25 junho 2009

Coisa de Gordo - 434


434 – Culpa do FH
A mídia andou se agitando neste último mês em torno da queda daquele avião da Air France. Ventos? Tempestade? Falha humana? Congelamento dos pitots?
Nada disso, gente, eu já sei o culpado. O culpado foi o FH !
Antes que a turma do PT se erice achando que estou arrolando o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso nas causas do desastre aéreo (bem que esse petezal gostaria disso), esclareço aos incautos que não estou aludindo ao ídolo tucano. Trago aqui outra ponderação.
Estou falando do FATOR HUMANO!
Em que pese o fato de existir toda essa tecnologia atual, as aeronaves cada vez mais computadorizadas, os equipamentos cada vez mais perspicazes, ao fim e ao cabo esquecemos de um pequeno detalhe. Sim, o Fator Humano.
Imagine você uma reunião de líderes mundiais decidindo o futuro da Humanidade, o Barak Obama argumentando em torno dos seus feitos, o Lula discursando em português, a Ângela Merckel preocupada com a camada de ozônio. Lá pelas tantas o Barak sente uma súbita cólica intestinal e percebe aquele breve arrepio descendo-lhe as espáduas e avisando-o de que deve procurar um banheiro logo. E é logo mesmo, não se esqueça ele das inúmeras vezes em que se meteu em banheiros inusitados para aliviar seu trânsito intestinal sagaz! Bem nessa hora, o Lula propõe a queda do protecionismo imposto pelos americanos, momento crucial em que o Barak teria que pedir a palavra e defender sua supremacia. Mas os grunhidos de seu intestino falam mais alto e ele tem que se ausentar da reunião rapidamente. Pronto, o futuro do mundo aguarda que o Barak alivie sua diarréia. Isso é o Fator Humano.
Noutro pólo da mesma reunião, um presidente de uma nação qualquer assiste a tudo em silêncio. Os outros até estranham sua atitude, ele que habitualmente é sempre tão falador. Ninguém sabe o motivo de sua quietude. Só ele. Sabe qual é? Um pedaço da carne que ele tem entre os dentes e que insistiu em resistir ao fio dental após o almoço. Agora ele está ali, concentrado, revirando sua boca com a própria língua, na tentativa de remover o pedaço alimentar que o está enlouquecendo. Mais uma vez...o futuro do mundo nas mãos de uma lasca de picanha. Isso é o Fator Humano.
Voltando aos Boeings e Airbus, sabe-se de toda a tecnologia que os envolve, mas jamais se pode esquecer que ali, na cabine, está um ser humano. E tudo que decorre disso. Anos atrás houve um quase acidente num jato da Japan Airlines que subitamente embicou para o solo e por pouco, muito pouco, não se espatifou. Após minuciosa investigação chegou-se ao laudo final. O filho adolescente do comandante tinha ido até a cabine e foi ele quem quase causou a tragédia. Isso mesmo, o comandante entregou o manche do avião ao seu filho teimoso. Imagine o diálogo:
- Pai, deixa vai, juro que vou pilotar só um pouquinho...
- Sai daí , guri.
- Ah,deixa pai, se fosse a mana você deixava...
- Mas que droga!! Tá bom, senta aqui duma vez. Pronto, estou tirando do piloto automático. Pode pilotar..
É de novo, mais uma vez, e sempre ele, o Fator Humano.
Ouvi de um tripulante de companhia aérea que eles tinham medo de um certo comandante pois o cara era alcoolista. E volta e meia chegava bêbado para comandar o avião. Sim, um comandante de jato bêbado.
Transponha isso para a área que você quiser. Poderia relatar-lhe os casos de anestesistas e outros especialistas médicos usuários de drogas. O cara estuda a morrer, se especializa, estuda ainda mais, se destaca profissionalmente para chegar ao meio da tarde e injetar em seu próprio braço uma ampola de dolantina. Ou algo similar. Eis o Fator Humano.
Alguém andou dizendo que se as pessoas soubessem dos porões da aviação comercial, as politicagens, as falcatruas, ninguém mais andaria de avião. Pois ouso dizer que se as pessoas soubessem de certas coisas que se dão dentro de hospitais e blocos cirúrgicos, ninguém mais se submeteria a cirurgia.
Certo, certo, desconheço detalhes e dados técnicos das causas da queda do jato da Air France. Mas tenho convicção que foi de novo ele, o inexorável, o inevitável FH.
Não se pode querer controlar tudo, tomar pé de tudo, administrar tudo. Chega-se a um ponto em que só nos resta nos entregar nas mãos dos outros e rezar para que dê certo. Senão a gente nunca mais vai andar de avião. Nem se operar de nada. Nem comer for de casa. Nem passear pela praça. A gente vai enlouquecer.
Relaxe, portanto. Voe à vontade. Marque logo sua cirurgia. Peça aquele Cheese-qualquer coisa e permita-se ser feliz.
Mas na hora do embarque aéreo, dê uma coringada e verifique se o filho do comandante está embarcando junto. Ou ainda pior, a amante do comandante. Ou a sogra dele. Isso pode selar a sua sorte. Em caso positivo, alegue a diarréia do Barak Obama e fuja para dentro do banheiro do aeroporto. Passe por “cagão” mas fique vivo. Como diria o Maquiavel....os fins justificam os meios...
Silvano – encharcado de humanidade

ESTOU VIÚVO...
...dessas duas celebridades que morreram agora há pouco. Na minha adolescência adorava a Farrah Fawcet, aquela linda pantera que alegrava nossas noites de Televisão. Loiraça, cabelão armado, charme à toda prova. Não chegou a ser um amor como o que eu tinha pela Barbara Éden (a Jeannie é um Gênio), mas foi uma paixãozinha de adolescente.
E a outra perda é o Michael Jackson. Cara, o mundo perdeu um de seus mitos. Confuso, perturbado, doente, é verdade. Mas antes de tudo uma vítima. Vítima de um pai espancador, talvez até abusador. Vítima da mídia cruel, da ganância e da inveja das pessoas. Apesar disso tudo, o cara é um divisor de águas na história da música, dos clipes, das coreografias, desse mundo todo que envolve a produção musical. Suas músicas são hits em todos os recantos do mundo. Sua dança é conhecida igualmente em qualquer lugar.
Nos dois casos...uma pena.

25/06/2009

21 junho 2009

Coisa de Gordo - 433



433 – LUGAR RUIM PARA SE VIVER
A culpa é da Martha Medeiros. Fui ler a coluna dela no jornal Zero Hora do outro domingo e ela cita a poeta carioca Maria Rezende com o seguinte verso:
- “Dentro de mim não é mais um bom lugar para se viver!”
O verso está num livro chamado BENDITA PALAVRA e no jornal citado a Martha faz então suas considerações acerca do verso. E ela conclui ser ainda um bom lugar para se viver. A Martha Medeiros concluiu isso.
Eu não.
A partir da leitura desse verso, completamente flechado que fui pelo talento da poeta, passei dias e horas remoendo esta idéia. E quanto mais filosofei em torno do tema, mais soturno e sisudo fiquei. Por isso atrasei a postagem desta semana. A conclusão me foi assustadora.
Sim, cara poeta Maria Rezende, posso lhe dizer que somos dois a partir de agora. Também me associo ao teu sentimento de desterro. De exílio de si próprio.
Seja pela correria dos compromissos profissionais, seja pela falta de tempo, pelo cansaço...seja pelos excessos, pelas horas mal dormidas, dei-me conta de que deixei de ser um bom lugar para se viver e já não é de agora.
Não conseguirei precisar as datas. Mas recordo que lá atrás, tempos passados, estive mais de bem comigo mesmo. Olhava-me no espelho e até que suportava o que via. Subia na balança e junto dos números sempre altos percebia sempre um rasgo de esperança, a chance de uma nova dieta, uma caminhada. Conversava com amigos e sentia neles uma reciprocidade de felicidade. Os dias passando, as horas indo ladeira abaixo na correnteza da vida, e sentia mais seguidamente a alegria de viver.
Fosse porque as crianças eram menores. As contas eram mais palatáveis. Os financiamentos mais exeqüíveis (não implique com este trema, o corretor do WORD insiste em colocá-lo ali).
Seguindo uma filosofia de vida de nossa família, diria que naqueles tempos eu era feliz e sabia.
Calma, não se exaspere. Continuo feliz, isso é importante que se ressalte. Não a felicidade plena, destituída de realidade e mais utópica do que palpável. Sou feliz ao jeito da Fernanda Montenegro que quando lhe perguntaram se era feliz respondeu: - Várias vezes ao dia.
Sou assim feliz. Juntando as peças do quebra-cabeça da vida, encontrando sim gotas, respingos, goles, suspiros e baldes de felicidade dentro das horas de um dia. Não é disso que estou falando.
Volto ao tema pinçado e reafirmo que atualmente também não sou um bom lugar para se viver.
Aquela tal crise dos quarenta não me veio aos quarenta, quem sabe esteja agora me batendo á porta. Mas não questiono os rumos e caminhos escolhidos, nada disso. Minha vida para rápido demais para que me perca em tais perquirições. A tal crise dos quarenta (tenho agora quarenta e seis) me coloca num turbilhão de coisas que tenho que fazer mas que não consigo fazer.
Pôr um tênis. Voltar a caminhar. Tirar mais fotos do que tenho tirado.
Ouvir mais música, meu Deus. Sexta-feira passada botei para tocar um CD que me acompanha faz décadas, tem a NONA SINFONIA DE BEETHOVEN interpretada pelo maestro Eugene Jochüm (este trema eu mesmo pus, afinal está no nome do cara). Um primor de poesia, de musicalidade, de viagem no tempo e no espaço. Certa feita, ainda jovem, fiz uma lista das dez música principais da minha vida e a Nona Sinfonia estava lá. Onde continua até hoje. Pois é, depois de anos, parei para escutar essa bela sinfonia.
Tem uma lista de amigos com tenho que jantar. Jantar para conversar, rir , falar da vida, criticar o Sarney e toda essa corja de Senadores. Jantar para poder fotografar os pratos e depois colocar aqui no BLOG. Pois bem. Não estou dando conta. A vida, já citei, está se indo muito celeremente. Não consigo organizar o tempo.
Tem uns dois médicos com quem tenho que consultar. E estou deixando, acomodando, protelando.
De fato, assumindo a tese materialista (na qual não acredito), eu diria para o meu espírito: - Vai-te, pobre espírito, não sou um bom lugar para se viver. Espírita que sou, não posso dizer tal frase. Primeiro porque não terceirizo meu espírito.. Eu SOU o meu espírito. E segundo porque basta me veja no espelho para saber isso que a poeta captou. Tanto ela quanto eu não somos mais um bom lugar para se viver.
Já fomos. Já fomos, sim. Talvez até voltemos a ser. Mas no momento....tá danado!
Silvano – o impossível

AS DEZ MÚSICAS
Só por curiosidade, falei nas DEZ MÚSICAS principais de minha vida e deixei o mistério no ar. A lista é dinâmica, ela varia de acordo com algumas coisas. Não saberia dizer as dez de hoje. Mas tem umas que entraram na lista e nunca mais saíram; São elas:
1) BRIGAS – Evaldo Gouveia e Jair Amorim, gravada por infinitas celebridades
2) NONA SINFONIA – Ludwig Van Beethoven – o cara
3) LA CUMPARSITA – el tango de todos los tangos – imperdível
4) DANCING QUEEN – do Grupo Abba – minha parceira vida afora
5) RONDA – do Paulo Vanzolin – clássico da MPB, eternizado também por inúmeras vozes
6) e outras que você poderá sugerir.....


10 junho 2009

Coisa de Gordo - 432


432 – Strogonoff Campeiro
Tem uns amigos nossos que são do ramo da alimentação comercial. O Romel e a Cristine. Aqui na cidade de Santo Antônio eles são os donos do EMPÓRIO DA PRAÇA, um aconchegante bistrô na cidade alta. Servem coisas as mais deliciosas, o ambiente é dos mais acolhedores. Mas não é isso que me traz aqui hoje. Falarei de uma nuance mais pessoal.
Fomos convidados para os aniversários deles, festejados conjuntamente numa mesma noite e lá nos fomos certos de bons momentos. Poderia falar do calor da festa, do ambiente descontraído, da boa companhia, da boa conversa, do fogo na lareira. Mas declinarei dessas coisas todas para falar de um achado que lá se deu. A Cristine, que é Nutricionista, preparou um prato que nos impressionou. O Strogonoff Campeiro.
Fui me servir na mesa do bufê e vi que era um strogonoff, mas fiquei inseguro quanto aos ingredientes. Vi que havia porções de carne, mas havia algo mais. Ao comer o prato percebi a jóia que me houvera sido servida.
Amigo(a), havia ali charque e pinhão mesclados com arte e maestria, numa composição de sabores que talvez eu nunca tivesse experimentado. Uma delícia, uma perdição. Enfim, deixo espaço para a receita do prato que a Cristine gentilmente me cedeu hoje de manha. Estive lá no Empório da Praça e pedi a ela a receita. Aproveite.
INGREDIENTES:
- 1Kg de charque de boa qualidade. Nem pense em usar esses “jerked beef” que se compra em Supermercados. Ela usou um charque cortado a mão e vendido pelo próprio açougueiro que fez o charque.
- 2 colheres de sopa de amigo de milho (Maisena).
- 2 cebolas médias picadas.
- 4 dentes de alho picados.
- 2 colheres de sopa de azeite de oliva extra-virgem.
- 2 potes de nata.
- 1 Kg de pinhões cozidos descascados e picados em rodelas. Atente para o seguinte. O peso de um quilo deve ser obtido após o mesmo ter sido cozido e descascado. Na hora de botar na panela para cozinhar, portanto, coloque algo em torno de um quilo e meio.
MODO DE FAZER:
Coloque o charque de molho durante vinte e quatro horas, trocando a água por pelo menos quatro vezes. Escorra bem a água e pique o charque em tiras ou cubos. Em uma panela de ferro coloque o azeite de oliva e refogue o charque. Essa água que vai destilar do charque deve ser recolhida e reservada. Quando estiver bem seco, deixe fritar e acrescente a cebola e o alho. Refogue bem. Traga de volta para a panela aquela água que foi reservada e acrescente o pinhão. Chegou a hora de entrar a Maisena. Dissolva a Maisena num pouquinho de água e despeje na panela. Espere o molho engrossar. A seguir, acrescente a Nata. Prove o tempero. Se preciso for, acrescente um pouco de sal, pois talvez no processo de dessalgar o charque você tenha deixado o negócio insosso. Pronto. Está feito o acepipe.
Aproveite o feriado e mande ver nas panelas. Corpus Cristi? Não. Corpus Charque!
Silvano – o herege

Ana Carolina - DVD Dois Quartos


Te olho nos olhos e você reclama
que te olho muito profundamente.
Desculpa...
Tudo que vivi foi profundamente....

Com essa frase marcante a cantora Ana Carolina dá abertura a uma dentre tantas belas músicas contidas no DVD de nome DOIS QUARTOS. Na verdade trata-se de uma produção do canal Multishow e traz as imagens e sons de um show ao vivo que ela fez em 24 e 25 de novembro de 2007 em São Paulo. Revivendo uma coisa que a Maria Bethania fazia trinta anos antes, ela ousa portanto declamar aqui e ali uma poesia. E esta que citei aí acima emoldura a música mais bela do DVD, aquela chamada É ISSO AÍ.
O DVD traz imagens lindas que a produção do referido show proporcionou ao público. O cenário é lindo, inspirado, as evoluções sobre o palco são perfeitas.
Numa certa altura um percursionista despeja jarras de água numa bacia para obter o som desejado, uma coisa assim meio Marisa Monte. O público se manifesta apaixonadamente o tempo todo, os gritinhos apaixonados das mulheres apaixonadas por ela são uma constante. Aliás, tem uma passagem engraçada. O coro feminino brada “Ana, eu te amo!” e os músicos entram com a melodia. Ai a artista levanta a música segurando os músicos e diz: - Deixa as meninas falarem! Ao que o público vem abaixo. E ela então continua.... “não se pode cortar um papo assim”.
Os arranjos são impecáveis, sem improvisações, tudo milimetricamente estudado e bem postado.
E aí se sucedem as músicas.
Muitos reconhecerão a QUEM DE NÓS DOIS com sua batida latina. É uma versão para a italiana La mia storia tra le dita.
Há sambas onde ela toca pandeiro e há sambas em que ela só canta.
Ela toca violão, toca piano, batuca, se desdobra.
O DVD é arte pura, os efeitos cênicos são lindíssimos.
E aí me entreguei ao deleite da faixa que causou a compra do produto. Trata-se da citada música É ISSO AÍ, uma versão da música THE BLOWER’S DAUGHTER. Já assisti à performance da Ana Carolina com o Seu Jorge no YouTube e é de se ir às lágrimas. Aqui neste disco ela canta sozinha, mas nem por isso perde força. Com sua voz tonitruante, sua força vocal descomunal, a artista alcança pontos e notas inimagináveis, levando-nos a curtir emoções raras.
O show vem vindo e lá pelas tantas ela entra com aquele texto ali do alto, pedindo desculpas por olhar tão profundamente. Li no encarte que o texto é livremente inspirado em obras do Fabrício Carpinejar e do Boris Pasternak. Ela declama o belo texto, como que anunciando ao nosso coração que a seguir vem coisa forte. Ato contínuo, senta-se ao piano e dedilha discretamente os acordes da música, inundando o espaço físico e afetivo do Teatro com sua canção. Vai tocando o piano e nos conduzindo numa viagem profunda de musicalidade, emoções, sentimentos. Quando se percebe, as lágrimas transbordam pelo peito e estamos ali, postados diante da tela da TV, espicaçados. Linda, linda, linda música. Linda interpretação. Linda cantora e sua linda voz. Um verdadeiro arraso.
Imperdível na sua coleção.
SILVANO – em lágrimas

04 junho 2009

Coisa de Gordo - 431


431 – SOPAS NO BUFÊ
Sim, o frio chegou e como que num ritual obrigatório, fomos às alturas da Serra Gaúcha. Para não enjoar das mesmas caras e locais, desta vez fomos a NOVA PETRÓPOLIS. Esta bela cidade de colonização alemã faz parte daquela pequena constelação de municípios dedicados a brilharem no turismo. Associam todas elas algumas coisas, umas mais outras menos. Tais coisas são:
- o frio
- o alto da serra
- a colonização alemã
- o turismo
- o chocolate
No meu singelo modo de ver essa constelação é formada pela estrela principal, Gramado, rodeada das outras estrelas que são Nova Petrópolis, Canela e São Francisco de Paula.
Canela não é alemã, mas aprendeu rapidinho a enfeitar as calçadas e fazer chocolate.
São Francisco é portuguesa, motivo pelo qual, de todas as citadas, é a mais atrasada. Mas mesmo assim tem seu charme, sua localização. Deixa o chocolate de lado por um tempo para se dedicar ao pinhão.
Os caras são tão cruéis que cercaram Gramado de pedágios. Para se chegar a Gramado, seja de que lado for você terá que pagar pedágio. E pedágio caro. Algo em torno de 5 ou 6 reais o automóvel.
Pois bem, eram momentos de frio aqueles que degustávamos em Nova Petrópolis. Tempos atrás, as pessoas falavam alemão por detrás dos balcões de Nova Petrópolis. A pessoa se sentia um estrangeiro na cidade. Agora eles estão mais cuidadosos, falam português entre si. Para não nos intimidar. Acho que isso foi planejado, turisticamente falando.
Com o cair da noite, tínhamos que jantar e escolhemos o acolhedor CAFÉ & CIA. É um local aprazível, situado na calçada de passeio de Nova Petrópolis. Naquele alegre ir e vir que a gente faz nessas cidades, inevitavelmente se passa por esse lugar. Fica na Avenida 15 de Novembro, 1727, telefone (54) 32811101.
Na noite que lá estivemos eles serviram um Bufê de Sopas. Pode-se pedir a sopa à la carte, mas a tentação do bufê é enorme. E melhor! São oferecidas quatro possibilidades de Sopas. Tem aquela que é sempre mais procurada, mais pedida, mais fantasiada, ou seja, a Sopa de Capeletti. Todo mundo se serve dela. E estava deliciosa. Quente. Sedutora. Acolhedora.
Passo seguinte, prova-se a Sopa da Vovó. É uma deliciosa sopa caseira, que de fato parece ser daquelas que a Vovó fazia á beira do fogão à lenha. Deliciosa.
Terceiro passo, vem a Sopa de Feijão. Diferente, encorpada, bem temperada. Uma experiência que deve ser vivenciada. Com um pãozinho então...
A seguir vinham mais duas que não consegui provar mas que igualmente receberam elogios, a Sopa de Ervilhas e a Sopa de Legumes.
Enfim, uma bela e “caliente” noite. O ambiente é dos mais agradáveis e aconchegantes e a conta é leve, leve. O preço do Bufê é em torno de 11,00 reais por pessoa. É pegar ou largar!
Noutras horas do dia, entre tantas delícias que oferece, os caras vendem um Apfelstrudel de matar de bom. Então já sabe, se organize e aproveite.
Silvano – aquecido à beira das panelas


04/06/2009

Sopa de Capeletti



A Rainha de todas as Sopas. Perceba a cor da massa, o jeito insolente do queijo ralado se despejando sobre o caldo, o calor emando do prato....

Calma, calma, use a colher....comer com a boca direto no prato vai assustar as garçonetes..

Descomunal.

Sopa da Vovó



Olhe a textura desse caldo. Não resisti e joguei uns pãezinhos torrados dentro. Sorvi o caldo quente quase que em lágrimas, murmurando..."vovó, minha vovó....essa sopa é luxo só"...

Confira quando for lá.

A Sopa de Feijão



Perceba cor negra do feijão em contraste com os alimentos ao redor. Uma imagem instigante. Você consegue olhar isso por breves segundos para logo a seguir abocanhar o forte sabor.

Imperdível!!..

O cara misterioso




Enquanto jantávamos, eis que vejo numa mesa ao lado esse soturno cidadão. O cara entrou encapuzado, ficou de capuz, comeu sua sopinha com o rosto sempre coberto. Fosse nos EUA teriam chamado o FBI. Como estávamos no Brasil, ele comeu sua sopinha em paz, sem deixar que vissem seu rosto.
Cada um que me aparece.....
Silvano