31 julho 2007

Dica de Filme - DVD


A CONQUISTA DA HONRA ( Flags of our fathers – 2006) : A gente pára para lembrar quem foi Clint Eastwood nos anos 70 e fica confuso. Como conceber que aquele cara durão, de pouca conversa e muitos tiros, o famoso Dirty Harry, o cara da Magnum 44, tenha se transformado nesse diretor sensível da atualidade? Pois é isso mesmo. Após vários filmes de guerra em que nossa sala de estar é toda respingada de sangue e pedaços de tripas, chega às telas (incluindo a da nossa TV) esse belo filme de guerra. Na verdade não é a guerra o foco principal. Eu chamaria este filme, se o tivesse dirigido, de O QUE A MÍDIA FAZ COM AS PESSOAS. A guerra na verdade é pano de fundo. O tema central é o descontrole de uma situação a partir da entrada da mídia (escrita, impressa, falada...) na vida de alguns soldados americanos que levantaram aquela bandeira famosa no alto da ilha de Iwo Jima. As tomadas são lindas, os atores ótimos, a música é bela. E a gente vai sendo levado de roldão, junto com os personagens do filme, num redemoinho de mitos e desinformação. Filmaço! Imperdível. A exemplo das Pontes de Madison, a música tem um lugar especial neste filme. Perceba, nas cenas mais cálidas, nos momentos mais sensíveis, a presença constante de um piano na trilha sonora. É, é bem característico do Eastwood mesmo! Nota: 9,5.
Silvano - opinando

Ficha técnica:
Gênero: Drama Tempo de Duração: 132 minutos Ano de Lançamento (EUA): 2006
Site Oficial: www.aconquistadahonra.com.br
Direção: Clint Eastwood
Roteiro: William Broyles Jr. e Paul
Música: Clint Eastwood
Fotografia: Tom Stern

29 julho 2007

PROJETO PARA ATLETAS


PROJETO PARA ATLETAS
Tendo assistido a todo o transcorrer do Pan-americano que ora termina no Rio de Janeiro, tendo lido nos jornais e noticiosos a seqüência de escândalos financeiros que assolam a nação, ousei ter uma idéia que poderia ser aproveitada para as próximas competições. Dinheiro para isso existe, Renan Calheiros, Zé Dirceu e Waldomiro Diniz que o digam. Eis uma pequena síntese de meu, digamos assim, “projeto-lei”.
Ficaria estabelecido o seguinte. Todo atleta que ganhou uma MEDALHA DE OURO neste Pan receberia um salário, bolsa, chamem do que quiserem de 5.000,00 por mês. Serviria como um estímulo. Tal benefício teria a duração de quatro anos, até que houvesse de novo a competição. O benefício se aplicaria a atletas premiados em Olimpíadas e Pans. Tomemos um exemplo. O Frank Caldeira que ganhou a maratona passaria a receber este salário de 5.000,00. Poderia se manter treinando, comendo, vivendo. Quando chegasse o próximo Pan, se ele ganhasse OURO de novo, mais quatro anos de salário. Se não ganhasse ouro de novo, perderia o salário.
Você acha muito dinheiro? Então perceba que o Brasil conquistou apenas cinqüenta e três medalhas de ouro, perfazendo um valor hipotético de 250.000,00 por mês de despesa para o governo pagar. Tal soma, perto da fortuna do Calheiros, da fortuna que se despeja no Bolsa-família, que se desperdiça com os Sem-terra...é cafezinho. Ou seja, com muito pouco, se incentivaria muito. Chegando a olimpíada, isso se repetiria. E assim por diante. Só valeria para Olimpíada e PAN.
Amigo(a), a luta por medalhas se multiplicaria, psicologicamente haveria este estímulo extra que faria o atleta dar o máximo de si, para poder viver de seu talento. Esportes coletivos ficariam de fora disso (muitos atletas) e esportes de elite também (hipismo, vela, etc). No atletismo, medalhas conquistadas em grupo (revezamento 4 x 100 , etc..) gerariam o mesmo valor que seria dividido entre o grupo (1.250,00 para cada um dos quatro).
Pronto. Está dada a largada para que multipliquemos nossas medalhas de ouro! Basta redigir esse projeto-lei, aprovar, sancionar e premiar já estes atletas deste PAN. Isso funcionaria como um incentivo, dando a estes atletas o benefício, para que os futuros medalhistas já se sentindo impelidos, dessem a largada para suas preparações.
Certo, chamem um deputado federal qualquer e mandem bala!
Silvano – dentro do espírito atlético vigente

Os Cubanos e o Pan 2007


ESSES CUBANOS....
....merecem nossa consternação. Verdadeira potência atlética, vice-campeões em medalhas de ouro, time de garra, técnica e força, conseguiram despertar na nação brasileira uma disputa pelo número de medalhas. Todos esqueceram a supremacia dos americanos e passaram a cuidar apenas deste embate Brasil x Cuba. Fim dos jogos chegando, os cubanos conquistaram a vitória, esse petezal todo, as esquerdas unidas do Brasil, os assalariados-comunistas (Carlos Heitor Cony et caterva) todos estavam em festa. Viu só? – diziam eles. Cuba é uma maravilha! ATÉ QUE OS ATLETAS CUBANOS começaram a desertar da delegação, para fugirem do país cruel em que vivem. Rá,rá,rá,rá....essa fechou com chave de ouro. Valeu, cubanos, deram uma bela lição nesses comunas todos. E para vocês que fugiram da delegação, a nossa consternação. Sejam bem-vindos a este país. Aqui se ganha menos medalhas, mas não existe paredão para dissidentes. Aqui os esquerdistas andam de carro do ano, viajam a Paris e criam “boizinhos” no campo. Aqui o presidente, mesmo corrupto, não é vitalício. Entrem, amigos cubanos, a casa é sua.
Silvano – hospitaleiro

Gordos no Pan


O QUE TINHA DE GORDO ATLETA NESTE PAN...
...não era brincadeira. Vi certas disputas no judô feminino,no arremesso de disco e em outras modalidades mais, onde os “atletas” eram carga pesada. Essa aí da foto, Priscila, do judô, pesa a bagatela de 116 Kg. Viu só? Nós também temos direito a medalha.
Silvano - advogando em causa própria

26 julho 2007

Coisa de Gordo - 334



334 - SOPA NO PÃO
Não, não se trata de nenhuma novidade, por certo você já comeu isso, já ouviu falar, até já preparou. Mas vou relatar sim, a delícia da SOPA NO PÃO. Há um Restaurante em Canela (serra gaúcha), que toma a si a autoria e a “patente” deste prato da culinária de inverno. O nome do lugar é CAFÉ CANELA – BISTRÔ. Antes se situava na esquina mais célebre de Canela, a esquina da praça central, agora se mudou para umas quadras abaixo. No cardápio eles colocam um texto de alerta, alegando que registraram as marcas “Sopa no Pão” e “Massa no Queijo” junto ao instituto de patentes. E que mesmo assim continuam sendo copiados, “pirateados”, estando vários restaurantes e vários concorrentes a servir essas duas iguarias. Fazer o quê? Neste país de faz-de-conta, tudo se copia.
Mas era uma fria noite de inverno e fomos em pequena turma familiar até o autêntico Café Canela (telefone: 54 – 32824422). Como era de se esperar, pedimos a famosa SOPA NO PÃO. O local oferece ainda a MASSA NO QUEIJO, prato que segue a mesma lógica do outro. No primeiro caso eles servem uma deliciosa sopa dentro de um pão italiano. Já vou falar sobre ela. No segundo, servem uma massa dentro de uma peça de queijo. Sim, senhores, um queijão inteiro, oco, onde se coloca a massa. Noutra vez que for à serra, voltarei lá para provar e então darei os detalhes. Além dessas duas vedetes, o cardápio oferece pizzas de sabores variados, pratos para crianças (filé, ovo frito e arroz) e outras coisinhas mais. E há uma página inteira do menu com “sabores” de sopas. Tem a Gulash, a de Queijo, Minestrone, Creme de Ervilha, Creme de Milho, entre outras mais. Pedimos a SOPA NO PÃO – SABOR QUEIJO, e quando digo pedimos, significa que cada pessoa na mesa pediu uma, trata-se de prato individual.
Sem demora, o garçom trouxe aquele verdadeiro “desafio” e colocou na frente de cada um. Sim, veio aquele pão italiano, redondo, casca dura, com uma tampa recortada, vazio de massa e cheio de sopa. A gente removeu a tampa e foi dada a largada para o deleite.
À medida que se foi tomando a sopa, que neste caso estava deliciosa, as paredes internas do pão foram sofrendo um lento processo de amolecimento, que se completou com as manobras que a gente fazia com a colher. Tomava-se uma colher, o pão amolecia um pouquinho, a gente conseguia pôr na mesma colherada um pouco da sopa com lascas do pão.
E o frio na rua acabou sendo suplantado por tanta caloria, aquela deliciosa sopa sendo consumida, o pão fazendo parte ativa do espetáculo. É aquela coisa maluca e inusitada, possivelmente fantasia inconsciente de todo gordo. Comer o alimento e depois comer o prato. Os educados do ambiente comiam da sopa e paravam. Alguns até arriscavam uma mordiscada. Postados frente a frente, eu e um cunhado decidimos prosseguir na caminhada enquanto as mulheres cruzavam os talheres.
O pão (ou o que restou dele) estava delicioso, o sabor forte do pão italiano sobressaindo. Meu cunhado até brincou que deveríamos pedir uma manteiguinha e umas fatias de queijo e salame para melhor degustar aquilo.
Amigo(a), foi de fato uma luta árdua. Mas conseguimos liquidar com o pão. Belo prato, caro (21,50 cada). A Massa no Queijo era mais cara (34,00). Aliás, um alerta. Não é lugar para se levar família grande, criançada, etc. Apesar dos tais pratos infantis, a conta cara sugere que se vá lá apenas em casal. Mais acessível, menos desperdício. Para três pessoas (uma criança), pagamos em torno de 100,00. Sim, há lugares bem mais caros, sei disso. Mas não custa alertar! E a cerveja Norteña que na noite de Porto Alegre custou 8,40 esses dias (garrafa gorda de 900ml), neste de Canela saiu por 10,60! É...a serra gaúcha não é para todos os dias!!!
Mas o que ficou em nossas memórias? É um belo prato, no meu entender deve ser degustado. O frio na rua, o ambiente agradável, o atendimento gentil, a boa companhia e tudo o mais, contribuíram para uma bela janta em família. Eu, se fosse você, me jogava de boca. Alguma dúvida? Dê uma olhadinha nas fotos abaixo.
Silvano – e aquela dieta, onde anda?

26/07/2007

Passo 1


O garçom larga essa delícia na sua frente...haja fôlego. A festa está apenas começando..

Passo 2


Veja que, com o calor, o pão vai cedendo...vai se entregando...

Passo 3


Veja que luta árdua....mas não desista...você vai conseguir!!..

Passo 4


A sopa já foi....agora a batalha final. De fato (como lembrou meu cunhado), bem que podia ter um salame, uma manteiguinha....

19 julho 2007

Dica Negativa de Filme


O nome do troço é EM BUSCA DA FELICIDADE, e esta foto aí ao lado diz tudo, é o Will Smith e seu filho na vida real interpretando pai e filho nas telas de Hollywood. O filme traz uma suposta história real, na qual um cara come o pão que o diabo amassou. Mas que DROGA! O filme se arrasta com uma tragédia acontecendo em cima da outra, o cara vai sendo ralado , estropiado, liquidado por tudo e por todos. Aí a gente fica na esperança de que lá pela metade a coisa dê uma virada. Nada disso, passa uma hora e nada. O cara continua ladeira abaixo! Mais meia hora, e a desgraceira persiste! Chega enfim o final do filme. Aí sobe um letreirinho fajuto dizendo que DEPOIS DISSO TUDO, o cara enfim se deu bem. Mas que droga! Se alguém recomendar, mande o alguém, o diretor do filme, o produtor do filme e as mães de todos eles para O RAIO QUE OS PARTA! Não perca seu tempo. Não se irrite como eu. NÃO VEJA ESTA DROGA DE FILME. Nota: 4,0.
Silvano - pelo jeito, antes de alguma refeição

18 julho 2007

Coisa de Gordo - 333


333 - DIETA SUICIDA
Na semana anterior comentei sobre dietas e acabei me lembrando de um tipo especial de dieta: - a dieta suicida! Não é uma dieta que se recomende a ninguém, na verdade, a dieta suicida é usada em casos de emergência.
Por exemplo, você tem um casamento para ir, vai ter que vestir aquela roupa diferente, um vestido longo (se mulher), aquele terno escuro (se homem), e lembra que a roupa por certo NÃO SERVE MAIS em você. Está justa, apertada, sufocante. Os dias passam, você vislumbra a festa ainda longe, vai deixando para fazer uma dieta mais em cima, quando se dá conta: - MEU DEUS, o casamento é daqui a dez dias!!!
Soou o alarme, tocou a campainha do pânico, você está premido pela situação, e agora... o que fazer?
Aí entra a DIETA SUICIDA. Uma dieta suicida compõe-se de um programa alimentar curto, em geral de sete dias, com diversas combinações de alface com rúcula. Há vários tipos de dieta que se podem enquadrar aqui nesta classificação. Tem desde a famosa Dieta do Limão, a Dieta da Lua, a Dieta do Copo D’água (imagina o que será que é livre nesta aqui??!!), entre tantas outras.
Não se trata de um programa de reeducação alimentar. Não servirá para você redimensionar a sua vida. Nada disso. A dieta suicida é um extintor de incêndio em meio às labaredas. Se parar para pensar, talvez você lembre de pessoa ou pessoas que morreram fazendo uma dieta suicida. Lembro dum caso, anos atrás, duma cantora bem gorda, meio deprimida, não muito famosa, que foi encontrada morta em casa. Na hora do Jornal Nacional o Cid Moreira sentenciou: - Morreu de inanição! Sim, amigo(a), a dieta suicida pode matar. Não é comum, mas pode! O que acontece é que se a pessoa está em meio a uma dessas e passa mal, ela simplesmente pára de fazer e se recupera. Mas alguns, de fato, já morreram.
O que motiva você a entrar numa canoa furada dessas é o tamanho do seu vestido (seu terno), só isso. Você vai experimentar e o troço não passa na barriga, fica esgarçado, aberto, sobra VOCÊ dentro da roupa. Você se vê ali, diante do espelho, verdadeiramente derrotado diante da roupa, do espelho, diante da vida, diante de você mesmo, enfim. Mas não há tempo para filosofia. A festa se aproxima, está em cima da hora, e você tem que ENTRAR naquela roupa. Pronto, você já está motivado para começar uma dieta suicida.
Com o passar dos dias você vai mudando de humor. Fica inicialmente agitado, falante, passa para uma fase mais introspectiva em que passa a odiar todos da casa que continuam comendo normalmente. Ali pelo terceiro dia você percebe que já brigou feio com dois ou três da casa. Olhando-se no espelho do banheiro, quase que dá para visualizar dentes afiados dentro da sua boca e garras selvagens nos seus dedos. Nada de unhas. São garras. Quem ousar cruzar o seu caminho será devorado, destruído. Você lembra da festa, come aquele meio tomate sem sal temperado com três gotas de limão, respira fundo e vai em frente. Se for mulher, seu ciclo menstrual fica uma bagunça, seu corpo, seu útero, seus ovários bradam minuto a minuto: CHOCOLATE! CHOCOLATE! Você se faz de surda, toma mais um copo de água e vai ver novela na TV.
Lá pelo quinto dia, já sem falar com o seu marido (esposa), tendo brigado com o zelador do prédio e com o seu colega de mesa no trabalho, você é convidado para uma festinha de aniversário de criança. Sem ter como recusar, lá vai você se enfiar entre negrinhos, branquinhos, tortas doces e salgadas, cachorro-quente e outras coisinhas mais. Meia-hora de festa, você some do salão e é encontrada dentro de um banheiro aos prantos. Chorando, mas vitorioso, você sai dali de cabeça erguida e vai para casa, sem ter largado da dieta suicida.
Chega o dia da festa, você está pelado de novo diante do espelho, a roupa pende da sua mão, eis a hora da verdade. Pronto, parabéns! O zíper do vestido sobe até em cima, ou no caso de homem, o botão mais alto do paletó pode ser abotoado. Você aliviado pensa que, com todos os diabos, valeu a pena.
Na festa, as pessoas percebem que você fala pouco, está meio reservado. Sabe por quê? É que você está tirando o atraso e passa a festa toda “embutindo” comida e mais comida! Haja engov e digeplus mais tarde. Mas não interessa. Você já está dentro da roupa. Basta não abri-la nem trocá-la.
Coma, coma e se recupere. Coma e jure para você mesmo que esta foi a última vez. Prometa que você vai melhorar, vai começar a caminhar, vai fazer um longo e suave planejamento para sua vida.
Sei lá. O máximo que pode acontecer é daqui a um ano você ser surpreendido de novo, tomando chá verde com acelga, e contando os dias para formatura da sua prima. Que dureza...
Silvano – extrapolando as medidas
19/07/2007

Imagem da Semana - 18/07/07


LUTO NACIONAL (sobre o avião da TAM)
Este é um país que vai pra frente...” dizia aquela musiquinha da minha infância. Pois é, parece que ficou só na musiquinha. Neste país de faz-de-conta em que vivemos, sabe deus quantos aviões ainda terão que cair para que se faça alguma coisa. Não estou sendo generalista na crítica, apenas observo e fico com a opinião de que isso aqui é a “Casa-da-mãe-Joana”, que aeroportos operam pistas sem condições, que controladores de vôo são sobrecarregados e fazem greve, que há espaços “em branco” no espaço aéreo nacional que os radares mostram. Enfim, é uma terra de ninguém. E nós que falávamos do Paraguai. O governo Lula de fato colocou pessoas em certos cargos levando em conta apenas o cunho político, não o técnico. Como disse um entrevistado dia desses, houve um “aparelhamento de cargos”. É comum que governos façam isso. Portanto, nada a estranhar que aviões comecem a cair, que o tráfego aéreo esteja nessa bagunça.
Nessa barafunda toda, qualquer pessoa adquire conhecimentos que jamais pensaria adquirir. Senão vejamos. Alguma vez na sua vida você imaginou que saberia o que é um TRANSPONDER, e ainda mais, que ele deve permanecer ligado durante o vôo de um avião? Alguma vez você pensou que saberia o que é um PROFUNDOR, ou seja, aquela parte do jato da Gol que foi atingida pelo Legacy? E por último, alguma vez você se preocupou em saber se a pista onde o seu avião iria aterrissar tinha GROOVING (ranhuras) na parte final? Ora, eu não quero saber dessas coisas todas! Eu não sou piloto, não tenho brevê, não trabalho em aeroporto! Quando uso aviões (pelos quais sou fascinado, diga-se de passagem), apenas quero tirar fotos, entrar, viajar, sair, tirar mais fotos e deu! Não me venham perguntar a capacidade de combustível nas asas, a força de propulsão e nem o tamanho do trem de pouso. Eu não tenho que saber disso!
Por que, então, tais dados vêm a público? Tal se dá porque as pessoas, órgãos públicos, instituições que deveriam dar conta disso estão falhando, estão incompetentes, estão aparelhadas! É quase como você levar seu filho para uma cirurgia e, face à inoperância do cirurgião, você e sua família começarem a decidir o fio cirúrgico, o tipo de incisão, aonde vamos colocar o dreno? É quase isso!
Esta tragédia mais recente com este avião da TAM, que enluta a todos e em especial nós gaúchos, origem do vôo, traz de novo esta sensação. O vôo já começou, não se sabe se vai chegar, não se sabe quem está no comando, não se sabe como vai acabar. A cirurgia já começou, nosso filho está lá, de barriga aberta e, no entanto, não há ninguém na sala de cirurgia que tome uma atitude, os fios e pinças estão espalhados sobre a mesa de instrumentos, será que vão remover o apêndice ou ressecar a hérnia? Ninguém sabe, tudo está em investigação e será averiguado. Quem sabe a gente deva entrar na sala, assumir a “costura” e assim salvar o nosso filho? Será que chegamos a este ponto?
Lembro de novo a musiquinha...“este é um país que vai prá frente...”, mas sou obrigado a me perguntar: – Certo, vai para frente, mas será que no fim da pista tem GROOVING?
Silvano - sorumbático

Chef Giordani 01


Depois de ler tantas e mais não sei quantas dicas e receitas neste Blog, Chef Giordani rompeu o seu silêncio e se fez presente. Resolveu dar um toque de classe e qualidade ao Blog, enviando, a título de curiosidade, algumas fotos de “obras de arte” cometidas por ele. Quero ver se eu o convenço a nos dar receitas eventuais. Por enquanto, aprecie e “babe” no teclado. Sabe o que é isso aqui ao lado? Trata-se de Risoto de Pequi na casca de Pupunha. Dá para resistir? Eu acho que não.
SILVANO

Chef Giordani 02



Vendo essa bela "paella", me vem à cabeça aquela música: .."isto é a felicidade, isto é a felicidade...". Que delícia.

Chef Giordani 03



E esses camarões, será que alguém vai ter coragem de desmanchar este prato? Sim, conheço alguém que vai....EU!!!

Chef Giordani 04



E agora, Chef, a gente come isso com garfinho, colherinha ou simplesmente "se atraca"? Gente, que delícia.....

17 julho 2007

DICA DE FILME PARA UMA TERÇA CHUVOSA


Em mais um filme falado num dialeto/língua ancestral, Mel Gibson (quem diria?) traz este belo filme de ação, selva, aventura e dor. Trata-se de APOCALYPTO, filme que a mídia poderia ter destacado um pouquinho mais. Dessa vez o filme é falado em MAIA, língua indígena da América Central. É um filme em alguns momentos violento, sanguinário, mas que traz em si uma grande mensagem de redenção. De catarse, de virar o jogo. Já na abertura o diretor coloca uma frase meio que justificando a invasão da América pelos colonizadores, mas isso não é o que move o filme. Com um desempenho brilhante de atores não muito conhecidos, o filme narra a epopéia de uma tribo de índios que é capturada por um grupo mais violento. As crianças têm um papel fundamental na trama, desempenhando as cenas das mais emocionantes. Aliás, há uma cena que me marcou pessoalmente. Os pais e mães de um grupo de crianças vão sendo levados como prisioneiros, sendo que seus filhos vão sendo deixados para trás. Aí surge uma menina de dez/onze anos que vai organizando os abandonados em torno de si, tomando a si o papel de condutora daquele estranho grupo de órfãos. E num desenlace seguinte, ela assume de vez o destino das crianças, como se adulta fosse. Que consciência maravilhosa, diante da vida! Que noção do papel a executar. Esta cena, curta e fugaz, me impressionou sobremaneira. Filmaço, tem que ser visto. NOTA: 8,5. Silvano
Ficha técnica - Título Original: Apocalypto Gênero: Aventura Tempo de Duração: 139 minutos Ano de Lançamento (EUA): 2006 Site Oficial: www.apocalypto.com Direção: Mel Gibson Roteiro: Mel Gibson e Farhad Safinia.

16 julho 2007

Recado do Leitor - 04


Silvano, estas tortas DIVINAS, nozes e frutas vermelhas, são de uma Pâtisserie de Porto Alegre, Rua Quintino Bocaiúva, em uma garagem, na frente do Grêmio Náutico, não tem erro. Não tem degustação, é por encomenda, 32644198, dedo no gatilho, pois vale a pena, a família merece, e nós, também. Pâtisserie Diego Andino, um Argentino, um artista. (...) Professor Zeca – litoral norte gaúcho

Recado do Leitor - 03


Recebi este dica do leitor CONRADO , sobre este filme que eu assisti no CINEMA, não foi nem em DVD. Muito legal o filme, muito legal o recado. Disse ele: Olá, Silvano...!! Já tem um tempo que gostaria de postar algum comentário sobre seu blog e a proposta do mesmo. Bem, já que o estou fazendo, quero dizer que é de muito bom gosto (também no sentido palatável) o que nós, visitantes, encontramos neste simpático "link". Gostaria de registrar que também faço parte do universo "gordo" e me identifico muito com os assuntos tratados aqui. Sempre acompanho de perto suas dicas sobre filmes, pois também sou fanático pela telinha. Falando sobre ela (a telinha) quero relevar o filme "Déjà vu" (com o ator Denzel Washington) e dizer para quem ainda não viu que não perca a oportunidade de assistir a um belo e bem estruturado filme no estilo policial. No mais, fico por aqui, deixando um abraço e os parabéns pela proposta. Conrado - de Santo Antônio

Recado do Leitor - 02



Flávio Rogério, dos arredores de Santo Antônio, no amanhecer do dia 12 de julho, 5ª feira passada, nos enviou esta foto gelada e seu breve relato. Brrrrrr...que frio. Disse ele: Olá Silvano! Dá uma olhada nas lindas imagens de hoje de manhã no meu esconderijo. O frio tava de trincar o beiço. Um grande abraço. Flávio.

Recado do Leitor - 01



O Professor Zéca, o Papa da Hidroginástica no litoral norte gaúcho, andou por São Paulo e nos envia recados: Caríssimo Silvano, fomos felizes na nossa curta empreitada por São Paulo. Tudo transcorreu dentro da normalidade do Brasil de hoje: Fomos sexta feira à noite, para o Aeroporto, embarcamos no sábado, às 10:00h da manhã. São Paulo brada sempre que não pode parar, mas os engarrafamentos mostram o contrário, milhões de Paulistanos, e outros, parados, por muito tempo, à espera de uma "andadinha". É um sofrimento, com certeza. Esta é a foto de uma IGUARIA indiana, chamada de Laiscarê, ou coisa parecida, que minha Sogra, Dona Cíntia Kamimura, prepara com uma grandeza incomum. Não adianta eu repassar a receita, esta IGUARIA deve ser saboreada. Como primeiro passo, é um convite........ No mais, tudo bem. (...) Contrastes: São Paulo é a cidade que mais tempo fica sem parar sua vida e é também a cidade que mais tempo fica parada em engarrafamentos. Isto é o Brasil. (...) É difícil entender o Brasil, nos resta viver este País, este coração que pulsa dentro de cada sobrevivente Brasileiro. Ficamos por aqui, um forte abraço. Professor Zéca – o papa da hidroginástica

12 julho 2007

Coisa de Gordo - 332

332 - A SOGRA E A DIETA
Tem certas coisas que são difíceis de se fazer. Dieta é uma delas. Às vezes me perguntam se ESTOU de dieta ao que eu respondo que eu SOU de dieta. Sim, desde que comecei a pagar Imposto de Renda, comecei a trabalhar, enfrentei as agruras da vida, percebo que sempre estive de dieta. Às vezes largava, ás vezes desistia, às vezes mudava, mas a DIETA sempre esteve ali. Uma parceira incômoda de vida. Namoro? Lá estava ela, sentada à mesa. Viagem? Ia a dieta junto. Trabalho, emprego, profissão? Éramos dois a trabalhar, eu e a dieta. Já fiz várias, já larguei muitas, já reiniciei todas. É minha sina.
Mas eu dizia que é difícil fazer dieta e há coisas, pessoas, circunstâncias, enfim, que botam uma dieta a perder. Já me surpreendi em velório, atracado num doce que não comia fazia meses. Briga de casal, fracasso no trabalho, o Lula no governo, tudo isso tem o poder de acabar com uma dieta. Naquela hora de desespero, de desencanto, a gente se entrega ao “consolo” mais habitual Comer o que é proibido!
Numa outra linha de raciocínio, há situações e pessoas que também liquidam com as nossas dietas, mas daí não por desencanto, nem desânimo. Por exemplo, você vai ser homenageado numa Creche Comunitária, aquelas cento e cinqüenta crianças cantam umas musiquinhas para lhe homenagear, até que a diretora do local aparece pela porta principal do salão empurrando um carrinho onde se vê uma gigantesca Nega maluca. Os alunos se agitam, você olha para aquilo sem entender, até que a mulher larga o carrinho e lhe explica que os alunos estiveram o dia todo em função daquilo, preparando aquela homenagem para você em forma de bolo, que cada um deles ajudou um pouquinho. E que agora é a hora de você COMER aquela delícia gigantesca. Não há o que fazer, amigo(a). Você não vai cometer essa indelicadeza! E quem passa na rua enxerga você atracado na Nega, disputando a cobertura com os alunos do Maternal II .
Aqui entra a minha sogra. Pessoa das mais prendadas, ela traz em seu DNA toda uma formação culinária italiana. Faz pratos dos mais apetitosos, doces dos mais imperdíveis. E, por força disso, ela acaba trucidando com muitas de minhas dietas. Mas também...não dá para fazer esta desfeita para ela!!! Seu último ato, neste sentido, foi uma loucura chamada MASSA ENROLADA. Não vou dar detalhes da receita, pois ela não entrega o jogo fácil assim. Mas pelas fotos, você vai perceber quase toda a receita. Faz-se uma massa clássica, recheia-se com guisado temperado e cozido e vai enrolando a coisa, como se fosse um rocambole, usando um pano de prato e amarrando com um barbante. Cozinha em água numa panela grande. Retira da panela após o cozimento, retira o pano com cuidado para não quebrar, corta em fatias. Essas fatias serão colocadas num refratário e sobre elas se coloca molho e queijo ralado. Põe isso no forno. Está pronto! Agora, é só se atracar. Prato delicioso, arrasador, devastador, uma verdadeira hecatombe no mundo das dietas.
Dá para magoar minha sogra? Claro que não. Então, me passa o prato, por favor. Que maravilha.
Silvano – a beira de um ataque de calorias


ESSE PAPA SÓ DÁ BOLA FORA....
Primeiro ele foi cutucar os islâmicos, falando coisas do Maomé. O mundo árabe todo se eriçou, o cara teve que se desculpar, explicar, apaziguar. Agora, o Papa Bento XVI vem atacar seus parceiros de crença, investindo contra os evangélicos, batistas, luteranos, espíritas e o cacete a quatro. Pô, Ratzinguer, contrata um profissional de RP para ver se ele te orienta nas tuas relações públicas! Que cara bola fora, só dá balão.


E O RENAN CALHEIROS...
...aquele que era amigo do Collor e agora é amigo do Lula, continua dando tapas na cara da sociedade, dizendo: - Roubei, roubo, vou roubar ainda mais...e aí....vai encarar? É muita canalhice.


ESSE FRIO DE RACHAR....
....tem me feito descobrir coisas que julgava terem sido extintas. Uma delas foi o “cuecão”, aquela ceroula branca que se veste sob a calça. E a outra foi uma surpresa da sra Kátia. Ontem ela me apareceu com um Lençol Térmico. Amigo(a)....como é que eu vivi esses anos todos sem isso??


12/07/2007

Passo 01


A massa saiu da panela, devidamente cozida e ainda envolvida pelo pano de prato, que cozinhou junto.

Passo 02


Aberto o pano, eis o aspecto da massa. Bela, fumegante, tenra.

Passo 03


Cortando a massa, a autora desta obra de arte vai preenchendo o prato refratário que depois voltará ao forno.

Passo 04


Eis as rodelas, prontas para voltarem ao fogão. Só que, desta vez, vai ser no forno.

Passo 05


O toque final antes de ir ao forno, o delicioso molho e o queijo ralado. Só me resta dizer...loucura...loucura....loucura...

07 julho 2007

Dica de Filme num domingo chuvoso


SCOOP – O GRANDE FURO
Uma vez Woody Allen, sempre Woody Allen. Passados alguns anos, a gente pensa que o cara sumiu do cenário, mas lá vem ele com outro filme. Neste caso, um delicioso filme. Trata-se de uma comédia romântica leve, divertida, onde Allen interpreta aquele seu personagem padrão, um cara nervoso, inseguro, atrapalhado, com tiradas espirituosas ao longo do filme. O problema é que aqui vale aquela coisa que já se fala do Jim Carey: ou se ama, ou se odeia. Não amo Woody Allen, mas gosto dos seus filmes. Quem nunca se emocionou com Annie Hall (Noivo neurótico, Noiva nervosa)? Pois bem, neste novo filme algumas coisas estão de volta. A exemplo de O Último Dia na Vida de Boris Grushenko, a Morte dá as caras neste filme. Sim, o cara é obcecado pela morte. Mas ela entra de forma divertida e convincente. O interessante é que Allen não aparece no cartaz do filme, ele agora lança mão de outras celebridades para divulgar. Aí entram a bela loira Scarlet Johansson e o eterno Hugh “Wolverine” Jackman. Filme agradável, divertido, ótimo. Nota? 8,0 . Silvano – atento.
Ficha Técnica
Título Original: Scoop
Gênero: Comédia
Tempo de Duração: 96 minutos
Ano de Lançamento (EUA / Inglaterra): 2006

05 julho 2007

Só uma foto


Coisa de Gordo - 331


331 - A Maldição da Fatia Doce
Não se assuste com este título pomposo, a coisa é mais simples do que você imagina. Remova neste momento o tédio e a lassidão e ative a sua imaginação. Imagine-se sentado numa mesa de Pizzaria onde você e seus amigos foram comer rodízio. Você sabe que vai degustar todos aqueles sabores deliciosos, aqueles outros sabores inéditos e outras coisas mais. Há uma ordem natural no servir das pizzas, é óbvio. Os caras começam com as salgadas para, depois, adentrarem na área das doces.
Sempre que vou a um lugar assim, paira sobre minha mesa a “maldição da fatia doce”. Começo a comer as fatias de pizza, os garçons tentando dar aquele “abafa” logo no início, e sinto ao redor da mesa a presença da maldição. As fatias vindo, os minutos transcorrendo, e fica no ar aquela possibilidade. Até que soa o gongo.
Em geral uma criança ou uma mulher é quem dá a senha, o start, o começo da coisa. A gente está atracado naquela deliciosa porção de pizza alho e óleo e um garçom passa com uma bandeja de pizzas doces. Coisas do tipo Chocolate Branco, ou Charge. Aí a referida criança ou mulher balbucia: - “Acho que vou pedir uma fatia de pizza doce.”
Ao escutar esta frase eu tremo nas bases. Ela prenuncia a chegada da Maldição da Fatia Doce. Aí eu converso com a pessoa, amiga ou familiar, tentando dissuadi-la da mudança. Calma – eu argumento – espera mais um pouquinho. Não passa tão rápido para as doces, veja bem...
Via de regra a pessoa faz desdém de meus apelos, diz que nada de diferente vai acontecer, alega que cada pessoa é livre para escolher o sabor que quer e outras coisas mais. O garçom passa com uma pizza Chocolate com morango e a maldição desce sobre a mesa: - Me dá uma fatia desta.
No que o garçom acomoda a fatia de pizza doce no prato do “traidor”, uma névoa de energia negra envolve a mesa. A partir daí os outros garçons que estavam trazendo as salgadas pensam que você, o “traidor” e todo o resto da mesa já passaram para as pizzas doces. E param de trazer as deliciosas fatias salgadas.
Passam na mesa ao lado trazendo gostosuras como a Calabresa, a Portuguesa, a Mafiosa, a Quatro Queijos, a Bacon, a Camarão. Você suspira,acena, chama a atenção deles, mas que nada. A indiferença é o que eles lhe reservam. Já os garçons das pizzas doces, eufóricos, começam a entupir a sua mesa com fatias adocicadas. Para eles isso significa que vocês já estão pensando em ir embora, eles dão de novo aquele “abafa” para ver se vocês param de comer, pagam e vão logo embora.
E você chama, se remexe na cadeira, resfolega. Acalme-se, amigo(a), não é culpa do garçom, nem do pizzaiolo, nem sua. É ela que se instalou. Aquela verdadeira nuvem negra envolveu sua mesa e para comer uma fatia de Palmito com catupiri você vai ter que se levantar e falar com o gerente.
Sim, eis a Maldição da Fatia Doce. Você bem que tentou avisar, mas agora é tarde demais.
Escolha suas companhias, mentalize, treine sua equipe, parta para o ataque. E por favor, não caia na armadilha dela, a poderosa, a cruel, a sórdida Maldição da Fatia Doce.
Silvano – descompensando


ENQUANTO ISSO EM BRASÍLIA...(sobre o Roriz)
...mais um corrupto renuncia para não ser cassado, voltando na próxima eleição pelos braços do povo. É como diz o Flavinho, meu cunhado sociólogo, essa gente reflete o povo desta nação. De fato, Flavinho, um povo corrupto espera ansiosamente a próxima eleição para eleger os Roriz, Zé Dirceu, Maluf, Sessim e todo o resto da catrefa.Senhor....tende piedade de nós.


SE O RENAN CALHEIROS.....
...não engana ninguém com a procedência da renda dele, por que o Imposto de Renda, a toda poderosa Receita Federal nunca o pegou na malha fina? Por que eles só perseguem a Classe Média? Por que, meu Deus, por quê? Senhor...Senhor....escutai a nossa prece.


DESPEDIDA DO ZÉ ROBERTO
Recebo texto por e-mail, de suposta autoria do jogador Zé Roberto, que reside na Alemanha. Não sei se de fato o texto é dele, mas é arrasador. De tão real e bom. Lá vai:
"Inicialmente gostaria de expressar minha gratidão ao Brasil. Foi com prazer que por muito tempo defendi a camisa canarinho e me orgulhei de ser brasileiro. Infelizmente este país não faz mais parte de mim. Por muitos anos vivi com minha família na Alemanha e me identifiquei completamente com o país. A despeito de certos intolerantes e racistas, que são minoria, minha família se integrou totalmente ao modo de vida alemão. Minhas filhas mal falam português e são totalmente fluentes em alemão. Para voltar ao Brasil, isto pesou muito. Queria que elas se sentissem, como me sentia, brasileiro. Queria que conhecessem o meu país, que falassem a minha língua nativa, queria mostrar o lado bom do Brasil, um pouco diferente daquilo que volta e meia aparece nos noticiários de TV alemão. A tentativa foi em vão. Muito embora tenhamos ficado em uma cidade muito acima da média do padrão de vida brasileiro, os males que a assolam me parecem regra, não exceção na vida brasileira. Não nos era permitido andar sem seguranças; minhas filhas não podiam em hipótese alguma passear ou brincar na rua; ir à praia, que fica a menos de 100m de nosso apartamento, também era contra a recomendação do que nos passavam os seguranças companheiros de clube. Todo o tempo que estivemos no Brasil, ainda que livres fisicamente, éramos reféns psicológicos. Mesmo sendo um ídolo local, o risco parecia nos acompanhar a cada esquina virada, a cada momento em que passeávamos. A sombra do seqüestro ocorrido dois anos atrás com outro ídolo local, Robinho, nos perseguia por todos os lados. Assistir o noticiário televisivo alimentava ainda mais nossos medos. Por sorte, minhas filhas não entendem muito bem português. Se entendessem, descobririam um país em que o crime está por todos os lados: está nas escolas, está nas faculdades, está no JUDICIÁRIO, está no CONGRESSO / SENADO e está até mesmo na família do PRESIDENTE . Imagino o choque cultural para elas, criadas em um país com padrões morais tão rígidos. Me ponho no lugar delas, penso como deve ter sido desagradável esta estadia no Brasil. O que pensavam quando dizíamos que elas não podiam andar livremente nas ruas? O que pensavam quando dizia que era melhor não dizer às amigas que eram minhas filhas? Como entendiam que não brincar na rua, não passear em parques e que sempre andar com aqueles homens que não conheciam era o melhor para elas? Minhas filhas devem ter detestado o Brasil. Foi com muita alegria que receberam a notícia de que voltaríamos à Alemanha. Além da segurança, há a questão da discriminação. Embora etnicamente muito diferente da população local, minhas filhas sempre foram respeitadas e nunca vistas com menosprezo. Aqui no Brasil, onde todas as raças se misturaram e não dá para saber quem é o que, sofríamos com um tipo de discriminação inimaginável para elas: Éramos vistos como anormais por nossa religiosidade. Por aqui imaginam que negros sofram de racismo na Alemanha, mas praticam uma intolerância inexplicável por sermos evangélicos. Ou, como é dito pejorativamente por aqui, somos "CRENTES", palavra carregada de maus juízos. Dentro do futebol, jogadores como eu, que se organizam em grupos chamados de "Atletas de Cristo", são vistos com ressalvas, especialmente pela mídia que acompanha o esporte. Por todos estes motivos, levo minha família de volta à Europa. Pelo meu sucesso e também pelas nossas escolhas, o Brasil se tornou um suplício para aqueles a quem mais amo. Batalhei a vida inteira para sair da pobreza e ter sucesso profissional. Acima de tudo isto, sempre busquei construir uma família feliz e correta. Hoje, a felicidade de minha família tem como pré-requisito afastá-las do Brasil. Por isto que, ainda que com tristeza, faço o melhor para elas. Aos meus fãs, muito obrigado. Ao Brasil, boa sorte." ZÉ ROBERTO

DEPOIS DESSA.....
vamos embora para o Uruguai. Senhor, Senhor, tende, Senhor, tende piedade de nós....

05/07/2007

DICAS DA LEITORA PARA UM INVERNO FELIZ


Oi Silvano! Uma para o teu blog. A maioria das pessoas tem (o péssimo) hábito de reclamar das estações mais extremas, principalmente do inverno. Eu, que amo o inverno tenho algumas boas idéias. Então lá vai:
01. O inverno é a estação da elegância. Uma calça jeans, um blusão e um sapato bacana transformam qualquer um num ser super bem vestido.
02. Banho quentinho é uma delícia depois de passar meses tomando banho frio! Mas não fervendo para não danificar pele e cabelo.
03. Chá! Sábios são os ingleses que não abrem mão desta bebida! O chá mantém mãos e corpo aquecidos.
04. Tomar sopa! De verduras, de capeletti, de feijão, de ervilhas... não interessa qual, todas nos dão a sensação de aquecimento e de saciedade.
05. Edredom, cobertor, coberta: durma bem agasalhado para evitar o resfriamento noturno.
06. Fogão a lenha, lareira ou estufa: mas nada de sair prá rua depois disso!
07. Pantufas: não são elegantes, mas são deliciosamente quentes!
08. Estar perto das pessoas e dos animais de estimação: além de aumentar o calor, faz bem pra saúde emocional.
09. Chocolate quente antes de ir dormir: ajuda a relaxar e a manter o corpo quentinho.
10. Dormir agarradinho a quem você ama!
Tenham todos um inverno maravilhoso! Um abração.
Marialene – de Taquara – RS