26 junho 2008

Coisa de Gordo - 382



382 – AS FÉRIAS DE MR. BEAN
Fomos ver esse delicioso filme na SKY e não pude deixar de voltar ao passado. Ao meu singelo e tosco passado e ao passado glorioso do cinema. O filme é bem previsível, mas nem por isso deixa de ser interessante. O clássico personagem Mr. Bean, criação do ator britânico Rowan Atkinson, sai de férias e por aí já se pode imaginar a série de confusões nas quais irá se meter.
A linguagem desse tipo de filme é bem interessante, talvez você não tenha percebido. Praticamente não há falas do protagonista. As poucas falas do filme são exclusividade dos outros atores. E aí é que me vejo jogado ao passado.
Tinha um amigo meu de nome Sérgio, que me apresentou, entre tantas coisas, ao doce toque do cinema francês. E dentro desse universo, me mostrou alguns filmes de um gênio chamado JACQUES TATI. Vi dois filmes dele, um em preto e branco (AS FÉRIAS DO SR HULOT – 1953) e outro colorido (MEU TIO – 1956). O estilo do cara era exatamente este do Mr Bean da atualidade. Os filmes não eram mudos, mas neles só se escutava o som ambiente, o barulho dos carros, as coisas caindo. A gente praticamente não conhece a voz do ator. Perceba que no filme do Mr Bean isso também se dá. Ele apenas balbucia coisas desconexas, em momento algum dá um discurso ou levanta a voz. Eis a magia desse tipo de filme.
No clássico AS FÉRIAS DO SR HULOT, a ação se passa numa colônia de férias, um local de veraneio onde o tal Hulot vai se divertir. Todas as cenas mostram os outros hóspedes, suas coisas, suas manias, seus trejeitos engraçados. Hulot chega para se hospedar e começam as confusões. Você está lá pelo meio do filme quando se dá conta de que – OPS! – ainda não aconteceu nenhum diálogo! E nem por isso o filme deixa de ser interessante.
Volto às férias de Mr Bean. Seguem exatamente este padrão. Certo, ele não chega a se hospedar e lugar algum, na verdade ele se mete em tantas confusões, tantos desencontros, que não consegue chegar a lugar algum. Mas a temática de fundo é a mesma! Coisas do cotidiano, pequenas confusões que desencadeiam grandes acontecimentos. O filme do Mr Bean é ágil, alegre, a gente não percebe o tempo passar.
Do presente ao passado. O outro filme que vi do Tati foi um chamado MEU TIO (Mon Oncle – 1956). Verdadeiro marco do psicodelismo, do choque do homem comum com as coisas e formas arquitetônicas de um mundo em transição. Imperdível para estudantes de Arquitetura. E em meio a isso, lá está o Tati, de novo em cena, de novo sem falar, dando show de arte cinematográfica. Obra-prima.
Você dificilmente vai se interessar por essas duas relíquias que citei. Mas poderá por certo buscar AS FÉRIAS DE MR BEAN na locadora. Ou ver o filme na SKY. Nota: 8,0. Muito bom!
Silvano – mergulhando no passado

Ficha Técnica
Título Original: Mr. Bean's Holiday
Gênero: Comédia
Tempo de Duração: 90 minutos
Ano de Lançamento (Inglaterra): 2007
Direção: Steve Bendelack
Elenco
Rowan Atkinson (Mr. Bean)
Willem Dafoe (Carson Clay)
Max Baldry (Stepan)
Clint Dyer (Luther)


E QUANTO AO MEU AMIGO SÉRGIO
Pois é, o cara se mudou para Florianópolis e nunca mais deu notícia. Mas deixou encravadas em minha memória muitas coisas de música, cinema, literatura e tantas outras coisas mais.


PARA DEMONSTRAR A ARTE DO TATI..
...coloco aqui abaixo um clipezinho extraído do filme de 1953, AS FÉRIAS DO SR HULOT. Perceba o som ambiente, os trejeitos do cara, a arte vertendo na tela do seu computador. O cara está indo de férias e, por engano ou acidente, cai no meio de um velório. Loucura, loucura...

26/06/2008

As Férias do Sr Hulot - 1953

19 junho 2008

Coisa de Gordo - 381




381 – GUARAH
Este mercado das bebidas é incrível. Quando a gente pensa que os caras estão calmos, já lançaram tudo que o mercado poderia absorver, aparece uma novidade. Na esteira destes produtos com menos gás e mais leves, a Antarctica vem lançar seu guaraná dentro desse mesmo parâmetro.
Li na rede que a campanha de divulgação é da DM9, mas ainda não vi nada na TV. A data de lançamento do novo produto foi 13 de junho. Fui ler a Revista Veja desta semana e ali me deparei com a propaganda de página inteira: GUARAH !
Sem ler nada e sem nada ouvir, de cara pude perceber o que estava chegando. Ficou óbvio que se tratava de mais uma bebida destinada a este segmento da H2OH e da Aquarius. Isso é o que se chama da talento na criação. O cara que bolou este nome sintetizou isso tudo numa curta palavra: - guarah !
Hoje me dediquei a degustar a novidade. Para começar, o detalhe no rótulo da garrafa avisa que é “açúcar zero”. Colocada na taça, é incolor, mais clara que o guaraná tradicional. O aroma é delicioso, levemente adocicado, tem um tênue traço de maçã.
Passo seguinte, chega-se ao gosto. Tem menos gás, tem menos sabor, mas tem tudo para dar certo!
A bebida é deliciosa! O sabor é leve, saudável, pouco encorpado, o que o torna mais atrativo.
A proposta inicial é vender a bebida em garrafas de 500ml e de 1.500ml, ambas PET.
Os caras aproveitaram o lançamento no Dia dos Namorados para dizer que um dia cada um encontra a sua cara-metade. Este é o mote da campanha.
Provei e gostei. Provei e adorei!
Jogada de mestre na Antarctica!
Os concorrentes que se cuidem (H2OH e Aquarius). Este mercado tem estado em expansão, já é cena bem comum ver as pessoas pedindo uma H2OH para garçons e atendentes. Pois que se preparem para repartir esta fatia light do mercado.
Fica uma curiosidade no ar. Quem abriu esta trilha na mata foram os refrigerantes de limão. Lançaram suas versões com menos gás e menos sabor. Agora vem o guaraná dizer que isso também é possível. O que mais nos aguarda neste setor?
Será que um dias as “colas” vão lançar versões menos gaseificadas e mais leves?
E a Fanta e a Sukita? Conseguirão ter suas versões “Fantah” e “Sukitah”?
E a Fanta Uva??..
Bom, por enquanto nos ocupemos desta bela novidade. Eu, de minha parte, terei que fazer meu estoque pessoal para enfrentar o inverno.
Bem se vê que quem fez a campanha publicitária não é gaúcho. Se fosse lançada por aqui, o slogan seria mais ou menos assim:
“Prá quê guaraná? Báh! Prefiro Guarah!”
Silvano – desbravando


LEITOR ANÔNIMO AVISA...
...uma coisa que eu já sabia. Mas que de fato merece destaque. Ele fala do Pastel de Camarão do Régis, no Km 01 da Estrada do Mar (Rio Grande do Sul). De fato, caro leitor (anônimo), o Pastel lá é delicioso e merece uma matéria especial. Vou ter que adquirir máquina fotográfica nova e ir lá provar e documentar. Me aguarde!


19/06/2008

Veja o filme do Guarah da DM9

12 junho 2008

Um clipe muito legal

Não deixe de ver esse clipe dos malucos do Pedra Letícia. IMPERDÍVEL. Persista na audição, até o ponto em que os caras começam a cantar em outra línguas. Muito legal. Para tanto, basta clicar no PLAY aí neste quadro abaixo e relaxar. SILVANO

Pedra Letícia...é demais!!

11 junho 2008

Coisa de Gordo - 380


380 – UM LIVRO NOTÁVEL
Eu nem precisaria comentar nada sobre este livro, afinal ele tem estado na lista dos mais vendidos da Revista Veja faz um tempão. Imagino, portanto, que talvez você já o tenha lido. Trata-se do 1808, de autoria de Laurentino Gomes. Logo abaixo do título, ali na capa, se lê: “Como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a História de Portugal e do Brasil.”
Uma bela síntese. O livro é delicioso. É um livro volumoso, largo, grosso, de 351 páginas mais um capítulo só de citações bibliográficas. A letra é grande, a gente progride rápido no texto. Se formos analisar com rigor, na verdade este seria um livro da história de Portugal. Ele traz o relato da vinda da corte portuguesa para o Brasil, e as conseqüências disso. O Brasil, na verdade, é apenas pano de fundo para o que está acontecendo. Mas o livro é interessantíssimo, o texto é ágil, leve, prende a atenção. Para dar idéias de valores, o autor se deu ao trabalho de converter riquezas daquela época para valores atuais. Assim, lá pelas tantas ele diz que o salário do fulano era tantos contos de réis o que daria tantos reais atuais.
Como sempre se dá nesses casos, a gente começa a ler e se desilude com os personagens históricos. Somos descendentes de um imperador português (Dom João VI) que é descrito como um cara gordo, molengão, comilão, indeciso, inseguro, profundamente católico, que morava sozinho em seu palácio. Isso mesmo, a Imperatriz Carlota Joaquina morava em outro palácio. Confirmando coisas já citadas em filmes e minisséries, o cara de fato carregava coxas de galinha assadas na manga do seu casaco, para comer durante seus passeios. E veio para o Brasil fugindo de Napoleão.
Desculpe a expressão, caro(a) leitor(a), mas o cara era um “bosta”.
O povo português que o diga. Diante da ameaça de Napoleão, a corte portuguesa simplesmente embarcou em navios e se mandou para o Brasil em fuga, deixando o povo português entregue à sua própria sorte. Isso mesmo, as tropas de Napoleão entraram em Portugal sem nenhuma resistência. Os nobres deram no pé e fugiram para o lado de cá.
A partir daí ficamos sabendo coisas da vida aqui no Brasil de 1808. Os costumes, as roupas, a sujeira das ruas, a pouca educação e civilidade das pessoas, a violência urbana. É um relato impressionante, recheado de detalhes, de coisas picantes, de histórias intrigantes.
Já no fim do livro o autor conta a história de um certo Luiz Joaquim dos Santos Marrocos. O cara era um graduado funcionário da corte portuguesa, bibliotecário, e que por isso mesmo manteve uma intensa correspondência com seu pai e o resto de sua família que ficaram em Portugal. Esse acervo de 186 cartas é um verdadeiro tesouro histórico, posto que o tal Marrocos narra as coisas da terra, os costumes, suas impressões, seu olhar pensativo. As cartas todas existem até hoje e contêm esta importante fatia da história das duas nações.
Enfim, um livro imperdível. Nota: 9,0!
Eu ganhei de presente de um amigo (Cecatto), mas você pode comprar na Siciliano. Custa 39,00 mas está em oferta por 26,00. Tá esperando o quê?
Silvano – o impossível


LADRÕES À SOLTA
Há uma sucessão de escândalos na política brasileira, a gente mal consegue acompanhar. Quando se está atento a um, aparece logo em seguida outro para chamar a atenção. Quero aqui falar da gravação que o vice-governador Paulo Feijó fez das falas sujas do deputado César Busatto. Uma vergonha, uma desfaçatez, era um corrupto falando abertamente ao vice-governador, propondo suborno abertamente. O tal Busatto deveria sair da vida pública, ser indiciado por corrupção, ser preso, deveria ir para o quinto dos infernos. O pior é que ele vem a público, tendo chiliquitos e ataques de fúria, como se grande coisa fosse. Digo e repito: Busatto, você é corrupto, podre, você envergonha o Rio Grande do Sul, você deveria estar preso, seu grande enganador. Enfim, isso é só uma opinião. Para mim, é mais um ladrão que está solto.


ENQUANTO ISSO, A GOVERNADORA..
...Yeda “Arrogante” Crusius, a exemplo do Lula no mensalão, vai dizer que não sabia de nada! É duro agüentar esta gente.


12/06/2008

08 junho 2008

Morreu o cara da Pringles



Esta saiu publicada na coluna XYZ do Jornal NH (assinada por Guilherme Schmidit e André Moraes). Morreu nos EUA, aos 89 anos de idade, o químico Fredric J. Baur, o inventor da embalagem que perpetuou a característica "crocante" das Batatas Pringles. Sim, aquele tubo cilíndrico, revestido de alumínio e vedado em cima.

Para não deixar de ser original, o cara foi cremado e pediu que colocassem suas cinzas aonde? Claro, dentro de um tubo de Pringles.

Silvano - o impossível

07 junho 2008

Leitoras comentaram mais tarde

Essa coisa de BLOG é uma doideira. A gente escreve uma matéria e, meses, às vezes anos depois, alguém vai lá, lê o troço e posta um comentário. Muito legal. Talvez alguém lembre que em 01/02/2007 escrevi pequena nota sobre a morte do escritor SIDNEY SHELDON. Duas pessoas comentaram o que escrevi, uma em dezembro de 2007 e a outra (chamada SAMANTA) comentou esta semana (07/06/08). O que escrevi está aqui neste link:
http://coisa-de-gordo.blogspot.com/2007/02/sidney-sheldon-010207.html

Eis o que disseram as duas leitoras (ou leitores):

Anônimo disse(07/12/07): Sabe o que é, Se houver amanhã, é uma estória emocionante. E por quê? Porque é bem escrita, porque envolve... O que importa não é o que está escrito, mas como. E Sidney Sheldon era um mestre nessa arte! E como você também sou fã de Jeanie é um gênio, passa na nick todas as noites depois das 22:00h. Dá uns seriados antes (todos muito bons), tipo Alf o é teimoso, Os Monstros, A Família Adams, Vivendo e Aprendendo, A feiticeira...

Samanta disse(07/06/08): Se você queria se impressionar com Sidney Sheldon, escolheu a obra errada. A melhor obra dele, se não a melhor de todos os tempos é "O outro lado da meia-noite", seguido de "Lembranças da meia-noite”. "Um estranho no espelho" também é excelente. Você acertou no comentário a respeito de "A outra face", apesar de prender a atenção, é um romance bastante comum.

05 junho 2008

Coisa de Gordo - 379



379 – LISTA DE CONVIDADOS
Quando você é convidado a uma festa nem de perto imagina o que se passou até aquele dia festivo. O trabalho que deu. Os contatos, os orçamentos, os cálculos. E que bom que isso é assim. Os anfitriões que queimem pestana. Aos convivas, canapés e cerveja gelada.
Imagine um casal apaixonado que resolve casar. Escolhem o mês, o dia, o local da festa. E aí é marcada a REUNIÃO! Esta Reunião é um verdadeiro teste, uma prova de fogo aos pretendentes. Aquilo que no início parece uma coisa amena e terna, aos poucos vai-se transformando em debate, embate e discussão. A Reunião se dá na casa dela, por exemplo, na presença do casal e dos pais dela. Para apimentar a conversa, às vezes uma irmã (cunhada) fica junto opinando.
As idéias são variadas, uns falam em casamento ao ar livre, outros rechaçam: - O padre Ambrósio não aceitaria fazer isso ao ar livre!
O noivo, que até então assistia a tudo calmamente levanta a mão e balbucia: - Vocês fazem questão do casamento na igreja? A casa quase vem abaixo! A sogra engole em seco e faz de conta que vai passar mal. A futura cunhada levanta irritada e vai até a cozinha buscar uma água com açúcar. A noiva com a face corada se aproxima do cara e diz: - Amor, a gente já conversou sobre isso. Para a nossa família, o casamento só vale se for na Igreja. O homem ainda tenta balbuciar: - Mas olha o que isso vai custar!! A taxa da igreja, a decoração, a chuva de pétalas e tudo o mais. O sogro intervém tentando desviar o assunto: - E aí, vai ser churrasco ou strogonoff?
Nessa altura a cunhada volta com o copo de água para a mãe, enquanto toma, ela própria, um uísque sem gelo. Passado o bafafá inicial, todos se reorganizam na sala e então entram na parte mais delicada da organização de uma festa: A LISTA DE CONVIDADOS.
A cunhada – sempre ela – toma de uma planilha com papel e caneta e começa a listar. Para apimentar (que é só o que ela faz) ela abre a lista colocando as palavras: NOSSA FAMÍLIA e do lado... OUTRA FAMÍLIA. O noivo tenta falar alguma coisa sobre isso mas logo é impedido. Começa o debate. Vamos ver, tem que convidar o Tio Nestor e sua família, o que já acrescenta nove pessoas.
- Nove por quê? – a noiva reclama.
- Ah, a Almerinda faz questão de vir ao teu casamento.
- Quem é Almerinda? – diz o noivo.
A noiva envergonhada balbucia:
- É a empregada do Tio Nestor que nos conhece desde que a gente nasceu.
Pronto, o rolo está feito!
Meia hora depois o casal fecha uma briga feia no quesito EX-NAMORADOS(AS). O noivo insiste que vai ser obrigado a convidar a Maristela pois, apesar deles terem namorado doze anos, o motivo pelo qual ela vai estar lá é que ela virou amiga da família.
- Amarildo (este o nome do noivo), você não me provoque! Olha que eu vou convidar o Beto.
- Que Beto? Que Beto? Você nunca me falou de Beto nenhum.
O sogro intervém de novo: - E aí, gente, vai ser churrasco de costela ou de picanha?
A cunhadinha (agora ela está mais íntima) lembra que tem que convidar o Padre Ambrósio.
- O quê!!? O quê!!?? Além de eu ter que me batizar, gastar os tubos na cerimônia da igreja, perder tempo e dinheiro em nome da religião, agora estão me dizendo que vou ter que levar este Pedófilo para a minha festa de casamento. Olha Rochele (este o nome da noiva), a coisa tá ficando difícil. Sei não, sei não...
Depois de passarem pela lista de colegas de colégio, colegas de faculdade, colegas de trabalho, colegas de estágio em São Paulo, colegas do Curso de Dança no CTG Porteira Guasca, o grupo começa a debater e opinar sobre o pessoal do prédio, os amigos do Posto de Gasolina, a turma de tricô, os parceiros da viagem ao Beto Carrero.
Passada a noite, todos estão alguns anos mais velhos, roucos, estressados, a cunhada volta para a Reunião de baby-doll (ela já está ficando mais que íntima, está ficando passada) e enfim a Lista de Convidados está concluída. As ameaças todas ficam impregnadas nas mentes de cada um. As ofensas, as ameaças (se o Valtor não for convidado eu não vou ao seu casamento, minha filha), as rusgas políticas (no meu casamento não entra gente de direita!!) e tudo o mais ficam como um cadáver no meio da sala.
A você, convidado, resta chegar na hora, sentar e levantar o braço: - Garçom, me traz aquela Skol bem gelada.
Aos anfitriões....as batatas.
Silvano – o impossível



NÚMERO EMBLEMÁTICO
Por mera coincidência, este COISA DE GORDO de hoje é o de número 379. No meu tempo de colégio, todos éramos numerados e este era o MEU número. Tanto que muita gente não lembra o meu nome. Mas sabe meu número de cor: - Vem cá 379 ! E lá vou eu. Para quem joga no bicho ou na megassena, eis a dica de aposta. Vai de 379 e tudo se ajeitará.


05/06/2008

Caem as Máscaras


Havia uma ilusão de que os políticos gaúchos eram diferentes daqueles do resto do país. Diziam alguns que aqui o povo seria mais politizado do que em muitos estados da União, que havia mais consciência cidadã e outras coisas mais. Os anos passados vieram nos mostrar que era mera ilusão. E vou mais além. Aqui nasceram e cresceram políticos da pior espécie. Corruptos de estirpe. Falsários. Enganadores. Esse escândalo do DETRAN gaúcho que já vinha se arrastando faz um tempo vem confirmar o que escrevi até aqui. A Polícia Federal indiciou 40 pessoas por desvio de dinheiro público. Ontem, para reavivar a nossa raiva, vieram a público as gravações das escutas telefônicas. Que bando de canalhas! Gente que se sentou lá na CPI e se mostrou ofendida em sua honra. Gente que fez beicinho para mostrar seriedade. E que agora, diante das gravações sonoras, passam a concorrer ao Prêmio Shell de Teatro. Verdadeiros enganadores. Embusteiros. E que dessa vez vieram do PP, ou seria PPB, ou quem sabe PPR, ou então PDS, que antes era ARENA! Claro, há ainda os que vieram do PMDB e uns que vieram do PSDB. Bando de vendilhões. Canalhas da pior espécie! Cada vez que a gente passa num posto de saúde e vê a fila de espera, vê os remédios que não chegaram na farmácia do SUS, vê a espera de cirurgias que nunca acaba...a gente tem que se dar conta de que são esses corruptos que causam isto. Roubam do povo, lesam a pátria e aí vão à CPI depor e negar tudo. Fazem cara de honra, ficam brabos, levantam aqueles dedos imundos em direção às câmeras. Ladrões, canalhas, usurpadores.
Forçado pela lei, renovei minha carteira de motorista recentemente, pagando algo em torno de 100,00 reais. Dinheiro para eles! Quinze dias atrás, paguei o IPVA do carro, algo em torno de 1.000,00 reais! Dinheiro para eles.
Será que a Governadora Yeda Arrogante Crusius não sabia de nada? Foi contaminada pela cegueira do Lula? Será que o Governador Germano Aumenta Impostos Rigotto desconhecia o esquema todo? É, vai ver eles também acreditam em Papai Noel.
Para os desinformados como eu, um amigo lembrou que este Lair Ferst que está no centro das denúncias é o marido da Miss Brasil Deise Nunes. A gente que veraneia em Garopaba olhava aquela mansão à beira-mar e todos diziam: - É a casa da Deise Nunes. Agora sabemos quem mantinha aquela casa! Nós!
Apesar de saber que são palavras ao vento (ou lágrimas na chuva, como diria o andróide do Blade Runner), morrerei bradando: - Cadeia nessa bandidagem! E o povo quer o dinheiro de volta!
Silvano – cadê o passaporte para o Paraguai?