O genail chargista SINOVALDO que publica sua arte nos veículos do Grupo Sinos (Jornal NH, etc..) "cometeu" mais esta charge!

18 outubro 2007

Coisa de Gordo - 346


346 – CAMBARÁ DO SUL
Como comentei no último “post”, encilhamos o cavalo e subimos a Serra. Na verdade é uma outra serra. Quando se fala em Serra Gaúcha as pessoas lembram de imediato de Gramado, Canela, Bento e Caxias. No nosso caso fomos um pouquinho mais para o lado do mar.
A cidade de Cambará do Sul é pequena, incipiente, acolhedora, fiquei sabendo que são apenas sete mil habitantes. Quase um vilarejo. Acostumados que somos a outros destinos mais incrementados (Gramado, por exemplo), num primeiro momento a gente estranha Cambará. Não há glamour, não há grandes produções, o que há é uma cidade e sua gente. Seus pequenos restaurantes, suas nascentes pousadas.
Estávamos no meio da tarde e pedimos um lugar para tomar um café, lanchar, enfim. Nos foi indicado o CAFÉ & CIA. O prédio é antigo, mas está situado na principal esquina da cidade, o que o faz ser facilmente encontrado. Olhamos por fora, meio desconfiados, será que é isso aqui? Era. Entramos e nos acomodamos naquela espécie de saloon do velho oeste. O serviço foi gentil e ágil, as coisinhas servidas nos encantaram. Sanduíches de salame e queijo colonial, torradas, fatias de tortas doces (maracujá e maçã) desfilaram por nossa mesa. Aliás, a tal torta de maçã protagonizou uma coisa interessante. A atendente meio que se desculpou pela demora alegando que a torta de maçã recém havia saído do forno, estava muito quente. A sra Kátia cresceu o olho e disse à mulher que agora mesmo é que ela tinha que trazer a torta de maçã para nós. E veio fumaceando, incandescente, saborosa, deliciosa, apetitosa. Ao pagar a conta, levávamos um pacote com o resto da torta para deleite no hotel, durante a madrugada.
Percebe-se uma coisa em Cambará. Ela é como se fosse Gramado....trinta anos atrás. Teria que se buscar o prefeito de Gramado lá de três décadas atrás e fazer um curso junto aos empresários, políticos e habitantes da cidade. Os restaurantes são pequenos, mas já começam a alçar vôos maiores, oferecendo degustação de vinhos, cartas especializadas de vinhos e sobremesas, massas caseiras, um serviço mais gabaritado. Jantamos no CASARÃO, já citado no “post” de terça-feira passada, o que muito me impressionou.
E ainda não cheguei ao principal da cidade. As atrações turísticas são mundialmente conhecidas, o Itaimbezinho, os Canions impressionantes, aquelas escarpas montanhosas, o Parque Nacional dos Aparados da Serra. Ali o homem se vê como grão de areia, diante das mãos da natureza.
Ao redor de Cambará já tem muito hotel e hotel-fazenda aproveitando tais atrações. Há acomodações de luxo, programas com direito a Ofurô e caminhadas ecológicas. O Hotel Casa da Montanha, de Gramado, tem uma “filial”, um posto avançado lá no caminho do Itaimbezinho. Estando na cidade, volta e meia passa uma camionete com a grife deles cheia de hóspedes que, embarrados, estão voltando de algum passeio, alguma trilha.
Há um portal para as coisas da cidade. Acesse: http://www.cambaraonline.com.br/
Ficamos na Pousada Pôr-do-Sol (54 – 32511290), agradável ambiente, preços acessíveis. Como costumo dizer, a gente tem por padrão de hotelaria os hotéis e pousadas de Gramado. Em Cambará é mais simples, a coisa está recém se equipando. Nesta pousada Pôr-do-Sol fomos carinhosamente recebidos, o serviço é atencioso, as acomodações têm um certo conforto, alguns quartos com umas coisas, outros ainda sem. Há aquecimento de calefação nos quartos (a gás). O café da manhã é saboroso (pães, frios, café, iogurte caseiro, bolos e tortas). Mas com certeza tem que melhorar! Tem que incrementar. Colocar mais coisas nos quartos. Ampliar. E o legal é que está sendo ampliado.
Enfim, suba a serra e mergulhe em Cambará. Deve-se ir a Taquara, aí sobe pela RS-020 até São Francisco de Paula. Dali, sobe-se até Cambará (mais 67Km) pela mesma RS-020.
Nos vemos nas escarpas.
Silvano – nas alturas


SABE POR QUE FOMOS ATÉ LÁ?
É que eu tinha Palestra no Centro Espírita local, onde fomos afetivamente recebidos pelos trabalhadores e pela assistência. Como diz o Anonymous Gourmet: - Voltaremos!


LEITORA ME AVISA QUE A PLAYBOY...
....não tem apenas as fotos da Mônica Veloso. O entrevistado é o DIOGO MAINARDI. Agora fiquei em dúvida a respeito das vendas estupendas da revista. Acho que não é só por causa das fotos. Acho que não é...

18/10/2007

16 outubro 2007

O Casarão


Como não podemos ficar sossegados, em meio a este feriado que passou subimos aos altos da serra gaúcha e viajamos até Cambará do Sul. Este pequeno município oferece várias atrações a quem o visita. Pretendo detalhar isso na coluna da quinta-feira que vem. Por ora quero comentar uma bela refeição que fizemos na Cantina e Galeteria O CASARÃO, situada na Rua Padre João Francisco Ritter, 969 e que atende pelo telefone (54) 32511711.
A casa oferece quatro propostas de consumo à noite.
Por 9,50 a pessoa come apenas Sopa de Capeletti. Deliciosa.
No estágio seguinte, por 16,50 a gente consome, além da Sopa, um Bufê com Saladas Orgânicas, Talharim e Tortei caseiros, Molhos Branco e Bolognesa, Inhoque ao Molho de Manteiga, Sobremesas e Chás. Este aqui é completado com Polenta na chapa e Queijo derretido. Os caras colocam na mesa uma pedra quente e sobre ela vão trazendo as polentas e o queijo.
No estágio acima, por 21,50, além de tudo até aqui descrito, a gente recebe Filé grelhado de porco e gado e Galeto ao Primo Canto.
Por fim, no estágio mais caro, ao preço de 27,50 , além de tudo já descrito, a pessoa recebe Filés de Truta, é mole?
O ambiente caseiro é dos mais agradáveis, os proprietários transitam por entre o público, alegrando o ambiente. Na entrada há uma estante de vinhos para degustação e venda!
Para quem se aventurar a ir lá, não estranhe que a frente da casa está em reforma, em obras. Mas é bem fácil de achar, os carros pela frente vão dar a pista.
Nós optamos pela opção DOIS, a de 16,50. E olha....foi deliciosa. Na hora que os caras largaram na minha frente aquela chapa quente, aquela pedra aquecida, e começaram a pôr polentas e pedaços de queijo derretido eu sabia que seria demais! E à medida que consumíamos os queijinhos, eles repunham mais e cada vez mais. Gostei das massas e dos molhos.
Delícia, delícia, delícia...
Quando puder, volto lá.
Silvano – sempre viajando

11 outubro 2007

Coisa de Gordo - 345


345 – AMOR D’ALÉM MAR
Nosso leitor James percebeu a poesia aqui ao lado e me mandou um e-mail falando da Florbela Espanca, esta poeta (poetisa?) portuguesa que teve esta poesia musicada pelo Fagner. Ao responder-lhe a mensagem, comentei com ele um sentimento de orfandade que me tem surpreendido nos últimos anos. Ora, afeito que sou às letras, aos livros, aos escritos e manuscritos, tenho descoberto nas minhas últimas incursões pérolas e mais pérolas da cultura literária PORTUGUESA. E quando falei em orfandade comentei com o James que fomos alijados, excluídos desse aprendizado. Parei para pensar e disse a ele que conheci a obra do Fernando Pessoa já nos tempos da faculdade. Talvez tenha me equivocado, devo ter estudado o Pessoa no Cursinho. mas a indignação continua a mesma.
Por que não se estuda literatura portuguesa aos tempos do colégio? Gosto de Gonçalves Dias, cito Cruz e Souza, declamo Casimiro de Abreu, me excito com Augusto dos Anjos, mas por que não nos foi mostrada a rica literatura portuguesa?
Cada vez que descubro um texto, uma poesia e vou atrás do autor, acabo entrando no maravilhoso estudo da arte literária portuguesa e lá descubro sentimento, dor, alegria, uma qualidade inatacável. Os autores são pessoas destacadas, têm histórias de vida que por vezes valeriam uma novela ou mini-série da Globo.
Tenho um amigo que mora em Portugal e já o andei incomodando ao tempo em que andei “de caso” com o JOSÉ RÉGIO, autor do Cântico Negro e outras preciosidades. Pedi a este amigo que conseguisse livros do José Régio, ele teve que ir atrás, me contou que o Régio é uma celebridade naquele país, sua casa virou museu, o cara é nome de rua, praça, etc. E veja que ele morreu recentemente, apenas em 1969. Podemos dizer que é um poeta contemporâneo.
Agora entrei por outros caminhos e fui buscar justamente a autora desta bela poesia aqui ao lado (Minh’alma de sonhar-te anda perdida...) e cheguei à biografia de uma mulher chamada FLORBELA ESPANCA (1894 – 1930). O nome já é um arraso, nem parece nome de poeta. A mulher teve uma vida toda dramática, entre casamentos de conveniência e separações, idas e vindas. Num dos trechos está relatado que num dado momento ela estava casada com um cara e ele, sob as vistas da esposa, passou a se relacionar com ninguém menos que a EMPREGADA DOMÉSTICA deles. Os dias se passaram, o cara acabou deixando da Florbela e foi embora com a empregada! Essas e outras passagens acabaram moldando o estilo dessa bela poeta portuguesa. As coisas que ela escreve têm um quê de sofrer, de dor, de mágoa, de solidão. de angústia. Para completar, o pai dela era fotógrafo e incentivador na nascente arte do cinema, o que faz com que haja inúmeras fotos e imagens da Florbela. Não foi reconhecida em vida e após a morte (suicídio) ficou como uma autora maldita, até que (adivinhe quem?) José Régio e outros dois autores (Jorge de Sena e Vitorino Nemésio) resgataram a memória e o real valor desta mulher. Sem julgamento à sua vida pessoal.
Nesses tempos em que todos andam pedindo cidadania italiana (como o Lula), alemã, americana, etc, a mim só resta olhar para minhas raízes lusitanas e, quem sabe um dia, lá pedir cidadania (até rimou). Nossa pátria mãe possui uma vasta produção artística-literária que cada vez mais me seduz. Falam em re-introduzir o latim nas escolas. A filosofia já voltou aos currículos. Eu de minha parte gostaria de ver colocada nos quadros negros das salas de aula apenas uma matéria: LITERATURA PORTUGUESA. De Portugal. Com certeza.
Silvano – o impossível


OS DEPUTADOS GAÚCHOS QUE APROVARAM DE NOVO A CPMF
Houve a segunda votação para aprovar a CPMF, e os vendilhões gaúchos que foram comprados pelo Lula e aprovaram a CPMF sucumbiram de novo. Aprovaram. Azar nosso! Nem vou colocar a lista aqui de novo, para não ficar enfadonho. Mas a ACLAME (associação da classe média) já está pondo os out-door com as fotos e nomes dos vendidos. Fica apenas uma lembrança para a comunista Manoela, deputada federal, que veio ao Estado para criticar o aumento de impostos da Yeda, mas lá em Brasília aprovou a CPMF. Esses comunistas....



LEITOR MANDA DICA DE LIVRO
Silvano, olhando este passo a passo me veio à cabeça um livro com o titulo UM LIVRO PERIGOSO PARA MENINOS. Ele mostra passo a passo algumas coisinhas que fazíamos e não fazemos mais. Por que? Sei lá porque, acho que é pelo que a Rosalva falou. Estamos mais pesadinhos, imagina hoje fazer um carro de lomba??? Para 100 kilos (rsss). E a casa na árvore? Quatro "guris" daria 400 kilos (rsss). Mas fica a dica para quem tem filho e queira iniciá-lo na arte da criatividade, dedo martelado, cotovelos e joelhos pisados, galos na testa etc. Se nós sobrevivemos a todas estas catástrofes.... eles sobreviverão também. Abraços. Caletti o sobrevivente.....


QUER DAR UMA OLHADINHA NA VIDA DA FLORBELA?
Então acesse este link e se delicie: http://www.prahoje.com.br/florbela/?page_id=2

Quer mais? Acesse: http://www.mulheres-ps20.ipp.pt/Florb-Espanca.htm


11/10/2007

09 outubro 2007

A governadora se separou do marido


A GOVERNADORA .....
Li em nota discreta na coluna do Cláudio Humberto que a governadora “cara amarrada” Yeda Crusius, após trinta anos de casamento, se separou do marido. Trinta anos de casamento...que coisa. Tenho um certo preconceito acerca de políticos e seus casamentos. Ou se é bom político. Ou se é bom(boa) esposo(a). Não vejo alguém que consiga exercer bem essas duas nuances da vida diária. de tal sorte que considero os políticos péssimos cônjuges e péssimos pais e mães. São ausentes, omissos, sempre em viagens e compromissos. São candidatos certo a levarem uma bela guampa. É comum que políticos tenham filhos problemáticos, drogadictos, suicidas, etc. Portanto, nada a estranhar nessa notícia do Cláudio Humberto. Claro que é apenas um preconceito meu, decerto deve haver algum(a) político(a) que seja bom pai(mãe) e marido(esposa). Mas veja que eles agüentaram trinta anos. Isso é um diferencial.
Saiamos do campo real para adentrar as portas da ficção. Imaginemos, portanto! O casal Yeda e marido vinham bem, até que ela começou a se interessar por essas coisas de economia, ciências sociais, palestras na CUT, cursos de formação de imagem pública. O cara não gostava muito disso, se queixava, pedia a ela que pelo menos nos fins-de-semana pudessem sair em família, caminhar pela Redenção, tomar sorvete no Parcão. Ela às vezes cedia e participava, mas no fundo estava ausente, a cabeça a mil, pensando nos conchavos políticos e nas conjunturas nacionais. O marido percebia aquilo, por vezes conversava com ela, falava, pedia, explicava. Ela sorria, e aquele sorriso o derrubava, o acalentava, ele fazia de conta que tudo estava bem e chutava a bola no gramado. Os meses se sucederam, os anos vieram, ela foi se embrenhando no mundo da política, chegou a cargos eletivos, a cargos nomeados. Os filhos cresciam sob os olhos e o amor do pai, não que ela não os amasse, apenas ela não tinha muito tempo para eles. Já quando foi nomeada Ministra as bases familiares balançaram, a distância era muita, a imprensa cobrava demais. Mas aquilo passou rápido, o casamento se reorganizou e a vida continuou. Até que ela se candidatou a governadora gaúcha, foi eleita, e a pressão voltou a mil. A coisa veio degringolando, a corda esticando, até que se chegou a este ponto do aumento de impostos. O marido, cabelos brancos, a vida toda carcomida pela ausência repetida da mulher, da mãe de seus filhos, abriu o jornal e leu que mais uma vez a governadora, e que era sua esposa, vinha com um pacote de aumento de impostos. Mais uma vez...
Ele caminhou pelo pátio de casa, regou as folhagens, pensou. E então decidiu. Tinha agüentado tudo até aquele momento. Tinha comido o pão que o diabo amassou. Tinha dado a sua vida como marido, pai, companheiro para que aquela mulher, aquele belo sorriso, pudesse brilhar nas suas aspirações profissionais. E agora isso era coroado por um ato de traição popular, de agressão à população. Não, isso ele não aceitaria mais. Naquela noite, após a meia-noite, que foi a única hora em que ele conseguiu falar com ela, ele a comunicou do fato: - QUERIA A SEPARAÇÃO! Ela baixou os olhos, o rosto emagrecido, o sorriso continuava bonito. E ali o casamento acabou.
Calma, leitor(a), antes que você se exaspere, repito o alerta: - ISSO É UM TEXTO DE FICÇÃO. Mas que parece real, parece, né?.....
Silvano – sempre impossível



TURISMO RURAL EM PORTO ALEGRE?
Nosso consultor para assuntos da área da Biologia, o Dr. Vinícius, andou afastado. O cara esteve envolvido com véus, grinaldas e outras coisas de casamento. Mas ele está vivo e feliz e agora, de aliança no dedo esquerdo, manda interessante dica. A gente pensa que conhece tudo em Porto Alegre e se engana. Disse ele: E ai tche Silvano, como está? Uma dica de site. Parece um pouco estranho para quem não conhece a cidade de Porto Alegre na sua amplitude, pra mim que nasci e me criei na zona sul dessa cidade, não parece..., mas me impressiona que agora a cidade stá divulgando o turismo rural em Porto Alegre, isso mesmo, tem produção de vinho, produtos coloniais e até restaurante colonial como na serra gaúcha. Basta olhar o site www.caminhosrurais.tur.br Boa viagem!!! Vinicius
O negócio é impressionante. Há passeios por chácaras, vi as fotos das vinícolas, coisas ecológicas...parece até outra cidade. Muito legal! Valeu, Dr Vinícius. Quem sabe a gente dá uma passada por lá. Silvano

07 outubro 2007

Passo a passo de domingo


Conforme prometido, vamos nós para mais um dos nossos PASSO-A-PASSO. Desta vez é uma receita fácil, ágil, qualquer SILVANO consegue preparar. Sabe aquela visita inesperada que liga sábado de noite avisando que vai aparecer domingo da tarde? Trate de impressioná-la. A Sra Kátia tirou esta receita de um desses cadernos de gastronomia de jornal, mesclou algumas coisas, colocou um detalhe aqui e outro ali, e deu um belo resultado. O nome? Sei lá...chame talvez de VULCÃO DE MARACUJÁ.

Passo 1


Passo UM: pegue um pacote de BOLACHA MARIA DE CHOCOLATE, passe no liquidificador ou micro processador para triturar. Uma vez que tenha triturado, tire do aparelho, peneire e acrescente manualmente 150g de MANTEIGA SEM SAL. Com essa massa que você acabou de preparar, forre o fundo e as laterais de uma forma desmontável, esculpindo uma espécie de cratera do vulcão. Coloque isso no forno a 150º por 10 minutos e reserve. O negócio fica assim.....

Passo 2


Passo DOIS: Junte uma LATA DE LEITE MOÇA (sempre ele), uma LATA DE CREME DE LEITE, ½ pacote de SUCO TANG sabor Maracujá no liquidificador e bata até que a mistura fique homogênea. Você já tinha a cratera do vulcão, agora você tem a lava. Essa mistura deve ser colocada dentro da cratera do vulcão, para que se possa dar o passo seguinte.

Passo 3


Passo TRÊS: Coloque isso na geladeira e está pronta a mais ágil e gostosa torta de bolacha com sabor de maracujá. Batizei-a carinhosamente de Vulcão de Maracujá para ilustrar a topografia do negócio. Viu, só? Eu disse que era fácil. Tá esperando o quê?
Silvano – o impossível

04 outubro 2007

Coisa de Gordo - 344


344 – O FOMÃO
Depois de ter me aventurado na crítica literária, de ter me embarafustado pelas vielas sombrias da política brasileira, de ter sentado olhos e o resto do corpo diante da TV para analisar DVDs, esta semana recolho-me ao exame de algo menos cultural. Algo menos filosófico. Falemos do FOMÃO.
O que é o Fomão? Sem mais rodeios, esta gíria alude exatamente à palavra que lhe deu origem. Trata-se de uma fome muito grande. Mas o conceito vai além disso. O Fomão é uma coisa meio metafísica, eu acho. É um estado da alma, é uma predisposição, um conjunto de fatores que o levam a ter este tipo de reação. O Fomão. O Fomão segue-se a momentos de stress, de paixão, de perda, de sofrimento.
A pessoa acometida pelo Fomão age meio como um zumbi, vai empilhando fatias de pão de sanduíche, seguidas de copos de refri, depois ataca bolachas recheadas, lascas de panetone, restos do almoço que estava na geladeira, croquetes sacados minutos antes do freezer. Se a gente filmasse uma pessoa num acesso desses ela não se reconheceria. Que estranho.. – diria ela – tem certeza que sou eu? Com um Laka Branco numa mão e um Bauru na outra? Sim, é você mesmo.
Certa vez vi o Jô Soares dizer que gostava de levantar na madrugada e comer, eventualmente, um prato de feijão FRIO , com azeite de oliva por cima. Isso é o Fomão.
Mas afinal, você dirá, quais são as situações que fazem aparecer o Fomão? Como citei antes, a variedade é enorme, mas estudemos juntos algumas cenas bem comuns a todos.
CASO UM – Sua irmã ou cunhada que estava grávida rompeu a bolsa, a família toda foi acordada às duas da manhã, corre-corre para o hospital, macas, enfermeiras, anestesistas e outras coisas mais surgiram na sua noite de sono interrompida. O bebê nasceu às quatro da madrugada, festa, beijos, abraços, até que a poeira senta de novo. Mãe e bebê passam bem, é hora de ir embora e voltar no dia seguinte. Na volta para casa, você é atacado por ele, o Fomão. Um enorme vazio lhe surge na barriga, até roncos são ouvidos. Você é alertado pelo seu corpo e de repente se dá conta de que precisa comer “alguma coisa”. Os que moram em São Paulo ou Nova Iorque têm saída. Cidades que nunca dormem. O resto tem que se virar. Você procura um trailer, um bar, uma pastelaria, mas àquela hora? Você chega em casa. Amigo, prepare-se para sujar a louça. Há relatos de pessoas que prepararam até Arroz Carreteiro às cinco da manhã. Tudo por conta do Fomão.
CASO DOIS – Sua noiva, namorada, amiga “ficante” (ou sei lá eu o quê) já vinha com uma conversinha mole de que queria introduzir você na culinária da Indonésia. Os dias passando, ela começa a falar de raízes e insetos, destacando o “enorme valor nutritivo de um gafanhoto”. Você vai ficando premido pela situação, a mulher pressionando. Um dia, você vai buscá-la na faculdade e ela lhe aparece acompanhada por aquele colega “junkie”, “bicho-grilo” do qual ela tanto tem lhe falado. Oi, amor, o John Lennon também gosta de comida da Indonésia – ela lhe diz em altos brados. Sim, o nome do cara é John Lennon. E ele gosta de comer gafanhotos. E pelo jeito está pensando em fazer o mesmo com a sua namorada. Naquela noite, você, a mulher e o Johny (vocês já estão ficando íntimos) saem finalmente para a tal janta oriental. Depois de ter que sentar no chão, meter seus dedos nos pratos (não lhe deixaram usar talher), comer algumas gosmas melosas, você pede uma cerveja, mas o garçom, em tom irritado, lhe oferece apenas um suco de couve com folhas de mostarda. O amigo da sua namorada/mulher come avidamente toda uma série de bichinhos nojentos, ao que sua garota dá gritinhos de alegria e pede um pedacinho. O Lennon coloca pedacinhos de lagartas temperadas na boca da moça e então você atinge o seu limiar. CHEGA!! – você brada. Após mandar o John Lennon enfiar as taturanas numa certa parte do corpo dele, após citar a conduta imoral da mãe e das irmãs do garçom, após, enfim, mandar sua mulher/namorada para o raio que a parta, você chuta o balde, levanta, calça seus sapatos de volta e sai porta afora. Voltando para casa com toda essa GANA no coração, você passa na frente de uma famosa CHURRASCARIA. E ela está aberta. Amigo, mande avisar o assador. O Fomão deu sinal de vida e você vai comer toda uma boiada. Sem asinha de mariposa.
CASO TRÊS – Você teve um dia cheio no trabalho. Tudo que podia dar de errado aconteceu, mas as horas passaram e enfim, você pôde ir embora para casa. Lá chegando, já de tardezinha, você percebe que a faxineira ainda não foi embora, e está justamente limpando a cozinha. Paciência. Quando a bendita mulher se despede, chega um colega de aula do seu filho que veio buscar um livro. Seu filho o recebe ali na mesa de refeições, você tentar dar uma chegadinha na área, mas ele pede privacidade, que o tal colega já está saindo. Uma hora depois o guri vai embora. Você tentar chegar na geladeira mas ouve um estrondo na esquina e falta luz. Há uma certa bagunça na casa, todos procurando velas e lanternas. Como o chão da cozinha foi limpo naquela tarde, você fica com pena de sujá-lo no escuro. Onze da noite, enfim volta a luz. E com ela chegou esta entidade, este estigma, este ser que domina o seu pensamento e a sua vontade. Pronto, amigo(a), mate o Fomão. Liquide com ele. Forneça-lhe uma, duas, três pizzas descongeladas, dilua-o em copos e mais copos de coca-light. Afogue-o em colheradas de mousse de maracujá. Trucide-o com pedaços de Cocada Branca que você sabe que lhe darão azia mais tarde, mas o prazer vale a pena. Sim. Isso é o Fomão.
Sabedores disso, da força dele, de seus poderes destruidores, todos poderemos nos precaver. De duas formas. Ou colocamos cadeados na geladeira e na despensa....ou abastecemos a despensa e a geladeira como se o mundo fosse acabar. Decida você a sua estratégia.
Eu........já escolhi a minha.
Silvano – o impossível


SOBRE O “TROPA DE ELITE”
Recebi pedidos de leitores sobre o link para “baixar” o filme “Tropa de Elite”, sucesso nacional. Os que me mandaram não deram certo, os sites foram desativados ou não dão acesso ao filme. Mas fique tranqüilo, dia doze de outubro estará nos cinemas.


PASSO A PASSO
Aguarde para os próximos dias mais uma edição de um dos nossos “Passo-a-passo”. Será uma receita simples, fácil, mas por demais gostosa. E tentarei ilustrar a matéria com fotos. Nos próximos dias.


04/10/2007

02 outubro 2007

Mais impostos....



Não bastasse a sede infinita do governo Lula pelo nosso dinheiro, nosso trabalho, nosso suor, vem agora a Exma Governadora do Rio Grande do Sul apresentar um PACOTE de AUMENTO DE IMPOSTOS! Puxa, e dizer que na campanha ela prometeu que não faria isso! O pacote está lançado, tem que ver o que os deputados gaúchos farão, fique atento!

Esta é a velha receita da política neste país. Os incompetentes fracassam e lançam mão do aumento de impostos. O que houve foi uma MENTIRA DESLAVADA, uma afronta ao povo gaúcho. A sra Ieda Crusius mancha a história gaúcha com tal atitude. Outros já fizeram isso antes? E quem foi que disse que admiramos Olívios, Britos e Amarais de Souza? Tudo vendilhões! Só o que sabem é aimentar impostos. Neste caso "não sirvam nossas façanhas de modelo a toda terra". Fique atento. Não vote em deputado que aprovar aumento de imposto! Não reeleja esses vendilhões que estão interessados em entupir a máquina pública com os seus cupinxas. Mande esses vadios para casa na próxima eleição. Como dizia aquele adesivo de carro: FAÇA UM POLÍTICO TRABALHAR - NÃO O REELEJA!

Silvano- de saco cheio dessa imoralidade.