27 janeiro 2007

Extra!Extra!

Extra! Extra! Surgiram novas informações sobre o gosto de REMÉDIO na Pepsi. Nossa leitora LILIAM manda mensagem preocupante, dando a entender que o problema é maior do que pensávamos. Vamos ao texto:

Oi Silvano. Tenho a triste missão de te informar, que o "gosto de melhoral"! Não está só na Pepsi Max.....Estive em Torres, no fim de semana, na casa da minha irmã que mora por lá. Entre as delícias culinárias que ela nos preparou, surgiu uma garrafa de Pepsi...normal mesmo, nem Light, nem Max, aquelas garrafas de 2,5 litros que eles lançaram lá pelo Natal. E tivemos a mesma constatação....GOSTO DE REMÉDIO!!!! Abrimos outra garrafa, verificamos prazo de validade.....tudo "legal", mas o sabor!!!!!! Resultado: - Voltamos ao supermercado, trocamos as seis garrafas de Pepsi pelas de COCA - COLA, e pagamos a diferença, pois de amarga....basta a vida!!!!!!!!!!!!!!! Liliam – do litoral norte gaúcho – trazendo novos elementos a este inquérito

24 janeiro 2007

Imagem da Semana - 25/01/07



Paralelo a isso tudo, aos problemas do Lula, à crise no Iraque, ao Cometa que rasga os céus, aos paredões do Big Brother...enfim...paralelo a isso tudo, permanece o Mar de Garopaba! Lindo, tranqüilizante! Paradisíaco! Sim, amigo(a), a vida vale a pena! Veja essa singela foto que lá bati e conclua que de fato...a vida vale a pena.

Silvano - recém-chegado e já com saudades

Coisa de Gordo - 308


308- Pepsi com gosto de Melhoral Infantil
Essa guerra das “colas” ainda vai nos levar à loucura. A exemplo de Judeus e Palestinos, a exemplo de Xiitas e Sunitas, a Coca-cola e a Pepsi-cola vão virar milênio sempre disputando mercado, brigando, correndo para ver se uma consegue subjugar a outra. Na esteira desse processo, eventualmente nós consumidores ficamos à deriva, sem entender nada.
Estávamos em viagem, falei de Garopaba na semana passada, quando abro um jornal de Porto Alegre e me deparo com anúncio de página inteira falando numa tal COCA-COLA ZERO, agora com zero de açúcar! Fiquei estupefato, boquiaberto, perdido. Como assim, agora com zero de açúcar? E o que é isso que temos bebido na Coca-light? Fomos traídos? Fomos enganados? Do que se trata, afinal? O slogan dos caras é “O que você não esperava. O sabor de sempre, zero açúcar”.
Mal pude me recuperar no primeiro choque, no dia seguinte novo anúncio, dessa vez veio a Pepsi e anunciou a sua PEPSI MAX, com os mesmos “zero de açúcar”! Nova traição, nova surpresa, o que é isso, gente de Deus? O slogan dessa é “máximo sabor, zero de açúcar”.
Fui buscar informações na mídia e descobri que a Coca vai lançar o novo produto exatamente no Rio Grande do Sul, partindo logo depois para outras praças. Mas que vai continuar com a Coca-light (que alívio). No rastro dela a concorrente Pepsi fará o mesmo caminho. Lança primeiro em terras gaúchas, depois parte para o resto do Brasil e igualmente permanecerá com sua tradicional versão light (alívio de novo). Ou seja, Brasil, nós somos as cobaias desses experimentos. Se a gauchada permanecer viva, eles então vão vender para o resto do país.
Intrigado, recém chegado de viagem, ainda com a areia catarinense na roupa, parei em um Supermercado daqui e comprei uma amostra de cada uma. Fomos experimentar em casa.
A coca parece ter mantido o sabor. Se a pessoa não for avisada, não perceberá a diferença, pensará estar bebendo coca-light. Olhei intrigado o novo rótulo, não consegui encontrar diferenças significativas, há um miligrama de sódio a mais aqui, uma molécula de um não sei o quê mais acolá, a gente fica meio sem entender. E é óbvio que fui sedento ao rótulo da tradicional coca-light para ver se falavam de açúcar e NADA! Ou seja, quem se basear no rótulo, vai depreender que a coca-light já é zero de açúcar! Mas ficou um receio no ar! Será que é mesmo?
Poucas horas depois, fomos testar a Pepsi Max. Gente, que coisa! Provamos e de cara a sra Kátia sentenciou “tem gosto de remédio”. Provei e concordei com ela, e acrescentei que eu sabia qual remédio tinha aquele gosto, me era familiar, eu o conhecia, fiquei sorvendo a bebida e revirando a memória até que matei a charada: - Isso tem gosto nítido de melhoral infantil! Todos concordaram!
Como pode isso? A Pepsi entregar essa nova fatia do mercado (eles dizem serem elas direcionadas aos jovens) assim de graça para a Coca? Eu pessoalmente não me importo, é dito e sabido que prefiro a Coca-light em detrimento da Pepsi-light, mas fiquei estupefato com o despreparo da Pepsi. Foi um passo em falso, o público vai identificar de cara! É gosto de MELHORAL INFANTIL!
De tudo que foi dito, resumo o seguinte. Permanecerei bebendo coca-light, deixarei a tal coca-zero aos jovens e me compadecerei dos que beberem a tal Pepsi-max. Olhaí, Brasil, quando o produto chegar aí em cima vocês já estão avisados! Se mata a sede, eu não sei, mas que deve ser bom para dor de cabeça, isso é de se esperar! O gosto é de remédio! E deve ser evitada em casos de suspeita de dengue!
Silvano – garoto-propaganda de meia tigela


PÁRA-CHOQUE DE CAMINHÃO
E eis que na BR-101 passa aquele velho Mercedes-Benz com a frase:
“O beijo é como o ferro de passar roupa. Liga em cima, esquenta embaixo!”
Esses caminhoneiros....


PALAVRA DO LEITOR
Silvano, já que comentei teu texto da semana passada não poderia deixar de me pronunciar sobre o texto desta semana. Primeiro quero registrar que admiro muito teu estilo e tua capacidade de escrever sobre o dia-a-dia. Em segundo lugar quero te dizer que Garopaba para mim tem gosto de infância. Tenho ótimas lembranças de férias, desde os meus cinco anos. Nós últimos anos estou meio relapso, mas até meus 30 anos não ficava um ano sem dar pelo menos um pulinho até lá. O cheiro do mar, os peixes, a areia, as ondas... ah Garopaba do meu avô, ah Garopaba do meu Pai, ah minha Garopaba!! Já avisei aos meus familiares (inclua-se tu) que minhas cinzas devem ser jogadas no Mar de Garopaba junto ao Morro da Vigia (aquele da direita de quem chega à Praia). Se tiveres disposição não deixa de subir o morro da esquerda que divide com o Siriú e fazer uma paradinha naquela pedra bem do alto, ficar sentado ali cinco minutos apreciando a praia de Garopaba, do Siriú e a imensidão do Mar, é inesquecível. Flávio – de Porto Alegre – discorrendo sobre as maravilhas de Garopaba. Pára de falar, Flávio, senão entro no carro agora e volto para lá...


25/01/2007

18 janeiro 2007

Coisa de Gordo - 307



307 - De Volta a Garopaba

Sem ter como evitar, mais uma vez nos deslocamos a Garopaba, litoral catarinense, para degustar umas férias. Curtas, mas férias. Quando digo sem ter como evitar é porque depois que se experimenta esta praia, a coisa meio que vira vício. A gente tem que voltar.

Vou me repetir para dizer que o local é aprazível, o clima ameno, o ar maravilhoso. Apenas a água do mar poderia ser um pouquinho mais quente, mas quem veraneia ao sul da Ilha de Floripa já sabe que vai ter que entrar em águas mais frias. Verdadeiro reduto da gauchada, tenho para mim que Garopaba é na verdade um município gaúcho que, por descuido, está dentro de terras catarinenses. Só dá placa de carro gaúcho, é só bandeira do Inter e do Grêmio nos carros, só se fala no Jornal Zero Hora e na Rádio Gaúcha.

Dente tudo que temos experimentado, devo falar na Sorveteria GELOMEL, uma verdadeira grife de sorvetes deliciosos, que colocou pontos de vend em tudo que é lugar. Além dos próprios lugares deles. Os sabores são deliciosos, dá para provar sorvete de Butiá, de Natorango (nata + morango), entre tantos outros. Uma verdadeira delícia. E que se situa ao fim de cada passo que a gente dá por aqui. Vai-se almoçar fora? Na saída, um sorvete Gelomel. Vai-se dar uma voltinha no centro? Passa na gelomel. E assim por diante. Até o fim das férias, ainda tenho que tentar provar todos os sabores. Não sei se vai dar.

Há coisas a serem melhoradas. Numa cidade onde só se vê gaúchos, faz falta uma agência do Banrisul - o banco dos gaúchos. Os caras da agência de Tubarão (longe daqui) apenas instalam uma maquininha de saque e extrato, sem o menor apoio técnico ao usuário. A gente enfrenta filas, para chegar na máquina e não conseguir sacar dinheiro, pois a leitora às vezes dá problema, coisas assim. Caberia ao distinto banco, pelo menos na temporada, colocar um Posto avançado, com funcionários, etc, para melhor atender os que aqui vêm.

Fora isso, as caminhadas na beira da praia têm feito a nossa alegria. O banho de mar, que concilia água clara, com ondas, sem grandes riscos de afogamento, merece destaque. As fotos....imperdíveis. E veja que tivemos que enfrentar a BR-101 em obras, mas a viagem foi calma e tranqüila. Se voltaremos? É claro que sim! E ainda mais que a BR vai estar cada vez melhor.

Um arraso. Não perca.

SILVANO - o impossível

PALAVRA DO LEITOR

Silvano, boa esta de limpeza. Uma parte das minhas férias estão justamentye reservadas para a arrumação de papéis (...) livros (..), enfim, acho que as férias serão pequenas para organizar tudo. Ainda faltam as roupas, calçados, etc. (...) Só não entendo como é que podes desprezar os textos do Veríssimo só porque ele defende o PT. Tu, que és de direita (e como és!!), mesmo que não admitas....nem por isso, muitos como eu, deixamos de apreciar os teus textos. Deixa de ser sectário e radical e reconhece a genialidade da maioria dos textos do Veríssimo. Daonde vem essa tua ojeriza pelo PT? Flávio - de Porto Alegre - sobre o texto da semana passada

RESPONDENDO AO LEITOR

Flávio, não sou contra o PT, sou contra qualquer governo ladrão! Sou contra o Maluf, o Quércia, o Severino, o José Dirceu, o Waldomiro, o Diógenes, o Sarney, e toda essa catrefa! Há escritores que do alto de sua lucidez sempre se posicionaram contra essa roubalheira, gente como o Millor Fernandes, o Hélio Bicudo, etc. Mas é claro que o Luiz Fernando Veríssimo é genial! Inclusive, muito do que eu singelamente escrevo, vem eivado do estilo dele que desde cedo me influneciou. Sem saber.

SÓ PARA IMPLICAR COM O LEITOR

Num misto de acaso e diversão, andei me batendo com celebridades do PT em Garopaba! Fiz questão de tirar FOTOS abraçado ao Miguel Rosseto e ao Raul Pont, enviando-as ao nosso leitor Flávio para provar que, de petista honesto, eu gosto.

18/01/2007

10 janeiro 2007

Coisa de Gordo - 306



306 - Faxina no Ano Novo
Essa mudança de ano mexe com algumas coisas em nossa psicologia, mesmo que se saiba que tudo continua igual, apenas uma folha do calendário virou. Mas sempre fica essa coisa do recomeço, do refazer, do reiniciar. Lembro de certa vez em que fomos fazer um orçamento para pintura de nossa casa, quando o dono da loja de tintas alertou que se quiséssemos pintar a casa ainda em dezembro o preço era tanto. Se deixássemos para janeiro ou fevereiro o preço caía a menos da metade. É que as pessoas querem “entrar o ano com a casa pintada” – explicou-nos ele. Isso aí, a casa pintada.
Na esteira desse processo, a gente se dedica à Faxina de Ano Novo. É aquele momento em que, despidos de certos pruridos e muitas frescuras, a gente se dá conta de que guarda muita bobagem ao longo do ano todo. Hora é, portanto, de colocar coisas fora, doar o que não se quer, destinar o que não nos serve mais.
Munido dessa motivação, tenho sentado olhos em setores da intimidade doméstica e fico estarrecido ao ver o quanto somos acumuladores. Juntadores de quinquilharias. De trecos. De coisinhas. Desde um parafuso até um sofá bi-cama que a gente jura que um dia vai precisar. Minha sogra sempre me lembra aquele saber popular que diz que quem guarda o que não precisa sempre tem o que precisa. Pode até ser, mas a persistir essa idéia, teremos que nos mudar para galpões!
Voltemos à minha biblioteca pessoal. Calma, não me julgue arrogante, apenas denomino biblioteca aquele pequeno agrupamento de livros que estão colocados numa mesma peça da moradia. Pois bem, o ano virou, estávamos aplicando a teoria da faxina do ano novo na garagem até que, entre caixas e prateleiras, surgiu um livro. Um livro inútil, perfeitamente enquadrável nos critérios da tal faxina. Vamos doar à Biblioteca Municipal – determinei. Surgiram outros na mesma situação. Os fui separando. E aí me dei conta de que podia fazer uma averiguação nos livros de minha (citada) biblioteca.
Fui com sede. Amigo(a), você nem imagina o quanto de livros eu separei para a doação. Impressionante. E isso que tenho uma relação estreita com os livros. Os adoro, os compro, os busco, os encomendo onde estiverem! Sou um leitor viciado, um dependente literário, tenho que ler e ler e cada vez mais ler. Não me julgue, portanto, um indiferente. Mas aí é que quero comentar. O tempo passa e a gente muda não apenas de ano, mas de referenciais. Havia ali, por exemplo, vários livros do Luiz Fernando Veríssimo. Em tempos passados eu era um aficionado leitor de seus textos. Muitos anos depois, ele apoiando abertamente os governos corruptos do PT no Rio Grande do Sul e no Brasil, vi que não o idolatro como antes. E assim destinei para doação a maioria dos livros dele que eu ainda guardava. Isso foi só um exemplo. Catei ainda livros sobre o Santo Graal, sobre milagres e profecias, livros sobre a Iugoslávia e a política nos Balcãs, livros com dietas estranhas, livros que sei que não terei tempo de ler, a vida é curta! A exemplo de um hamster que enche a bochecha de comida para só depois engolir, a gente vai empilhando coisas literárias na esperança de que um dia venha a ler, ou ler de novo. Não haverá tempo para tal “refeição”.
O que me leva a um outro devaneio. Quando morre uma pessoa e a gente vai examinar os seus pertences, os seus livros, os seus CDs, nem sempre aquilo reflete o momento de vida da pessoa que morreu. A gente muda de gosto, passa fases, evolui. E às vezes aquele LP da Beth Carvalho permanece em destaque no armário, em detrimento do show ao vivo do Keith Jarret na Alemanha. Portanto, viúvos e viúvas, cautela ao estabelecerem conclusões sobre quem morreu. Pode ser que aquele livro sobre o Movimento Gay na Lituânia tenha vindo de brinde em alguma cesta de natal, sem outras interpretações quaisquer. Tenha cautela, tenha cautela....
Fechando a história, levei quase vinte livros para doação! Pronto, o espaço ficou vazio, limpo, asseado. Agora, basta saber que tenho o resto do ano para preenchê-lo de novo. Com outros livros, outras coisas, outras histórias.
E você, está esperando o quê? Comece logo...
Silvano – defenestrando o passado


PÁRA-CHOQUE DE CAMINHÃO
E eis que na BR-290 passa aquela jamanta a todo vapor exibindo a frase:
“AERONAVE DE VÔO RASTEIRO”
Esses caminhoneiros....

11/01/2007

Imagem da Semana - 11/01/07



CD MARAVILHOSO
Nosso webmaster Geovanni, sempre ele, me fez escutar na virada do Reveillon um CD delicioso chamado Ritmos Del Mundo. Trata-se de uma espécie de campanha beneficente, onde os caras pegaram músicas conhecidas e as gravaram em ritmo cubano. Imperdível, latino, envolvente, “caliente”. A versão da música da Nora Johnes é de se ir às lágrimas. Tem uma do U2, entre tantas outras. Ficou curioso? O problema é que é um CD importado, o preço tende a ser caro. Na primeira busca que fiz custava 288,90 mas aí nosso webmaster me enviou o link de uma loja de CDs ( http://www.cdpoint.com.br ) onde saiu por 74,14. Quer ler mais coisas sobre o projeto? Então o endereço na rede é: http://www.rhythmsdelmundo.com/

03 janeiro 2007

Coisa de Gordo - 305



305 - Gordo Entala
Leio na mídia eletrônica notícia espalhafatosa a respeito de uma mulher que, por ser gorda, ENTALOU numa caverna. Nada mais estereotipado acerca dos gordos do que isso. Entalar. Nesse momento todos os preconceitos se despejam sobre nós, singelos gordos, entaláveis que somos. Para ser fiel aos fatos, transcrevo aqui um pedaço da notícia.
Uma mulher obesa ficou entalada na entrada de uma caverna na África do Sul, prendendo 22 turistas por mais de dez horas no local. Ela ficou presa nas cavernas Cango, na Província de Cabo Ocidental. O administrador da caverna, Hein Gerstner, disse que a mulher foi avisada de que poderia emperrar na passagem, mas ela insistiu mesmo assim em tentar passar. Tanto os turistas quanto a mulher não se machucaram. A operação de resgate envolveu diversas ambulâncias e um helicóptero. O acidente aconteceu pouco após o meio-dia da segunda. “A passagem tem uma base estreita. Ela perdeu o equilíbrio e ficou em uma posição parecida com um espacato. Não havia forma de ela conseguir empurrar seu corpo para cima”, disse Gerstner. Segundo o administrador da caverna, a mulher era jovem e se manteve “mentalmente forte”, o que facilitou a operação de resgate. Os demais turistas também teriam enfrentado a situação “excepcionalmente bem”, segundo ele. Um dos turistas que era diabético precisou receber uma dose de insulina. Duas crianças asmáticas também receberam cobertores, água e barras de chocolate. O material foi passado aos turistas por um pequeno espaço acima da mulher entalada. Nenhum equipamento de perfuração foi usado no resgate. Com a ajuda de roldanas e parafina líquida, ela foi retirada da passagem da caverna às 23h20. Ela foi levada a um hospital, onde passou a noite, mesmo não tendo sofrido nenhum ferimento. “Acreditamos que o que entra, precisa sair.”, disse Gerstner. Ele disse que a caverna vai rever seus critérios de admissão de turistas.
Pronto, está feita a confusão. Só o que falta agora é proibirem gordos de fazerem turismo! Mas não creio que se vá tão longe. Se formos tirar dos pacotes turísticos todos que estão acima do peso ideal, o saguão de muito hotel vai ficar às moscas.
Agora também, devemos ponderar uma coisa. Por que a tal mulher tinha que ter se enfiado (literalmente) numa caverna onde lhe disseram que ela poderia entalar? Puxa, assim também é de lascar! Que mico! Que vexame.
Grande parte dos gordos sabe o que significa entalar, basta que se tenha experimentado uma calça naqueles trocadores apertados de lojas populares (Lojas Pompéia, Casas Bahia, etc..), no calor, sem ar condicionado, só com aquele ventiladorzinho na nuca, para saber o que é entalar. Nos perdidos anos de minha infância mudei de vida por causa disso. Éramos jovens, e em três amigos fizemos uma pequena Peça Teatral, dessas apresentadas na garagem da casa da gente. O Flávio e o Tarso, parceiros de encenação, sabem do que estou falando. No início da peça, que envolvia vampiros e Condes misteriosos, eu tinha que emergir de dentro de um tonel para fins de assustar as crianças na platéia. Sim, aquelas oito ou sete pessoas eram a nossa platéia. Para sorte minha, ainda no ensaio, me agachei dentro do tonel, pernas fletidas, e no momento de assustar a platéia entalei no tonel, perna dobrada, corpo, etc, não dava para levantar. Os amigos riram daquilo por anos afora, mas sempre recordo de minha sorte pelo fato daquilo ter se dado no ensaio. No que resultou? Tive que trocar de papel com um deles, e talvez ali tenha sucumbido um Paulo Autran, ou algo parecido. Para sorte do Teatro brasileiro. Devemos isso ao tonel.
Voltemos à caverna. O relato traz detalhes dos mais interessantes. Perceba que o resto dos turistas parece ter aceitado na boa o fato de ficarem enrolhados por uma gorducha dentro de uma caverna. E isso que havia um diabético e dois asmáticos. Note que nunca se falou em processo civil ou indenização. Parece até que eles gostaram da aventura! O que não é difícil de se imaginar. Poderão contar, pelas suas vidas afora, que ficaram presos em uma caverna por causa de uma gorda. O que em muito desvaloriza nossa classe. Além disso, as declarações do gerente são impagáveis. Alegar que “tudo que entra tem que sair” e se valer de parafina, é no mínimo pitoresco de parte dele. Sim, aguarde que alguém vai fazer um Filme Catástrofe narrando o acidente.
Comportai-vos, portanto, gordos, diante de passagens estreitas. Se para passar na catraca (roleta) do ônibus a gente já tem que dar um jeitinho, imagina se pendurar na entrada duma caverna!! Cada uma que me aparece. Por favor, vexame não!
Silvano – envergonhado

04/01/2007

Imagem da Semana - 04/01/07



A exemplo de nosso leitor AUGUSTO, você também detesta essas coisinhas de Comida Japonesa. Mas aí você se depara com esse pratinho tão lindinho, tão suculento, ladeado por uma cerveja bem geladinha, as cores e os sabores dando o tom da noite. E aí, dá para resistir? Amigo(a), eu já aderi faz tempo. O Augusto até hoje não me perdoa, mas se ele um dia se permitisse... Bom, deixa assim. SILVANO